quinta-feira, 31 de julho de 2014

Carros Assombrados - O Carro Maldito - por Adriano Siqueira



Carros Assombrados
Relato sobre vampiros
Diario do Luney - 1994
Dez anos após a Rose, minha ex-namorada, desaparecer inexplicavelmente, minha vida tinha seguido um novo caminho. O sobrenatural. Minhas fixações eram livros que falavam sobre o oculto. Meus contatos com os amigos eram superficiais.
Tornei-me sombrio e cada vez mais solitário. O ano de 1994 estava sendo pesado.
Com a morte de Kurt e Airton, previa-se que este ano os rachas e o rock estavam em perigo. Sentia que alguma coisa terrível estava para acontecer e esses fatos só me deixavam mais certo disso.
A era dos computadores havia chegado. Eu estava tendo aulas sobre Clipper e Dbase. Tinha acabado de comprar um 386 e como a tela era VGA e eu não tinha mais dinheiro para investir em meu novo PC. Só me restava mesmo acessar a BBS, para fazer downloads de imagens em Gif e pequenos jogos, como Stunts e Indy. Minha paixão por corridas ainda permanecia.
O Sujeira, meu amigo, estava também ligado ao ocultismo e sua ajuda era muito bem-vinda quando eu tinha dúvidas. Foi ele que me indicou uma religião que falava com Óvnis e foi lá que conheci uma mulher que iria marcar novamente minha vida.
Enquanto eu e o Sujeira fazíamos uma análise sobre os frequentadores daquela religião, um carro parou na frente da casa onde o pessoal se reunia. Um Opala SS de duas portas coupé, preto, com a carroceria inclinada, que tinha estampado um desenho de uma teia. Fiquei babando. Aquele carro era lindo. Desci as escadas cambaleando. Quando toquei no carro, a porta se abriu, e um mulherão de 1,70 de altura, com cabelos negros e uma roupa que parecia ser da Natasha, personagem da novela Vamp, desceu. Ela olhou para mim como se eu fosse seu próximo lanche
noturno.
— O nome do carro é Viúva Negra. Quer saber por quê?
— N... nã... Não!
Meu nome é Sandra, mas pode me chamar de Lótus... Black Lótus.
— O meu é Bond... Mas pode me chamar de Luney.
— Vai ver ele não tratou das mulheres como deveria.
— É... Vai ver.
Dei um sorriso, pois fiquei encantado com suas respostas rápidas. Afinal, não era todo mundo que conhecia James Bond - até então, seu último filme tinha sido em 1989.
Sandra havia acabado de retornar dos EUA e parecia ter uma experiência com o oculto, maior do que a minha e a do Sujeira. Aliás, o Sujeira estava desconfiado dela. Afinal, o que uma garota como ela fazia por ali?
Naquela noite, quando fomos embora, vimos o carro dela a duas quadras dali, e ela estava com um dos caras da tal religião que estávamos analisando. Eles se abraçaram e foram embora no carro.
No dia seguinte, o cara que vimos com Sandra não apareceu, porém ela estava lá novamente. Perguntei sobre o cara, mas ela foi muito direta quando me disse que ele já era grandinho e que tinha escolhido um outro caminho pra seguir.
