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sexta-feira, 16 de novembro de 2012

O início da Lady Morticia - por Stefany Albuquerque



O início da Lady Morticia
Por Stefany Albuquerque - 

A história narrada pela própria Lady Morticia Naghtshade conta o seu início.


A chuva fez parte do meu inicio. Foi em um dia chuvoso que tive meu primeiro contanto com o meu outro eu, um eu que poucos conhecem, mas os que conhecem não ficam inteiros ou não sobrevivem para contar a historia.
Meu nascimento foi como qualquer um, mas meu sangue não é como o de qualquer um. Meu pai era considerado um grande bruxo, e temido por muitos, seus poderes iam alem da capacidade de um bruxo normal, o que criava uma desconfiança, mas poucos se atreviam em dizer tal desconfiança a um lorde. Meu pai era o primeiro filho do Lorde Samuel Naghtshade, seu nome era um grande mistério, pois era conhecido como Cavaleiro Negro Demetrio, por usar uma máscara negra desde a batalha em Demetrio, seu pai o chamava assim, ele não queria apresentar a verdadeira forma que ele tinha. Apaixonou-se por minha mãe uma moça humilde que vivia aos arredores dos campos de Demetrio, mal sabia ela o perigo que estava preste a passar.
Meu pai tinha vários inimigos, como vampiros, lobos, súcubos e até bruxos, aos passar dos anos o reino de meu pai se esmoreceu, o meu avô morreu e deixou meu pai no trono, mas seu irmão Santiago não aceitou que meu pai reinasse e o delatou como um bruxo negro, fazendo com que caçassem meu pai. Mas meu pai não era um bruxo e sim um demônio e minha mãe descobriu isso da pior maneira. Ela o encontrou caído em meio à lama da estrada, o acolheu em sua casa escondido de seus pais, mas seu pai o descobriu e pediu que mandasse ele embora, pois se descobrissem que ali ele estava o exercito do novo rei mandaria exterminá-lo.
Mas minha mãe não tinha coragem de fazer isso por dois motivos, o primeiro era que ela acreditava que ele era um bom homem, e o outro era que ela tinha se apaixonado por ele.
Sua família não aceitava que ela se envolve se com alguém que não fosse de suas origens religiosas e nem que tivesse contato com outros homens fora do reino. Mas mesmo sendo do reinado ele estava condenado á morte pelo seu próprio irmão. Sua vida estava em risco e a da sua família também. Ela teria que tomar uma decisão.
Seu coração então falou mais alto, ela fugiu com ele. Correndo perigo de estar com um homem insano. Uma tempestade os seguiu e tomou conta do caminho, o que os forçou a parar, seu olhar era envolvente, seduziu minha mãe com toques e palavras doces, jamais ouvi falar de um demônio que amava. Meu pai tinha um porte atlético e um olhar selvagem por entre os buracos da máscara que ele usava, seu corpo era uma miragem para os olhos de minha mãe. O que chamava a atenção de meu pai em minha mãe era por ela ser uma mulher tão pura e ingênua. Era sua parte humana que seduzia meu pai, um grande demônio, cujo nome niguem sabia, nem mesmo ela. A única coisa que ela sabia sobre ele é a sua verdadeira origem, naquela mesma noite ele retirou a máscara e mostrou sua verdadeira face, ela de imediato se assustou, mas viu a beleza que havia em seu olhar triste e se entregou a ele de alma e coração. Por meses eles fugiram de diversas pessoas e seres sobrenaturais que queriam matar o que minha mãe carregava em seu ventre. Então, em uma caverna escura, ela deu a luz a uma menina de olhos castanhos brilhantes e lábios rubros. Meu pai viu que seu sangue corria em minhas veias, que o demônio que ele é habitava em meu ser também, disse a minha mãe que eu seria uma mulher forte e soberana, que reinaria um dia e vingaria a vida que eles perderam fugindo, minha mãe então, olhou para mim e sorriu, suas ultimas palavras foram “será uma boa menina” ela fechou os olhos e abraçou o sono eterno. Nada mais ele podia fazer apenas criar o fruto que surgiu de um amor incomum, de uma união de um demônio e uma humana. Mas como ele faria isso sem aquela bela moça que fez daqueles meses os mais felizes de sua vida.
Ele seria caçado e eu também, seriamos aberrações para o mundo. Então ele se prontificou em encontrar uma família que pudesse me amar como ele queria fazer ao lado de minha mãe.
Depois de alguns dias ele encontrou a família, em uma noite chuvosa ele me entregou aos braços de uma mulher que havia acabado de ter gêmeos, mas um morreu e apenas o outro sobreviveu, um menino de olhos verdes e lábios rubros iguais aos meus, seu nome era Walter Lêbroken. Ela pediu que ele fizesse um voto de sangue, que ele batizasse seu filho com seu sangue, ele relutou com a pedida, mas ela lhe deu a garantia que cuidaria de mim como se fosse sua filha de verdade, meu pai cego pela paixão que tinha por mim aceitou depressa, fez o pacto com ela e disse que assim que ela morresse, ele voltaria para ver a mulher que me tornei. Meu pai se foi e nem seu nome e nem o nome de minha mãe ele me deixou, deixou apenas o meu nome, um nome que muitos temem hoje, Lady Morticia Naghtshade.
