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sexta-feira, 25 de setembro de 2009

O ETERNO RITUAL - por Adriano Siqueira




Novamente eu estava com minha mulher no meio daquela floresta.

De três em três meses, ela insistia que fizéssemos esta viagem.

Não a culpo, pois era um lugar lindo, mas mesmo assim, eu achava estranho...

Porque ela sempre escolhia aquela floresta?

Pensei na possibilidade dela estar me traindo.

Ela me amava. Apoiava-me em tudo que fazia, defendia-me o tempo todo.

Ela cuidava de mim como se eu fosse seu irmão mais novo! Mas eu era desconfiado. Sabia que ela tinha alguém e hoje, eu descobriria quem era.

A noite, quando acordei, ela não estava dentro da barraca. Fui procurá-la.

Andei mais de um quilômetro e vi algo que se parecia com um ritual.

Meu Deus! Minha mulher estava no meio daquela roda de fanáticos fazendo sexo com um homem que nunca tinha visto!

Eu não estava acreditando.

Ataquei o homem e arranquei minha mulher de lá.

No caminho, ela chorava dizendo que era preciso terminar o ritual.

Eu estava alucinado. Nada que ela dizia justificaria aquele ato.

Ela correu até a barraca, pegou a arma e me disse para matá-la.

— Impossível! — eu disse. Eu não poderia de forma alguma fazer aquilo.

Ela começou a mudar de voz... Seu corpo passava por uma mutação...

Estava se transformando em algo grotesco, um dragão ou crocodilo. Nunca tinha visto nada igual...

— Atire! Agora!

Uma hora depois.

— Ela me amava, sabe, seu guarda. Ela era tudo que eu mais amava.

Agora só resta nós dois. Eu e a... Minha filhinha.

Não deixe para amanhã... por Adriano Siqueira

(escolhi a música MAMA - GENESIS para ouvir enquanto lê)
http://www.youtube.com/watch?v=7lXH0nwirio



Não deixe para amanhã...
por Adriano Siqueira

- Meninos! Aonde vão? E a colheita? Vai chover! E os feijões? Precisamos colher tudo hoje!

Os quatro meninos olham com tristeza e cansaço, e o mais velho diz:

- Mas Senhor Lucas, já é noite. Meus irmãos e eu temos que cuidar da nossa mãe que precisa tomar o seu remédio na hora certa.

- Oras! Mas para isso não precisa ir todo mundo. Nosso Sócio pode fazer isso. Ele vai cuidar dela. É só dar a chave da sua casa e resolvemos o problema.

Mesmo com um dos seus irmãos tentando impedir, o garoto deu a chave.

- Isso mesmo! Agora! Quero todos colhendo feijão.

Mais tarde da noite, o Sócio chega correndo para dentro da casa do Lucas.

- Lucas... Ela não aguentou... Morreu! Que iremos contar para os meninos?

- Não se preocupe... Deixa comigo.

Lucas foi até a plantação de feijão. Começou a chover. Mais à frente, ele escutou os quatro meninos rindo e brincando.

- Meninos! Que diabos estão fazendo?

- Venha, senhor Lucas... Venha brincar com a gente... A mamãe está aqui também...

"Mamãe? Mas ela estava morta." – pensava Lucas.

- Eu quero os feijões colhidos! Parem de brincar agora mesmo!

Lucas começou a colher os feijões na chuva. A lama estava cobrindo seus pés. De repente a mulher aparece com uma enxada e grita:

- Vamos brincar!

Lucas grita e corre desesperado. Chega em casa e encontra seu sócio morto, com sua virilha na boca. Lucas tenta gritar, mas a voz não sai. Corre, mas ao chegar à porta, a mulher com a enxada acerta um golpe em sua cabeça.

No dia seguinte, um caminhão passa para recolher os feijões. Os meninos ajudam a colocar os sacos no caminhão. Dizem para o motorista que os donos saíram. O motorista pede para entregar o dinheiro para os patrões e partem.

- Vamos para casa, irmãos. Não quero nem ver a cara deles quando abrirem aqueles sacos.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Vampiros 1 x Humanos 0 - por Adriano Siqueira



Dia 21 às 22hs, Terça-Feira.

