Victório Desade
O Filho do Neculai
Mayara chega na escola e entra na classe. Cumprimenta o seu
amigo Claudinei e o restante da classe. Ricardo e sua turma ficam na parte de trás
da sala e adverte.
— Chegou a filhinha
do Neculai. Pessoal? Sabia que ela é
filha de um monstro? Haha
Mayara ouve e acessa
os dados no seu monitor virtual rapidamente e sorri para o Claudinei. Logo em
seguida, entra uma menina. Na sala e grita com o Ricardo.
— Você colocou uma
mensagem de uma conversa com a sua mãe na sua rede social pedindo dinheiro para
tomar sorvete comigo? Minhas amigas estão rindo aqui!
Ricardo. Espantado
verifica. E todos começam a rir e comentar.
— Vamos fazer uma coleta
de dinheiro para eles tomarem sorvete. Haha
Ricardo sai da sala
para deletar a mensagem. Ele estava muito confuso. Enquanto isso Mayara pega o
caderno e começa a fazer a lição. Claudinei se aproxima e comenta.
— Como conseguiu
fazer isso?
É segredo Claudinei.
Mais tarde Neculai
conversa com a China Girl.
— Pelo jeito Mayara
está se adaptando bem nesta escola. E ela cresceu muito. Está sabendo se cuidar
muito bem.
— Sim querido. Ela é
uma moça muito esperta e dedicada, mas estou preocupada com essa lacuna que o
universo expandiu. Tem coisas estranhas. Montanhas que se mexem e florestas
desconhecidas aparecendo em todo o mundo. Raio, o cavalo alado que gosta da
Mayara, está visitando esses lugares. Coloquei uma câmera nele e assim tenho
como monitorar aqui esses locais.
— Hoje vou trazer
aqui o Victório. Ele fará aniversário, mas antes de comemorar na China queria
que ele jantasse com a gente.
— Cinco!
— Não... haha Ele
fará dez anos.
— Não. Estava me
referindo aos filhos. Temos cinco.
— Sim. E é a família
mais linda do mundo e você a melhor mãe que já conheci.
— Você é também um
bom pai. Bem quase. Ainda tem que aprender mais. Mas eu amo te ajudar.
Neculai abraça China
Girl.
— Eu sou um vampiro
de muita sorte.
— Eu acredito nisso
meu amor, mas antes...
China Girl pega uma
lista de compras e dá para o Neculai. Ele ri.
— Haha! Sabe. Você
vai ser sempre metódica.
— É aniversário do
Victório e não podemos deixá-lo sem uma boa festa. Então veja se você se comporta
e não vai chupar o sangue de ninguém.
Neculai beija a China
Girl e diz.
— Depende de como vai
estar a fila do mercado. Hahaha!
Mayara chega em casa
e cumprimenta a mãe.
— Como foi na escola
filha?
— O de sempre.
Matérias fáceis. Pessoal perdido. Reclamação sobre meu pai.
— E como lidou com
isso?
— No começo eu ficava
triste e teve épocas que até mudamos de escola. Não gosto que falem dele como
um assassino. Mas agora já sei como resolver esses problemas. Tenho aprendido
muito e meus poderes tem ajudado.
— Somos uma família
diferente.
— Eu sei mãe. Meu pai
merece respeito. Ele fez muitas coisas, mas eu sei que o que ele fez tem um
sentido e...
— Mayara. Eu discordo
de muita coisa que ele fez. E eu ajudei muito a ser alguém melhor. O importante
disso tudo é que sejamos unidos.
— Onde está o pai?
— Perdido no
supermercado comprando as coisas para o aniversário do Victório. Ele vem para
casa hoje comemorar. Depois irei com ele para China para comemorar com todos os
seus irmãos. Você tem aula amanhã e é bom ficar por aqui mesmo com seu pai.
— E o Raio. Viu ele
por aí?
— Seu cavalo está
fazendo um trabalho para mim. Filmando todas essas novas florestas que estão
aparecendo por causa dessa anomalia dimensional.
Enquanto isso Neculai
estava fazendo compras.
— Senhora por favor
só falta esse item na lista. Onde estão as velinhas de aniversário?
— Lá no corredor.
— Eu fui lá três
vezes.
— Está lá eu garanto.
— Eu garanto que fui
três vezes. Chama o gerente.
O gerente chega em
poucos minutos. Quando ele vê que é o Neculai ele fica apavorado.
— Sr. Neculai. Eu não
sabia que estava na cidade.
— Velinhas para meu
filho. Dez anos.
— Agora mesmo senhor.
E você. Senhora. Vou lhe dar uma advertência.
Neculai interrompe.
— Não vai dar nada
para ela. A culpa é sua por não colocar placas indicando as velinhas.
