O BAR DO LUCIOS
Por Adriano Siqueira
Lucios estava apreensivo. Geralmente o seu bar vivia vazio. Não existia muito movimento naquele local. Isso era de uma certa forma um alívio. Ele não gostava de muitas bagunças e nem apreciava multidões. Esse era o motivo de ter escolhido aquele local para viver.
Era um local agradável que era situado em uma beira de estrada. Porém o seu extinto lhe avisará que nesta noite tudo seria diferente.
Logo a frente havia um acidente. E o trafego estava muito intenso. O acidente era bem no meio da estrada e isso impedia que os carros continuassem o caminho.
Lucios trabalhava sozinho. Ele pensou que, naquele momento era melhor pedir ajuda. Já atendou alguns, mas neste caso eram muitos.
Respirou profundamente e abriu a porta do bar. Que era pequena. Só entrava uma pessoa de cada vez. Mudou a placa que estava na porta escritor “Fechado” para “Aberto”.
Uma mulher veio correndo desesperada para o bar e o procurou.
“Por favor! Preciso de um telefone! Perdi o meu celular.”
Lucios não se abalou. Foi até o balcão e olhou atentamente para a mulher enquanto respondia.
“Não tem telefone aqui. Vou preparar algo para tomar.
Sente-se.”
“Eu preciso avisar alguém o que aconteceu aqui. Houve um acidente.”
A mulher estava muito impaciente. Ela tinha aproximadamente 20 anos. Andava pelo bar com as mãos na cabeça.
Muito preocupada. Lucios preparava uma bebida enquanto tentava conversar.
“Sim! Eu vi. Olha por que não fica calma enquanto chega ajuda. Alguém já deve estar sabendo.”
Neste instante a porta do bar abre e entram cinco pessoas.
Três homens e mais duas mulheres. Um dos homens pediu uma vodka enquanto as outras pessoas se sentavam para comentar o acontecido. Todos estavam comentando o acidente. Lucius estava pensando em pedir ajuda. Talvez ele não desse conta de todo o serviço.
“Quero sair daqui! Estou atrasado para o aniversário da minha filha. Essa bagunça na estrada só vai fazer com que eu perca a festa.” – Dizia um dos homens.
“Eu estava de férias e amanhã tinha que chegar cedo no trabalho. Agora quem vai acreditar que eu fiquei presa no transito?” – Mencionava a mulher que estava com eles.
Lucios só olhava para a porta. Ele sabia que chegariam mais. Ele vê mais alguém abrindo a porta. Era um mendigo.
Ele olhava para todos e gritava.
“Eu quero ir para casa. Alguém tem algum trocado?”
“Saí do bar!” Não tem dinheiro aqui!” – Disse um dos homens.
“Estranho. Eu também estou sem dinheiro. – dizia uma mulher que estava com eles. Minha bolsa sumiu.”
“Minha carteira sumiu.” Gritava o homem.
Todos estavam revirando seus bolsos. E ninguém achava os seus pertences. Logo todos começaram a culpar o mendigo. E queriam brigar com ele. Acusando de responsável e de roubo. Quando começaram a atacar o mendigo, Lucios gritou.
“Chega! Vocês estão aqui. pois todos irão para o mesmo lugar.”
Com calma Lucios explicou. Vocês cinco que chegaram juntos atropelaram este mendigo e em seguida bateram no carro daquela mulher. Todos morreram e agora estou aqui para informá-los e encaminhá-los ao transporte que chegará em breve.
Por Adriano Siqueira
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