Minha verdadeira história, esta que conto, apenas soube depois de 18 anos, meu irmão sabia sobre minha verdadeira identidade e só a revelou após uma batalha, uma batalha que nos custou a vida de muitos, principalmente a vida de nossos pais, ou melhor, os pais dele. Meu pai não cumpriu sua promessa, não apareceu após a morte da mãe de Walter e assim tive que acabar com o meu próprio irmão. Mas Walter não era como qualquer humano ele tinha sangue de demônio, uma parte da historia que só soube muitos anos mais tarde após achar que o tinha exterminado refiz minha vida em outro país e em outra cidade fora dos olhos dele ou de qualquer mal, mas o mal estava dentro de mim e eu nem pensava que ele pudesse atrair uma criatura tão longe dos meus olhos, um vampiro.Em uma noite chuvosa estava eu a passear em bosques escuros, meus olhos enxergavam mais que a capacidade humana poderia, ele se aproximou de mim com facilidade, seus olhos penetraram nos meus e um misto de medo e curiosidade tomou conta do meu ser. Neste momento mãos frias percorreram meu corpo, deslizando medos selvagens por minhas vestes, as rasgando com facilidade. Meus lábios tocaram os meus assim como sua pele fria, braços fortes me envolveram, não podia fugir e nem queria, jamais havia estado com um homem, jamais havia estado com um vampiro, ele dizia palavras doces ao mesmo tempo em que me beijava, ele, ao me beijar com força, acabou ferindo meus lábios, seu olhar mudou ao sentir meu sangue, avançando em mim com voracidade, seus lábios me em prendiam me impedindo que gritasse. Largou meus lábios e fixou seu olhar nos meus, sem entender meu corpo se movimentava conforme ele queria, ele rapidamente cravou seus dentes em meu pescoço, senti uma dor enorme, ao mesmo tempo em que ele sugava meu precioso sangue ele tirava minha inocência como um animal, não sentia vontade de dizer não e nem de relutar com seus toques e beijos. Aos poucos, minha visão ficou turva, ele me segurou em seu colo, levou seu pulso direito à boca e o mordeu, colocou em minha boca e derramou seu sangue em meus lábios, seu sangue um pouco doce com um final amargo me deu fome, e comecei a tomar mais e mais dele até que ele retirou o seu pulso, olhou em meus olhos e disse “És minha agora, mas a algo diferente em você. Vou usar para o seu próprio bem.” Desde então, me tornei uma vampira com sangue de demônio, meu mentor me ensinou tudo que um vampiro poderia saber, me mostrou uma maneira de usar meus poderes e o meu lado sombrio para o bem de todas as espécies. Levou-me até Roma e me apresentou o conselho dos vampiros, ele me indicou como uma assassina profissional. O conselho então fez um teste comigo me mandado para vários países para matar diversas criaturas, meu mentor sempre esteve comigo, em sua jornada ele me ensinava mais, mas havia algo que não sabia, seu nome, por que ele nunca mencionava e toda vez que tocava neste assunto ele dizia “a única coisa que você deve saber sobre mim é que sou seu mentor, me chame de Mestre” Mestre nunca falou muito sobre si e nem se quer me deu muita oportunidade de saber sobre ele, sempre estávamos em missões e mais missões e assim se passaram anos, um dia após uma luta contra um clã de lobisomens o líder estava bem perto de ser exterminado, mas havia algo nele que me chamou a atenção, seu jeito de lutar era muito parecido com o meu, sentia seu coração bater mais forte toda vez que nos encontrávamos. Nessa ultima batalha ele chegou muito perto de mim o suficiente para me beijar, seu beijo era selvagem, mas havia algo em mim que tinha mudado, não era mais apaixonada pelo meu mentor e acho que ele notou isso, ele ordenou que matasse o lobisomem e assim eu fui fazer a minha missão, mas ou chegar com a espada perto de seu pescoço senti uma forte dor em meu peito, não uma dor como qualquer outra, essa eu não sentia há muito tempo e sim uma paixão, um amor que não poderia matar. Então arrumei um jeito que ele pudesse fugir, pedi que fugisse e que não desse as caras por um bom tempo, marcamos nosso ultimo encontro. Em uma noite de lua cheia nos encontramos e nos amamos, ele era diferente do meu mentor ele me desejava. Naquela mesma noite ele se foi, mas com uma promessa de um dia ficarmos juntos ele me deu um colar, seu pingente era uma rosa negra, disse que deveria mostrar para o meu mentor e ele saberia que havia concluído minha missão, mas que era para ficar comigo, pois era uma lembrança. Ao chegar para o meu mentor ela