Novamente, quando fomos embora, encontrei ela com outra pessoa, uma mulher da mesma religião que, mais uma vez, também desapareceu.
No outro dia, Sandra estava lá.
Isso tinha que acabar. Corri em sua direção e antes dela entrar na casa, segurei-a pelos braços e disse:
— Sandra, já chega! Duas pessoas estão desaparecidas e penso em contar à polícia sobre tudo isso.
— Não seja bobo, Luney. Jamais achariam os corpos. Se quer realmente saber onde estão, por que não entra no carro para conversarmos?
Enquanto ela me levava para longe dali, eu tentava entender o que se passava.
— Sandra, eu gostei de você. Quero ser seu amigo. Talvez tudo seja uma coincidência. Eu também sou sozinho e quero alguém comigo. Alguém como você.
— Você não iria me querer, Luney. Eu... Eu estou presa ao mundo, ao carro.
— Oras! Eu também gosto de carros e sei como é gostoso ficar dentro dele, participar do mundo, como na série Supermáquina.
— Isto não é uma série, Luney. Veja isso.
Ela levantou a manga de um dos braços e fiquei em choque... Existia uma agulha enfiada nela e ligada ao tubo, que ia diretamente para o volante. Ligados como num pacto.
- Mas que diabo é isso?
- O carro precisa de sangue, Luney. Sangue ao invés de gasolina. E se eu não encontrar pessoas para alimentá-lo eu morro aqui, entendeu agora?
Fiquei louco de raiva e de medo, pois sabia que se ela estava contando isso, era porque eu seria o próximo. Foi quando vi vários carros cercando a gente.
— Saiam do carro! Mãos para cima!
Pela primeira vez, fiquei feliz em ver a polícia.
Sujeira saiu de um dos carros e disse:
— Luney! Esqueci de dizer que temos um amigo que agora trabalha na polícia.
Nisso, um policial bate nas minhas costas e fala:
— Não me conhece mais?
— Babu? Cara, desde quando você é policial?
— Desde do desaparecimento da Rose! Este caso ainda não saiu da minha cabeça!
Enquanto eu falava com o Babu os outros policiais pediram para Sandra abrir o porta-malas. Ela estava chorando muito e dizendo que iria morrer.
Quando os policiais abriram o porta-malas, uma enxurrada de sangue se lançou sobre eles. Isso fez com que se afastassem. Foi quando o carro ligou e começou a acelerar sozinho.
Rapidamente Sandra entrou no carro e, em segundos, ambos sumiram de vista.
Logo em seguida ouvimos uma derrapada e uma batida. Entramos no carro de polícia e fomos até o local.
Nunca vou me esquecer daquela cena. O Viúva Negra estava preso entre duas árvores, bastante amassado. Sandra tentava sair, mas estava presa aos tubos que saíam do carro. Fui até lá e peguei a sua mão.
— Ajude-me! Por favor!
A porta do carro abriu e me jogou longe, enquanto a polícia me ajudava a levantar, ouvíamos os gritos de Sandra, o carro acelerava, mas estava preso, até que finalmente o motor parou e a porta abriu.
O corpo de Sandra estava completamente sem sangue.