- Você tinha razão. Vamos ganhar o campeonato!
- Sim a nossa arma secreta já está no aquecimento!
O locutor do estádio anuncia:
- Entra Bella Reniá camisa treze! - Reniá toma a bola do adversário dá um chapéu no seu marcador, dá um salto mortal com a bola no pé, dribla o goleiro, chuta na trave, mas a bola volta em sua direção. Reniá mata a bola, no peito, e chuta a bola no fundo da rede! É Goolllll!
Os jornalistas ficam impressionados.
- Como ele fez isso? Sei lá... O cara parece voar.
Logo que termina o jogo. As câmeras e os repórteres cercam Reniá. Mas ele desaparece e deixa muita fumaça em seu lugar.
- Ele desapareceu!
Em outro lugar, a presidência do time discute a atuação do jogador.
- É impossível! Ele some nas entrevistas e nunca apareceu por aqui para assinar os contratos dos anunciantes.
O técnico responde:
- Isso era parte do acordo. Ele não vai aparecer em anúncios. Mas isso é o de menos senhor. Ele não aparece nos treinos. Só nos jogos e do jeito que ele joga, para mim está tudo bem!
- Senhores... – Diz a secretaria que entra rapidamente na sala. – Tem alguém que quer falar urgente com vocês é sobre Reniá. E é importante.
- Mas que diabos! Deixe-o entrar!
- Boa noite! Sou Sandoval! Vim para alertá-los de um grande perigo. Esse jogador, Bella Reniá é um vampiro e ele é um perigo! Deve ser eliminado ou vou dizer para todos os jornais que vocês estão usando uma força sobrenatural para ganhar os jogos!
Todos olham surpreendidos, mas cinco minutos depois, Sandoval era atirado para porta a fora pelos seguranças do prédio.
- Tolos! Vocês vão se arrepender!
Na sala da presidência a reunião continua.
- E se for verdade? O técnico diz ao presidente.
- Isso explicaria muita coisa... Ele é da Romênia! As lendas sobre vampiros vêm de lá! Então... Nalvaaaaaaa! Segura o cheque do Reniá!
- Espera lá senhor presidente... Não pagar o jogador por causa de fofocas é injusto! Além disso, lendas sobre essas criaturas têm em todo o lugar. O senhor sabe que a Romênia nunca jogou em uma copa. Talvez eles queiram uma chance.
- Por isso mesmo eu sou o presidente e você é técnico! Agora...Bom... Acho que temos uma solução...
- Como assim senhor Presidente?
- Na próxima semana o jogo será de dia! Pelo que sei, vampiros não aparecem de dia. Se ele não aparecer podemos negociar. Talvez nem precisemos pagar salário e ficaremos com ele de graça guardando o seu segredo!
- Mas senhor... Eu não acho isso justo... Ele joga mais do que qualquer um da minha equipe!
- Faça o que eu mando ou você vai para o banco de reservas de técnicos hahahaha!
- S-sim senhor!



Dia 29 às 13hs, Terça-Feira.


O locutor anuncia o jogo:
- Estamos mais uma vez aqui no estádio Rosaflor para curtir a final do campeonato brasileiro de futebol. A grande pergunta é sobre o jogador Bella Reniá. O Técnico não disse nada sobre se o jogador vai ou não aparecer. Faltam apenas cinco minutos para começar e nada do Reniá. Estamos com 32 graus e o sol está fervendo. Mas... Esperem... O que é isso... Parece que uma enorme nuvem preta está vindo em direção ao nosso estádio... Meus Deus! Parecem... Parecem... Morcegos.
Os morcegos dão rápidos rasantes no campo e logo sobem cobrindo completamente o sol e cercando todo o estádio. O barulho era ensurdecedor. Eles circulavam todo o estádio deixando o público em pânico, mas logo o locutor acalma a todos dizendo:
- Calma pessoal! Sem pânico! Por algum motivo os morcegos estão apenas sobrevoando o campo! Eles não estão atacando! Fiquem nos seus lugares! A policia e o pessoal do meio ambiente estão averiguando essa anomalia!
Dentro do vestiário o técnico olha para o relógio preocupado.
- Vamos subir... Este é o jogo final e estamos aqui para jogar... Com ou sem Reniá!
Logo que o técnico e os jogadores sobem para o campo uma surpresa... Reniá estava esperando por eles na cadeira dos reservas. Ele estava sorrindo.
- Estamos aqui para ganhar! Não é professor!
O técnico olha para o céu com a boca aberta, vendo todos aqueles morcegos...
- Sim! Sim... Que diabos! Vamos ganhar!
O jogo tem início!
Reniá toma a bola do time adversário rapidamente e vai para o ataque, as defesas não conseguem fazer falta nele! Os socos e pontapés passam por ele como se o seu corpo nao tivesse consistência! O goleiro fica desesperado, Reniá chuta com força, fazendo com que a bola passe pelo goleito e arranque as traves do estádio. É um jogo imperdível!
Enquanto os organizadores colocam rapidamente as traves no lugar o juiz autoriza a continuação do jogo.
Reniá domina a bola novamente e segue em direção ao gol com uma velocidade surpreendente. Mal dá para ver o jogador! Só a bola indo de um canto para outro como se ele estivesse passando a bola para ele mesmo nos dois cantos do campo! Isto é impossível! O juiz apita! O jogador para a bola e espera explicações do juiz que corre em sua direção dizendo:
- Sou eu Reniá! Sandoval o caçador!
O locutor tenta explicar a situação.
- Parece que o juiz está tirando uma estaca do caução! Ele quer acertar o jogador! Mas o que é isso? Que loucura! A policia já está no campo prendendo o juiz! Ele está dizendo algo para a policia mas é arrastado para fora do campo e o bandeirinha vai substituir o juiz. Jogo vai recomeçar !!! A platéia grita:
- Reniá! Reniá!
- Reniá é o dono da bola novamente! Ele chuta para cima! A bola sobe, sobe e... É impressionante! Alguns morcegos pegam a bola e trazem para bem perto do gol! Antes da bola tocar no chão Reniá chuta e...É mais um golaço! O time vence o campeonato!
Depois do técnico dar as entrevistas ele vai para o vestiário e vê Reniá em pé e sorrindo.
- Estou indo professor.
- Quer dizer que você vai voltar para casa? Nunca mais o veremos?
- Bem... Se um dia a Romênia finalmente jogar em uma copa... Quem sabe.