— Sim Senhor.
— E ela me atendeu
muito bem. Coloque ela em um cargo melhor e lhe dê um aumento.
— Sim Senhor.
Neculai sorri para a
senha e diz baixinho.
— É bom ser o dono
desse supermercado.
A senhora sorri e
agradece.
Em casa, Victório
chega de viagem e a sua mãe vai recepcioná-lo, E o abraça.
— Eu não acredito.
Como veio?
— Sozinho. O piloto
do superjato me trouxe facilmente. E eu conheço bem essa região.
— Devia esperar o seu
pai.
— Não mãe. Eu sei
fazer as coisas sozinho.
Sua mãe enche um copo
de refrigerante para Victório enquanto ele senta no sofá. Com a sua força de pensamento
ele pega o copo e ele flutua até a sua mão.
— Onde estão todos?
— Mayara está no
banho e seu pai foi fazer compras para fazer uma festa... surpresa?
— Haha. Isso é
surpreendente!
China Girl olha para
o Victório e senta ao lado dele. Ele passa a mão no seu cabelo.
— E como está o
relacionamento de vocês?
— Está bem. Ele não
me atrapalha e eu não atrapalho ele.
— Ele é seu pai. Ele
te ama.
— Eu sei. Eu também.
Mas não significa que tenho que dizer isso toda a hora. Não é isso que vai
melhorar meu relacionamento com meu pai. Eu quero ficar aqui com você mãe.
Ficar na China é legal. Mas se você ficasse mais com a gente lá.
— Mas eu sempre vou.
Você acha que vou deixar meus filhos todos seu eu estar perto? Vocês são a
minha vida. Mayara está sozinha aqui também. Eu e seu pai estamos fazendo tudo
que podemos para ficar com vocês o mais tempo possível.
Victório abraça a sua
mãe
— Eu te amo mãe. Você
é a mãe mais perfeita do mundo.
Eles se abraçam e a
Mayara entra na sala toda arrumada.
— Que cena linda!
Victório se levanta e
abraça a sua irmã.
— Tudo bem Irmã.
— Estou passando
pelas coisas de sempre.
China Girl
interrompe.
— Seu pai está
chegando com as coisas. Fiquem no quarto enquanto a gente prepara a sua festa
“surpresa”
— Ok Mãe. Venha
Victório.
Os dois vão para o
quarto enquanto o Neculai chega com as compras. China Girl olha para ele e o
beija.
Aposto que esqueceu o
Bolo.
— Mas o bolo não
estava na lista.
— Precisava colocar?
Festa de aniversário = Bolo.
— Que ótimo. Vou lá
buscar o bolo. Vou me atrasar para busca-lo.
— Ele já está aí.
Está no quarto.
— Ele veio sozinho?
Não acredito. Ele só tem dez anos e...
— Ele é nosso filho.
E se é nosso filho...
— Entendi. Você tem
razão.
— Agora vai buscar o
bolo.
No quarto os filhos
conversam.
— E ai Victório. Como
está a relação com você e o pai?
— Na mesma Mayara. A
gente não se fala muito.
— Ele é bem
inteligente. Pode te dar bons conselhos.
— Sim. Imagino os
conselhos. Mas prefiro resolver as coisas sem machucar ninguém.
— Ele não é mais
assim Vic.
— Alô! Alô! Hahaha
— Pare com isso. Se
ele ouvir isso não vai gostar. Respeite o seu pai.
— Eu já disse. A
gente não se fala muito.
— Deveria. Eu tenho
orgulho por ele ser meu pai.
— Temos ideias bem
diferentes. Eu queria trocar de lugar. Ficar aqui com a mãe. Enquanto você fica
na China.
— Não posso fazer
isso. Somos uma família temos que gostar um do outro. Somos unidos Vic.
Vic abaixa a cabeça e
diz.
— Meu pai é perigoso.
Mayara levanta o
rosto do Victório e diz.
— Não. Ele é só nosso
pai. E é o melhor pai do mundo.
Ela vai até a porta e
diz.
— Logo a sua festa
“surpresa” estará pronta. Sorria.
China Girl Chama os
dois para ir para a sala.
— Venham crianças.
Está tudo pronto.
Mayara e Victório se
sentam e perguntam.
— Onde está o Bolo?
China Girl ri.
— Seu pai...
— Meu pai esqueceu de
comprar o Bolo.
Neculai abre a porta
e entra com o Bolo
— Cheguei. O bolo
chegou também.
Neculai abraça o
filho e diz
— Feliz aniversário.
Rapaz. Você já é um rapaz.
— Obrigado pai.
Eles cantam parabéns
e todos pensam em como será o seu futuro.
Por Adriano Siqueira
e Maria Dutra
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