Não havia mais nada que eu pudesse fazer. Só avisar para tomarem cuidado quando removerem com o guincho... pois se ele se alimentar novamente, talvez não tenhamos a mesma sorte.

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Curiosidades: - A história do "Luney - o exorcista de carros assombrados", Personagem que criei em 2004,  participou dos livros: ADORÁVEL NOITE 2011 na história "O Carro maldito" e também participou do livro ESPECTRA HISTÓRIAS DE FANTASMAS 2011 Organizado por Georgette Silen, e nele escrevi a história "70 Km por hora". Luney também fez uma ponta superimportante no meu livro "A MALDIÇÃO DO CAVALEIRO 2012" no capítulo "Cale a boca e dirija". 
Tem a primeira história deste personagem aqui neste blog...  neste Link 

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quarta-feira, 30 de julho de 2014

Sexo, Suor e Vampiros



Sexo, Suor e Vampiros -


Mexendo as pernas, ela movimenta seu corpo de forma sublime, jogando seus lindos cabelos loiros para os lados e sempre me olhando com aqueles olhos verdes. Que mulher maravilhosa... Nem dava para acreditar que estava nesta espelunca de bar!
Tudo estava enfumaçado e tocava um blues de Ella Fitzgerald. Aquele palco era escuro e havia apenas uma luz.. Uma única luz que iluminava o corpo daquela mulher. Eu já estava na minha segunda dose de vodca. A cada gole que eu dava, um olhar transparecia pelo copo.
Até esqueci que estava aqui para prendê-la por assassinato. A polícia, lá fora, estava esperando um sinal, exatamente como pedi.
Quando o show acabou, fui para o camarim. Era pequeno, mas cheio de flores, que faziam o local ficar agradável para um tigre como eu, colocado dentro de uma jaula com uma pantera.
Ela não fez pergunta alguma. Apenas olhou com raiva por ter invadido seu pobre e pequeno local. Fui golpeado por suas mãos várias vezes até que não agüentar mais e, segurando suas mãos, dei um tapa em sua face, fazendo–a cair na poltrona que ali estava. Ela se levantou e ficou me olhando então... Seus dentes surgiam mais brancos, mais pontiagudos, mais selvagens. Ela não dizia mais nada... Só rosnava! Rosnava como um animal louco pela presa.
Avançou em minha direção e começou a arrancar minhas roupas (boa parte com os dentes). Tocou em cada centímetro do meu corpo. Raiva? Paixão? Que se dane! Eu sentia tudo deliciosa e silenciosamente. Ela me possuía por completo. Seus seios dançavam na frente dos meus olhos, enquanto ela sentava e penetrava cada intensidade de prazer em meu corpo.

Eu entendia perfeitamente porque ela assassinou seu marido e entendia também que dessa eu não passava. Ela ficou mordendo meu pulso e, sangrando, ela passou pelo seu corpo. Era um banho excitante. Eu podia ver em sua face que ela tinha orgasmos por sangue e sexo. Era um tesão! Tinha que ir até o final.
Agarrei seus cabelos e a forçava mexer mais e mais até que ela enfiou as unhas na minhas costas e rasgou até embaixo! Eu gritava, mas não sabia se era prazer ou dor. Ela gritava junto como um uivo de lobo que consegue agarrar a presa.
Quando tudo terminou, fiquei ali não sei quanto tempo... Inerte até a policia chegar e ver meu corpo completamente jogado na cama.
Aos poucos fui acordando e a única pista que eu tinha para provar que ela esteve ali era a rosa que estava em minhas mãos e uma mensagem.
"Se você ficar vivo, nos veremos de novo! — Ass. Veri"




Abraços
Adriano Siqueira - siqueira.adriano@gmail.com

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Coleções diversas de Adriano Siqueira

Olá pessoal,
Alémde ter uma grande coleção de Vampiros (veja alguns neste link http://contosdevampiroseterror.blogspot.com.br/2014/07/mais-da-colecao-de-vampiros-de-adriano.html )  que já apareceram em programas na TV e também em exposição na biblioteca, museu, e eventos de cultura pop, mostro agora um pouco das minhas outras coleções.

Carros do James Bond que tocam a música do agente secreto :-)

Carros de alguns filmes e seriados.

figurinhas diversas

Heróis da TV nr. 01


Coleção do Superman

Coleção do Superman


Quadrinhos de Ficção

Almanaque Marvel nr. 01


coleção Gulliver de Super Heróis

carrinhos dos filmes do James Bond

Heróis de Chumbo

Álbuns de figurinhas 

Superman da Ebal

HQs da Ebal

Superman de 79

Superboy 79

HQs de Duplas 

Star Wars nas HQs do Hulk

Chaveiros que vinham na HQ Herói em Ação

HQs nr.01 de vários títulos

HQs do Supermamigos 79

É isso pessoal espero que tenham apreciado. 
Obrigado por apreciarem este blog. :-)