Mesmo dia às 23hs.

O presidente do time estava no escritório tentando pedir empréstimos com os gerentes usando o pagamento do Reniá como desculpa.
- Sim, sim! É lógico que Reniá vai fazer muitos anúncios, mas para isso preciso mesmo de alguns milhões na minha conta! Espere... Eu já te ligo tem alguém na porta!
O presidente abre a porta e encontra com Reniá.
- Ora se não é meu caro grande amigo e adorado Reniá! O maior jogador do mundo! Eu estava mesmo pensando em você rapaz! Sente-se!
Reniá entra com um grande sorriso.
- Vejo que estava preparando uma gorda aposentadoria!
- Ho Ho! Meu estimado jogador! Sabe como os clubes devem se preparar! Um seguro não faz mal a ninguém!
- Claro que não senhor presidente! Aliás, venha para a janela... Olhe lá fora... Bem lá embaixo tem uma montanha de dinheiro... Esta vendo!
O presidente olha... Balança um pouco a cabeça e logo vê muito dinheiro espalhado no estacionamento prédio... Montanhas de dinheiro...
- Vê... Tudo que deseja.. Dinheiro para toda a vida e é todo seu!
- Obrigado Reniá... Oh, é todo meu!!
O presidente olha novamente e agora vê muitas mulheres lindas segurando o dinheiro dizendo:
- Venha senhor presidente! Venha gastar com a gente!
- Sim! Eu vou! É meu! Tirem as mãos dele garotas! Eu mesmo cuido do dinheiro! É meu!
O presidente pula a janela gritando:
- É meu! É meu!

Mas ao invés de dinheiro ele encontra apenas o asfalto duro do estacionamento.
O corpo do presidente estoura com o impacto e logo o asfalto fica vermelho.
Reniá apenas diz:
- Quanto sangue desperdiçado.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Adriano Siqueira autor convidado no livro de lobisomens

clique na imagem para ampliar!


CONVITE DE LANÇAMENTO DO LIVRO METAMORFOSE: A FÚRIA DOS LOBISOMENS

Olá Pessoal,
Convido vocês a irem no lançamento deste livro. Sou um dos autores convidados para este novo livro sobre lobisomens.