ficou deveras satisfeito, mas tinha algo para me dizer. Ele iria para uma missão sozinho, ele nunca saiu para uma missão sozinho, ele disse que era importante e valia seu cargo no conselho. O deixei ir e fui para outra missão. Como qualquer outra era mais uma criatura sobrenatural. Ao chegar nesta missão encontrei um homem que me parecia familiar, tinha os olhos verdes, cabelos loiros e compridos. Ele olhou por um tempo até que comecei nossa luta, ele esquivava dos meus golpes. Então em um descuido meu ele me imobiliza. Sim, ele era familiar para mim, era Walter o irmão que achava ter exterminado. Então ele se manifestou, disse que estava feliz em me ver viva, pois só estava ali para concluir sua promessa.
Começamos uma luta sangrenta, mas antes que ele pudesse me matar, chamas surgiram ao nosso redor, e um homem de máscara negra, o jogou longe de mim, e me arrastou para algum outro local, desmaiei em um sono profundo, um sono que imaginava ser um sonho.
Ao abrir meus olhos, me encontrei em um quarto vazio da existência humana. O homem que me salvou ali não estava mais, deparei-me com o nada a minha espera. Por um momento a historia que meu irmão havia contado para mim, fez sentido. Poderia ser meu pai ali a me salvar.
Mas por que ele não estava comigo neste momento? Talvez eu não tenha sido a filha que ele desejava assim como ele que não foi o pai que eu desejava que fosse.
Não podia ficar ali e esperar o que não vai acontecer. Ele não iria voltar e eu sei disso. Estava bem perto do conselho, deveria voltar antes que meu Mestre voltasse e não me visse ali.
Ao chegar ao conselho fui presa de imediato, minha missão não foi concluída e meu mentor estava desaparecido. Sem muito entender relutei a prisão e cheguei ao líder do conselho.
Ele não se manifestou em me impedir, me disse que meu Mentor era um traidor que havia fugido com arquivos e planos do conselho, e que eu estaria envolvida. Mas tinha mais coisa por trás disso.
Como meu inicio a chuva novamente esteve comigo, fui presa e torturada por quatro anos, eles queriam saber o que eu era de verdade, algo que nem mesmo eu sei ao certo. Mas tinha uma coisa que eu sabia meu Mestre não era um traidor e se ele fugiu algo de errado tinha. Meu sangue jamais foi revelado ou provado por ninguém além de meu mentor. Ele me dizia que se outra pessoa o provasse poderia querer a minha morte. Talvez ele estivesse certo, mas por quê?
A resposta vem de imediato, o líder do conselho conhecido como Charles Bermu´t ordenou a retirada de uma amostra de sangue minha, pois desconfiava a minha origem. Mas antes que isso acontecesse, meu mentor me salvou me tirando da prisão. Meu mentor era um soldado de guerra, sabia várias artes marciais e lidava muito bem com armas brancas, seus ensinamentos me foram passados, mas mesmo assim o conselho conseguiu me capturar, usava seus poderes tão facilmente que me impressionava cada vez mais. Ao fugir pedi uma explicação por que ele fugiu e por que levou tantos anos para me tirar desse inferno. Ele em poucas palavras me disse que tudo fazia parte dos seus planos, um plano que me custou quatro anos, nas mãos de diversos seres sobrenaturais a me torturar. Ele simplesmente sumiu como fumaça em meio às matas. Corri até um riacho e desapareci por seis meses. O conselho procurou por mim várias vezes, mas eu sempre escapava. Tive que andar como os humanos, tinha que agir como eles. Até que em uma caçada na Suíça me levou novamente aquele lobisomem que havia se apaixonado por mim. Mas eu já havia mudado, mudado o suficiente para não confiar em ninguém.
O encontrei em um leilão de jóias, além do leilão, estava havendo um baile de máscaras. Ao ouvir a voz suave de um homem que jamais esqueci, me retrai em lembranças e em uma tentativa de fuga ele segurou meu braço, olhou em meus olhos e expressou um sorriso, “até que em fim te achei bela dama”.
E daqui por diante começa outra historia.

Bem vindos ao meu mundo!
Morticia

5 comentários:

  1. Deveras inspirador! Mesmo no início, com tudo que poderia acontecer a sedução continua fatal, vermelha... como o sangue!

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  2. Não e só uma história qualquer,como a de hoje que colocaram o vampiros a submissão dos humanos,e uma história com realidade mostra a verdadeira face de um vampiro,me apaiconei por Lady Morticia ela sim uma rainha das trevas,mostra toda sua capacidade como uma,a sedução claro seria seu grande forte,mostrando que as mulheres não são apenas objetos e sim armar mortais. Sem mais assinado HCSBC

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Bem legal! :) Da uma olhada na minha?

    vitoriaeseudiario.blogspot.com.br

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