Abraços
Adriano Siqueira



Meu querido Caçador - Parte 1



Meu Querido Caçador

Meu nome é Roberto. Aparento ter 32 anos, mas minha idade vampírica é de 82 anos. Meus cabelos são escuros e lisos e tenho a pele bem morena e não tenho o braço esquerdo.
Costumo andar pelo Centro de São Paulo. Estou sempre nas ruas São Bento, 15 de novembro e a Rua Direita. Geralmente alguns humanos me dão sangue sem ter que roubá-los ou mesmo sem usar a violência. Raramente luto ou entro em brigas. Muitas moças e rapazes me oferecem sangue em troca de uma boa conversa ou amizade. Acho que o mundo está muito solitário. As pessoas não se conversam mais pessoalmente, apenas por celular nas redes sociais. A insegurança deixou a humanidade solitária.
Neste momento estou na Avenida São João esperando meu caçador. Todo o vampiro tem alguém que o persegue. Todo o vampiro tem um "Admirador Secreto" que quer levá-lo para o inferno.
Eu e ele somos tão organizados, tão metódicos que marcamos encontros para duelar. Ele também não costuma lutar. Não foi ele que tirou meu braço. Quando fui transformado em vampiro eu já não tinha o braço. Ele foi arrancado por um acidente de automóvel.
Eu e o meu caçador (ele se chama Angelo) já lutamos juntos, geralmente para acabar com as drogas e violência aqui no Centro. Sempre prometíamos que dá próxima vez seria a última e sempre acontecia algo que nos afastava.
Sinto a presença dele. Talvez ele ache que pode me pegar de surpresa. Olho para os lados. Não o vejo. então eu me agacho um pouco e salto três metros para cima e alcanço uma sacada do prédio.
Escuto alguns barulhos de metal e vejo pequenas luzes do outro lado da avenida. Eram fechas sendo disparadas em muitas quantidades. Tento me afastar e desviar de todas mas três me atingem em cheio. Corro e olho em todas as direções enquanto arranco dolorosamente as fechas que me atingiram. duas na perna esquerda e uma no meu ombro. As fechas queimam a minha mão quando eu as toco. Certamente Angelo deve tê-las embebido com óleo de alho. Mas eu precisava tirar, pois queimavam muito meu corpo. Eu estava agora andando bem devagar. Consegui tirar duas facas mas a do ombro tive que arrancar com a boca por não ter o braço esquerdo. O gosto do alho queimava a minha boca.
Vejo uma sombra... Era ele. Com seus quase dois metros de altura cabelo loiro e curto, cheio de músculos e de mau humor como sempre.
— Roberto você tem que sair desta cidade. Haverá uma guerra aqui. Não quero você por perto.
— Não ligo se eu morrer Angelo. Amo esta cidade.
Angelo me agarra pelo pescoço e grita:
— É uma ordem. Tanto os vampiros quanto os caçadores querem a sua cabeça.
— Não.
Angelo me solta e logo em seguida arranca a flecha do meu ombro direito. Ele fecha os punhos e olha para os lado... logo em seguida ele se vira pra mim e argumenta apontando o dedo na minha cara:
— Vai ficar na minha casa que fica na Avenida Paulista, Não quero você por aqui até que tudo volte ao normal.
Eu respondi:
— Talvez fosse melhor acabar comigo aqui mesmo. Eu não sou um vampiro que luta para ter sangue como os outros. Eu gosto de conversar com as pessoas, gosto de viver entre elas, me sinto parte desta cidade.
Angelo interrompe:
— Você é diferente dos que caço. deve ser protegido pois muitos humanos admiram você. Sua popularidade é muito grande. Existem Redes sociais com grupos com seu nome. Você tem muitos fãs. Se algo acontecer com você a guerra não será só entre vampiros e caçadores mas a população também. por isso devo protege-lo. Mas se você for impulsivo eu amarro você entendeu?
— Na Cama Angelo?
— Não abuse da sua sorte Roberto.
Vejo Angelo tirar uma chave e um cartão do bolso. Era o endereço do apartamento na Paulista. Ele me olha e depois vira o rosto dizendo:
— Sem festinha no apartamento entendeu?
Angelo continua andando até o perder de vista.
Acho que estarei de ferias forçadas nestes dias.
Nada melhor do que fazer uma festa. Acho que ele não irá se importar.

