sábado, 14 de novembro de 2015

O mistério das camisetas com os rostos de pessoas aterrorizadas


O mistério das camisetas com os
rostos de pessoas aterrorizadas

Conto de Horror por Adriano Siqueira 

Uma nova loja de camisetas de horror abriu em uma cidade do Paraná em novembro deste ano. A camiseta mostrava rostos em estado de pânico estampadas e a perfeição dos rostos chamava muito a atenção da clientela e a loja estava sempre cheia e com muito movimento. Com isso as lojas concorrentes se sentiam muito incomodadas com as vendas e com a produção daquelas camisetas. Eles visitavam frequentemente a nova loja com a esperança de conseguir mais informações sobre as camisetas. Com o tempo a concorrência descobriu que as camisetas eram fabricadas em uma fazenda longe da cidade e isso fez com que eles investigassem alguns lugares para descobrir mais sobre elas. O que era estranho é que a concorrência começou a sumir. Os donos de outras lojas não eram mais encontrados e o desaparecimento deles começou a chamar mais ainda a atenção dos curiosos. Um casal concorrente da loja acabou descobrindo onde era a fazenda que fabricava as camisetas através de um carro de entrega que eles seguiram.
É neste momento que a história tem início.   
— Eu sabia que era esta fazenda Fabiano. Estamos perto de descobrir o segredo da fabricação destas camisetas. Vamos ficar ricos.
— Calma Mariane. Vamos com calma. A fazenda parece vazia demais. Está tudo virado no saci. Não existem seguranças e nem câmeras de vigilância. Isso está muito estranho. Vou lembrá-la que alguns dos nossos concorrentes sumiram sem deixar pistas. Todo o cuidado é pouco.
— Eu não acredito que você está com medo depois de termos lutado tanto para conseguir achar este lugar. Olha ali. Tem uma janela aberta. Eu vou lá.
— É uma armadilha com certeza. Se eu fosse o dono daquela loja eu não facilitaria nada para a concorrência. Teria um exercito aqui guardando meus segredos.
— Vai ver ele faz tanto sucesso que nem liga para a segurança. Isso tudo deve estar em algum seguro de algum banco. Por isso se sumir alguma máquina a seguradora repõe. Rala peito Fabiano. Vamos Logo.
— Então vamos acabar com isso Mariane. Pode chegar alguém. Eu quero desvendar logo este mistério.
— Tudo bem Fabiano. Não tem nem cachorros aqui. Vai ser fácil. Eu vou pular a janela e você fica vigiando.
— Está bem! Mas não demora. Se a gente não conseguir o segredo aí é um abraço pro gaiteiro. Vai logo.
— Pronto. Tem uma máquina normal aqui. Igual a nossa. Mas.... Crash. Ahh. Estou presa. Minhas pernas caíram no buraco. Me ajuda aqui Fabiano.
— Eu já estou indo. Espera... Ouviu isso?
— Não ouvi nada Fabiano. Me tira logo daqui.
— Está presa não consigo tirar você do buraco. Só suas pernas estão presas.
— Me ajuda. Rápido. Estou sentindo algo nas pernas.
— Calma Mariane. Vou achar um machado ou qualquer coisa para tirá-la daí.
— A máquina ligou. Estou na frente dela. O que está acontecendo?
— Não sei! acho que esbarrei no botão.
— Ahhh...
— Que foi Mariana?
— tem algo nojento nas minhas pernas. Socorro!
— Para de gritar eu já tiro você daí.
— Ahhh... Socor... Ahhh!
— Mariana! Mariana o que? Meu Deus!

Fabiano vê o corpo da Mariana ser levantado por um ser que nunca havia visto em lugar algum. Parecia um caramujo de três metros de altura mas sem a sua casca. A pele mudava de cor e parecia ter luz própria ele estava com as pernas da mariana em sua boca. O monstro levantou o corpo dela e atirou na máquina. Ela gritava muito de pavor. O monstro começou a engolir ela viva. Tinha um buraco na parte de cima da cabeça do monstro. Daquele buraco saia um pó branco que era jogado no corpo da Mariana. Seu grito era sufocado com a quantidade de pó que recebia do monstro. A máquina jogou um tecido preto no seu corpo. O monstro devorou todo o corpo da Mariana. Rapidamente ele voltou para o buraco de onde saiu e desapareceu causando um pequeno terremoto no local.
O homem estava desesperado. Seu corpo tremia. As palavras não saiam da sua boca. Ele estava em choque. A policia chegou e o levou para o hospital mais próximo.
Antes de ele entrar na ambulância ele viu o dono da loja pegar o tecido e analisar o rosto da Mariana estampado no tecido preto. Ele passou para um funcionário da loja e disse que etava perfeita para a próxima camiseta.
Enquanto os policiais estavam ocupados o dono da loja chegou perto do Fabiano e começou a conversar com ele.
— Fabiano. Em setembro deste ano um meteoro caiu aqui. Eu estava trabalhando com meu funcionário quando essa criatura saiu do buraco e o atacou. Ele fez a mesma coisa com a sua esposa. Mas como pode, ver ele deixou uma maravilha de estampa no tecido. Uma estampa tão real que atraiu muita gente. Então, eu e este "monstro" fizemos uma parceria. Ele pega os invasores da minha fazenda e me dá uma estampa nova de presente. É mesmo uma pena que você neste atual estado não possa fazer anda para impedir. Tenha uma boa viagem para este seu novo mundo.  Lembre-se: "A Curiosidade é o prato da morte e você é a refeição principal".

O rosto da camiseta estava mesmo perfeito. Um rosto que Fabiano jamais esqueceria.


Por Adriano Siqueira  

Obs: Terça-feira 22 de setembro de 2015 no Paraná, um clarão foi visto no céu seguido de um estrondo. Moradores de quatro regiões viram este fenômeno. Astrônomos disseram que era um meteoro.

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