Vejam a lista dos autores que estarão presentes no livro

LISTA OFICIAL DOS SELECIONADOS METAMORFOSE: A FÚRIA DOS LOBISOMENS

Ademir Pascale – Metamorfose
Adriano Siqueira – O Vampiro e o Lobo
Alex Mir – O Quarto da Porta de Aço
Almir Pascale – O Anjo da Escuridão
André Bozzetto Junior – O Melhor Amigo
André Catarinacho Boschi – Boa Noite
André Schuck Paim – Maldito
Armin Daniel Reichert – O Filho do Lobo
Arthur C. Bonaventura – O Mau Filho Retorna a Casa
Christian David – Última Esperança
Dione Mara Souto da Rosa – O Pacto de Carcassonne
Duda Falcão – Espírito de Totem
Elenir Alves – Anomalia
Felipo Bellini – Despertar das Gerações
Georgette Silen – O Sétimo
Jocir Prandi – Sina
Jorge Jose – Noturno
Jorge Ribeiro – Flagelo
Larissa Caruso – Fúnebre Luar
Leonardo A. Ragacini – A Mordida da Loba
Lino França Jr. – A Alcatéia
Luciana Fátima – O Choro do Lobo
M. D. Amado – O Último Baile: Pontos de Vista
Marcelo Hipólito – Razão e Fúria
Marco Bourguignon – A Sereia
Mariana Albuquerque – Em se Falando de Monstros
Maurício Montenegro – Cadeia Alimentar
Pedro Moreno – Lobo Homem
Rafael Azeredo – Bendita Maldição
Raphael Albuquerque – O Jovem Caçador
Frank Bacurau – Cogumelos Sob a Luz da Lua Cheia
Ronaldo Luiz de Souza – Zé Cão, o Zelador do Canil
Roseli Princhatti Arruda Nuzzi – Eterna Maldição
Rubem Cabral – Eu, Lobo
Simone Anton – Olhos Amarelos
Wilson Silva – Fuga em Quarto Crescente

abraços
Adriano Siqueira




METAMORFOSE: A FÚRIA DOS LOBISOMENS:






Reunir cerca de 25 escritores com contos de até 8.000 caracteres cada voltados para o mundo dos lobisomens. Os participantes deverão escrever contos sobre os lobisomens. "A Fúria" dos lobisomens no subtítulo da obra já indica o que pretendemos. Você deverá criar o seu tema, desde que use a raiva, ódio, vingança, fúria e seus derivados em seu contexto. Um lobisomem que busca vingança? Um ser diferente, mistura de lobo e homem, que busca as suas raízes ou mesmo uma cura? Use a sua criatividade.

Título: Metamorfose - A Fúria dos Lobisomens
Organizador: Ademir Pascale (Invasão e Draculea: O livro Secreto dos Vampiros)
Autores convidados: Marco Bourguignon (Editor da Scarium) e
Adriano Siqueira (Livros: Amor Vampiro e Draculea)
Prefácio: J.Modesto (Trevas e Anhangá: A Fúria do Demônio)
Editora: All Print
site:
http://www.cranik.com/metamorfose.html

comunidade do orkut
http://www.orkut.com.br/Main?cmm=91508850&refresh=1#Community?cmm=91508850

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Editora Maldita - Por Adriano Siqueira



Editora Maldita
Por Adriano Siqueira
Siqueira.Adriano@gmail.com






Editora Maldita
Por Adriano Siqueira
Siqueira.Adriano@gmail.com

— Finalmente chegou a oportunidade de escrever meu livro de contos de terror.