Uma nova história tem início...



por: Adriano Siqueira


sábado, 26 de julho de 2014

A Lenda do Morcego Branco - O Pescador






O Pescador - A lenda do morcego Branco

História de Adriano Siqueira - siqueira.adriano@gmail.com


Geraldo e Alcides eram amigos a muito tempo. Eles resolveram trazer o Lucas para pescar naquele rio. Eram bons para pescar e sabiam que Lucas jamais havia pescado. Seria ótimo contar para os seus amigos da escola que ele era mesmo um perdedor. Eles fizeram uma aposta com o Lucas para ver quem conseguia pescar mais peixes. Era comum naquela cidade que os jovens que pescavam mais peixes se tornavam grandes líderes de sua escola. Mas pescar à noite... Isso sim era um ato de coragem.
Geraldo olha para o rio e dá um sorriso e pergunta para o Lucas:
- Tem certeza que não quer desistir Lucas?
Lucas estava com a lanterna no chão e enquanto estava mexendo na sua mochila. Ele olha para o Geraldo...
- Não! Nunca! Se vocês já pescaram por aqui eu também posso!
Alcides olha para o Geraldo e dá um sorriso e todos começam, a armar as suas varas de pesca. Em poucos minutos os três estavam em silencio esperando o primeiro peixe quando de repente escutam um barulho. Lucas se assusta e deixa cair a sua vara no rio.
- Droga! Perdi a minha vara!
Geraldo e Alcides riem da situação do Lucas e comentam.
- Desista Lucas! Já é difícil ganhar da gente e agora que perdeu a sua vara podemos nos considerar vencedores.
- É isso mesmo Lucas! Você sempre será um perdedor!
Revoltado e olhando para a sua vara de pesca sendo levado pelo rio, Lucas responde:
- Eu não vou desistir! Vou pensar em outra maneira de pescar os peixes eu já volto.
- Peguei um! Peguei um! Geraldo gritava alegremente.
Lucas pega a sua lanterna e sai da beira do rio deixando os dois comemorando. Lucas anda pela floresta e fica falando sozinho.
- Eu nunca vou conseguir pescar os peixes. Eles têm razão! Sou mesmo um perdedor. O pessoal da escola vão rir de mim o ano todo! Para completar a minha namorada Marisa estava fazendo um bolo para comemorar a minha pesca. Tenho certeza que ela vai jogar ele na minha cara! Perdedor! Perdedor!
Lucas ouve novamente aquele barulho estranho e resolve investigar. Ele vai seguindo o barulho até chegar em um espinheiro enorme e ele finalmente vê um morcego branco preso bem no meio dele.
- Ah... Então foi você que me deu um susto... Eu deveria deixá-lo ai para sempre! Tem idéia do que você fez com a minha vida? Do que estou falando? Ele é apenas um morcego em apuros.
O morcego se debate tentando se livrar mas os espinhos estavam ferindo ainda mais o seu corpo. Lucas não agüenta ver a angustia do morcego. Ele tira a sua camisa e rasga em dois pedaços. Ele enrola um pedaço em cada mão, quebra alguns galhos, tira os que estavam prendendo o morcego. Ele pega o morcego e tira do espinheiro.
Lucas coloca o morcego no chão. O morcego se lambe um pouco e logo depois de recuperar as suas energias, finalmente sai voando.
