O prazer da leitura tem suas raízes na infância. Os pais e professores mostram personagens interessantes que envolvem o leitor a continuar lendo mais aventuras e assim o a vontade de ler mais envolve o leitor levando-o para outros livros.
Lembro dos anos 70 quando comecei a ler. Minha mãe era professora e sempre que ela chegava em casa de noite ela colocava um disco compacto na vitrola e lia um livro ilustrativo da Disney. Esses livros faziam muito sucesso naquela época. Vendia nas bancas de jornais. Eram pequenos livros com histórias infantis que acompanha um disco compacto para ouvir junto com a história. A corrida dos Bichos, Pedro e o lobo, Branca de Neve e muitos outros clássicos da Disney envolvia toda a família a participar daquela leitura.
Com o tempo eu comecei a ter minha própria escolha para leitura e quando comecei a trabalhar com quinze anos eu morava no Itaim Paulista e usava o trem para me locomover até o trabalho que era no Bras. Perto da estação do trem tinha sempre uma banca de jornal. Era lá que eu comprava as histórias em quadrinhos. Naquela época existiam muitos títulos inclusive os de Terror e Mistério que eu mais adorava.
As histórias em quadrinhos indicavam livros. A maioria das histórias de terror que eu lia era baseado em um livro. Edgar Allan Poe. H.P. Lovecraft, e vários outros autores eram mencionados nas histórias. Eu comecei a ler muitos livros de terror. Stephen King e Ira Levin eram os meus favoritos.
O gosto da leitura foi crescendo conforme os anos. Bram Stoker com o Seu livro Drácula, foi muito popular quando procurava mais livros. Era sempre esse livro que se destacava. Nos anos 80 eu me interessei muito pelos assuntos esotéricos e misteriosos. Histórias de fantasmas e bruxas sempre me atraiam. Os vampiros faziam muito sucesso em seus filmes e histórias em quadrinhos. Os livros de terror cresciam muito. Cheguei a ler A profecia, O Exorcista, A hora do Vampiro e muitos outros clássicos.
Tudo isso foi montando a minha própria personalidade sobre meus gostos de leitura. Algo que me atraia muito na época eram as grandes coleções. Lembro que a minha mãe chegou a fazer coleção dos livros da Agatha Christie. Era uma coleção muito grande e vendia nas bancas de jornais.
Quando chegou a era da internet, algumas histórias podiam ser lidas no próprio computador. Foi quando eu comecei a escrever também.
Hoje, existem várias formas de ler, não existem só livros, existem histórias em blogs, wattpad, e-books e fanzines. Se o assunto for interessante eu leio em todas as plataformas. Não tenho o preconceito de ler só o livro. Quero sempre ler mais sobre o assunto e por isso a plataforma que uso não importa muito. O assunto é sempre mais importante para procurar algo para ler.
Dia sete de janeiro é o dia do leitor. Isso mostra que os leitores são muito importantes e impulsionam mais produções de livros e formas de leitura. Acredito que o público leitor quer livros que sejam mais baratos e acessíveis para o público em geral.
Existe sempre aquele que prefere ler todas as novidades e existem também os leitores que se envolvem mais com o assunto. Esses leitores são os mais comuns. O assunto do livro é muito mais importante do que a própria capa.
Com o tempo, a tecnologia mostrará novos caminhos para a leitura. E assim o leitor sempre estará repleto de novidades e opções.
Abraços
Adriano Siqueira
Contos sobre leitores.
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