Carlos Osborne, um escritor frustado por escrever apenas para internet. Seus amigos admiravam as suas obras mas as editoras nunca o via como um bom escritor. Mas hoje era diferente. Ele foi convidado para ser o escritor da maior editora de terror da America do sul. A Editora Maldita.
Ninguém conhecia pessoalmente os escritores daquela editora. Eles usavam pseudônimos. Os escritores desta editora nunca apareciam no dia do lançamento e isso intrigava muitas editoras concorrentes. Mesmo assim a editora vendia milhares de livros pelo mundo todo.
Carlos estava na recepção da editora quando finalmente o editor aparece.
— Olá Carlos! Meu nome é Reinald! Que bom que aceitou o convite para participar de nossa editora.
— É um convite que nenhum escritor recusaria.
— Tenho certeza que não! Mas venha! Vou apresentar a editora.
Reinald leva Carlos para conhecer todas as salas da editora, menos uma, com uma porta pintada de preto. Isso deixa Carlos curioso.
— Senhor Reinald, o que tem naquela sala?
— É o departamento de criação. É lá que os escritores escrevem as suas histórias.
— Puxa! Eu não sabia que os escritores têm que escrever trancados lá dentro.
— Isso são normas da empresa. Espero que isso não trave a sua criatividade.
— Ora Sr. Reinald. Eu já escrevi contos dentro de um cemitério, certamente eu escreveria em qualquer lugar.
— Que ótimo! Então vamos começar.
— Já? Mas eu nem pensei em nada ainda.
— Não se preocupe Carlos. Quando você conhecer melhor esta sala, você certamente terá uma avalanche de idéias.
Quando Carlos entra na sala sente um cheiro estranho. Ele vê muitos móveis cobertos com panos pretos. Olha uma cadeira e uma mesa cheia de papeis com muito sangue seco. Carlos arregala os olhos e diz:
— Nossa! O senhor sabe mesmo como fazer um clima para contos de terror.
Quando Carlos se vira para encarar o Sr. Reinald ele vê apenas um Martelo de madeira enorme indo ao encontro da sua testa.
Carlos não sabe quanto tempo ficou desmaiado. Ele abre os olhos e vê que está amarrado em uma cadeira e bem amarrado. Sr. Reinald estava segurando um livro bem antigo e estava recitando algo em uma língua completamente desconhecida. Carlos tentava falar mas Reinald diz:
— Vejo que acordou Carlos. Por favor não tente falar agora. A anestesia que apliquei em você só deixa o seu corpo adormecido mas seu cérebro está bem acordado. Estou quase terminando o encantamento e logo tudo isso vai acabar, mas antes quero que conheça os outros escritores.
Sr. Reinald levanta o pano preto de um dos móveis e Carlos fica desesperado. Ele vê muitas mãos guardadas em vidros. Ele tenta se soltar mas sente algo errado com seu corpo...
— Não tente se mexer Carlos! Não até ver o que tenho guardado aqui!
O Editor pega o cesto que estava na frente dele e leva para o Carlos ver. Carlos arregala os olhos e fica cambaleando seu corpo. Balbuciando.
— Sim Carlos! Vejo que conhece bem a sua mão. Agora que fomos todos apresentados, deixe-me contar como as histórias aparecem. Foi por volta de 1970 um mago que conheci. me deu este livro... Não deu exatamente... Ele sofreu um pequeno acidente e eu fiquei sendo o novo dono deste livro. Este livro Carlos. Ele escreve sozinho. De um modo geral, Ele trás alguns espíritos de alguns escritores conhecidos. Mas para dar certo eu preciso de uma mãozinha. Irônico mas é verdade. Eles usam a mão de uma pessoa viva. E escrevem por apenas 2 ou 3 horas, até que a mão comece a ficar dura como pedra. Como vê eu não posso perder mais tempo.
Reinald tira a mão do cesto e coloca em cima de um papel na mesa, logo em seguida encaixa uma caneta e começa a proferir umas palavras estranhas. A mão começa a se mover e agarrando a caneta ela começa escrever mas só sai garranchos e rabiscos. Reinald fica furioso. Ele bate na mão várias vezes mas logo para. Ele olha furioso para Carlos e diz.

— Acho que a noite vai ser longa Sr. Carlos! Acabei de descobrir que o senhor é canhoto.
— N-n-não!!!

Carlos vê o editor pegar o serrote e... Sorrindo muito, vem em sua direção.

domingo, 6 de setembro de 2009

Abre as asas sobre nós - por Adriano Siqueira


Abre as asas sobre nós
Um conto de vampiros para o dia 7 de setembro.
Por Adriano Siqueira



Dom Pedro Chega às margens do Rio Ipiranga e levantando a espada é flechado no peito.
Caindo do cavalo inconsciente é então levado às pressas pelos soldados que ali estavam.

– Mas não era essa a história professora.
– Cale-se menina e escute o resto.


Maria Quitéria estava disfarçada com roupas de soldado conseguiu entrar e ficou cuidando do ferimento que a flecha tinha deixado em Dom Pedro.

–Esse homem tem que viver. A história não pode continuar sem ele.
Cortando o seu pulso Quitéria coloca-o sobre o Peito de Dom Pedro.

O ferimento cicatrizou e ele acordou.

Olhando para Quitéria, Don Pedro se perguntava como ainda estava vivo.

Maria Quitéria disse em voz baixa. – Nada deve ser dito.

Ela sumiu. Dom Pedro retornou as margens do Rio Ipiranga e disse "independência ou Morte" e logo após cortou a cabeça do soldado que o havia flechado.

– Mas professora. Isso é um absurdo. Todos sabemos que a história não era assim.

A professora chega perto da aluna... Abre a boca e a menina vê dois caninos pontiagudos.
Paralisada a menina fica observando ela sair e ir para a estrada.

Um homem a cavalo passa por ali e pega a professora colocando-a em seu colo.
Ele olha para o colégio e sorri.