Lucas dá um sorriso e diz:
- Pelo menos alguém se deu bem nesta história. É melhor voltar para o rio. Não vou conseguir pescar nada mesmo.
Quando Lucas chega no local onde os seus colegas estavam ele vê que cada um pegou cerca de dez peixes. Eles estavam rindo a toa e começaram a rir mais ainda quando viram que o Lucas havia chegado.
- Olha lá Alcides! O perdedor assistindo nossa conquista!
- É Geraldo! Vamos fazer um troféu de perdedor e pedir para as garotas mais lindas da escola entregar para o rapaz! Vamos tirar fotos e espalhar pela internet! Ele vai ficar famoso!
Furioso, Lucas responde:
- Pois podem parar de rir! Saibam que eu tenho um plano para pegar mais peixes que vocês! Mas para isso eu preciso ficar sozinho aqui na beira do rio!
Lucas disse isso para não ter que ficar ouvindo os seus colegas caçoando da sua cara até chegar em casa. Ele bem sabia que não tinha plano nenhum. Ele ficou assistindo os seus colegas arrumarem as suas coisas, Eles deixam um cesto para Lucas colocar os peixes e antes de partirem eles avisam que receberá o troféu de perdedor logo que chegar na escola pela manhã.
Lucas senta na beira do rio bem ao lado do cesto vazio e fica ali, pensando na sua derrota. Era humilhante demais. Ele não queria mais pertencer aquele mundo. Quando mais ele pensava em como seria amanhã mais ele queria acabar com a sua vida. Ficou pensando em se jogar no rio e acabar com tudo ali mesmo. Ele estava chorando. Lucas levanta e se prepara para mergulhar naquele rio frio. Ele sabia que não iria sobreviver, pois nem sabia nadar. Ele respira fundo e é surpreendido por uma voz feminina.
- Então acabou!
O coração de Lucas dispara. Ele liga a lanterna e fica procurando a pessoa que disse aquilo. Ele fica gritando... – Quem está ai? – Quem é você? - Apareça alma penada!
Aos poucos uma mulher aparece bem perto da beira do rio. Ela era bem pálida e usava um vestido branco. Seus lábios vermelhos mostravam claramente os seus dentes ponteagudos.
- Você é uma Vampira?
- Quem eu sou não importa! O que você vai fazer... Sim!
- O que eu vou fazer não é da sua conta! Você não sabe nada sobre a minha vida!
- Eu estou aqui faz um bom tempo. Eu ouvi o que seus colegas disseram. Vai ser um verdadeiro perdedor se continuar com esse seu plano insano.
- É minha vida! Faço dela o que eu quiser.
- Vocês humanos vivem colocando fantasias nas suas cabeças só para ficarem tristes. Acham que procurando a morte, encontram a salvação. Será que não entende que os problemas fazem parte da vida? Que eles aparecem para ser enfrentados.
Lucas abaixa a cabeça e diz:
- Eu não sei como vou resolver isso.
- Você já está resolvendo. Você está desabafando com alguém. E geralmente os problemas de alguns são fáceis para outros.
- Acha que pode resolver isso?
- Não completamente. Mas posso ajudar. Se quiser.
- Claro que quero! Mas... Mas o que vai querer em troca?
Ela sorri e se aproxima... Diz quase sussurrando:

- Um amigo!
A Vampira olha para as arvores e com apenas alguns gestos vários morcegos aparecem e ficam rodeando o rio. Aos poucos, eles vão mergulhando no rio. Cada morcego pega um peixe e joga no cesto de Lucas. Em poucos segundos os morcegos conseguem encher o cesto. Lucas fica impressionado com toda aquela cena. Seus olhos começam a lacrimejar. Ele olha para a vampira e diz:
- Foi mesmo tão fácil para você.
Ele a abraça... Os morcegos voltam para as arvores.
- Se você vier aqui uma vez por semana, os morcegos encherão o seu cesto e assim poderemos conversar. A floresta é um lugar muito solitário.
Lucas concorda. Dá outro abraço na vampira. Coloca o seu cesto nas costas e segue o seu caminho alegremente pois ele sabe que amanhã será um ótimo dia.
Enquanto Lucas se afasta da beira do rio a vampira se transforma novamente naquele morcego branco que ele salvou.


Autor Adriano Siqueira

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Dia 25 de Julho - Dia do Escritor - um pouco sobre minha história




Olá pessoal,

Hoje é o Dia do escritor e vou contar a minha história sobre como entrei nesta aventura de ser um contador de histórias até quando comecei a escrever livros.
Conheço muitos escritores que começaram bem cedo. Eu só comecei a escrever contos depois dos 31 anos. Antes eu criava histórias em quadrinhos com meu irmão e até fazia algumas sozinho. Coisa simples geralmente ligada a heróis pois eu adorava o tema afinal eu lia muitas histórias em quadrinhos e livros de espionagem e detetives.
Como eu apreciava também o terror, Vampiros, Demônios e Exorcistas comecei uma coleção bastante rica sobre o tema.
Foto que tirei em 2011 para o meu livro solo
chamado Adorável Noite.
Na década de oitenta não tínhamos internet mas tínhamos as revistas de rock e cinema como as revistas  Bizz e Cinemin e nelas tinha como se corresponder com os fãs e foi a época que mais troquei cartas por todo o Brasil. Trocávamos fotos de filmes de todos os tipos e as minhas coleções foram virando álbuns de recortes com muitos filmes e posteres.
Vampiros e terror estavam incluídos nestas coleções e o material ficava cada vez maior. Meu interesse por vampiros aumentou muito até que na década de noventa comecei a trabalhar com computadores e foi ai que consegui comprar o meu primeiro PC. Com o tempo aprendi a falar através rede por telefone e conheci muitas BBS´s e foi ai que conheci mais e mais pessoas para trocar ideias sobre vampiros.
Vampiros era em assunto muito em moda na década de noventa pois a Globo tinha criado a novela Vamp e logo em seguida no cinema vieram os filmes Drácula do Francis Ford Coppola e Entrevista com o Vampiro e também o surgimento do RPG Vampiro A Mascara e as séries de TV Buffy, Maldição Eterna e Irmãos de Sangue.
Foi em 1996 que arrisquei a escrever pequenos contos para envias aos grupos da BBS e foi então que a minha carreira de contista nasceu. Depois fiz um site para colocar meus contos e comecei a participar de vários encontros fora do computador para conhecer novos amigos.
Quando a internet chegou eu ja tinha muitos contos criados e continuei escrevendo até que idealizei um grupo para reunir muitos leitores e também outros escritores até que em 2001 criei o Fanzine Adorável Noite para divulgar os contos da internet e com o sucesso obtive muita divulgação através da coleção de vampiros e também do site Adorável Noite fui sendo mais conhecido.
Depois de participar de muitos jornais e fanzines com meus contos finalmente em 2007 fui chamado para participar do livro Amor Vampiro (uma antologia com 7 autores) e foi este meu primeiro livro.
Em 2008 foi lançado o livro Amor Vampiro.
Ao todo participei de 12 antologias e dois livros solo.
Acho que nada na vida da gente é fácil e tudo foi conquistado com muita luta.
Espero pode escrever mais e mais histórias pois gosto muito de criar e mostrar meus escritos para os meus fãs e amigos.

Foto de 1998, entre fitas cassetes, disquetes, computador 386
com tela preto e branco, segurando o Livro dos Vampiros
que tinha acabado de lançar nas livrarias. foto histórica.
Agradeço muito a força de todos vocês. Agradeço por comprar meus livros e por lerem os conto e curtas que produzo.

Obrigado também pelas visitas neste Blog. :-)

Abraços
Adriano Siqueira

Pra saber mais sobre meu trabalho clique neste link
http://contosdevampiroseterror.blogspot.com.br/search/label/Entrevistas










quarta-feira, 23 de julho de 2014

O Poder do vampiro



O Poder do vampiro

A primeira mordida dói muito.
É como se arrancasse o coração.

A segunda mordida
é só uma leve pontada...

E nas outras, você não
sente mais dor alguma.

E sem dor...
Seu medo desaparece.

E sem medo...
O homem torna-se superior e
O vampiro Torna-se

indestrutível.

por: Lord Dri

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Os brinquedos fazem parte do nosso mundo


a amizade é tudo \o/


Achei o Capitão América.


Passeando pela cidade

Bruce deixou a chave no carro \o/

O destino bate à sua porta

Foto com Flash


 Robin. Você arranhou o carro de novo?

Não sei onde foi parar o homem-aranha


Um novo abajur

Cena Clássica - Fortaleza da solidão




Cena clássica 

Isso é um trabalho para o... 

... Super Homem

A maldição do Cavaleiro



Cena Série Clássica Star Trek


Cuidado! Há um morcego na porta principal

Gatinho você viu o Coringa passar por aqui?

batcaverna


Bom Dia Batman - Boa Noite Super Homem

Vamos caçar vampiros!

Achei um martelo no meu sorvete.


Vamos economizar água \o/

Achamos o vampiro!

O importante é viajar \o/


Coleção e fotos Adriano Siqueira