Nós Vamos Invadir sua Praia -Mayara Desade

Nós vamos invadir a sua praia

Por Maria Ferreira Dutra
e Adriano Siqueira

─ Vem Mayara! O pessoal pode pegar o melhor lugar
 e aí não vamos vender nada.
Mayara estava levando duas caixas e responde.
─ Faltam mais caixas Ivone. Cadê o pessoal?
Ivone responde sorrindo.
─ Elas não são tão fortes como você. Estão carregando as caixas bem devagar.
Mayara esquece as vezes que a sua força é maior do que das suas amigas. ao chegar no local ela deixa as caixas lá e volta para ajudar as outras amigas enquanto a Ivone monta a barraca.
Mayara pega a caixa da Asucena, Flora, Rebeca e Catarina. assim ela anda mais rápido para armar os produtos.
Ela percebe que muitos já montaram as suas barracas para distribuição. Tem que correr para poder vender mais que os outros. Ao preparar as caixas ela percebeu que a Chapeuzinho Vermelho e a Branca de Neve vendiam maças para o público. Branca de Neve deixa cair uma maça e um rapaz pega e segura com as duas mãos. Ele diz que a sua pele era branca como a dele e que gostaria de convidá-la para ir em sua casa para conhecer a sua família. Deixou um cartão com ela e viu que o nome dele era Edward Cullen e estaria no Rio por pouco tempo.
Mayara tentou lembrar quem era o rapaz que estava conversando com a Branca de Neve, mas não lembrava de onde ela o conhecia. Porém para os seus negócios na praia, as maças era um sinal positivo pois os produtos que trouxeram, eram coxinhas e sucos e elas não eram uma concorrência direta.
Todas do seu grupo estavam colocando as bandejas para distribuir ao redor. A Flora ia ficar e tomar conta da barraca enquanto as outras cinco meninas iriam andar pela praia.
Mayara passou na barraca da Faduxa e sorriu. Faduxa era uma Bruxa fada e tinha um visual bem chamativo. ela estava toda de preto e com chapéu de bruxa. esse visual já era estranho em uma praia mas as asas de fada aparecendo em suas costas era algo que atraia o público fazendo com que todos tirassem uma foto com a fada/bruxa. essa plateia ficava bem perto da barraca da Flora e isso ajudava a vender mais coxinhas e sucos.
Um fiscal da praia apareceu pediu a licença de venda de ambulante. A Flora disse que o pai da Mayara havia cuidado disso. Mas antes do fiscal responder o celular dele toca e era o Neculai. com apenas um minuto de conversa o fiscal fica suando e passa o lenço na sua testa e diz para a Flora que estava tudo em ordem e que não iria incomodar mais. algo que fez com que a Flora ficasse sorrindo, pois sabia que o pai da Mayara era um homem impressionante.
Mayara conseguiu vender todos os seus produtos e a Rebeca e Catarina também. Só a Asucena não conseguiu vender muito pois aconteceu um acidente com uma mulher que passou por ela e a fez derrubar as coxinhas na areia. Isso causou um prejuízo.
Asucena voltou para a barraca e explicou o que aconteceu. Todas ficaram revoltadas com a situação e perguntaram se Asucena sabia quem era a mulher.
Ela deu uma olhada na praia e achou a mulher. Ela estava vendendo também. Era Cangas. Asucena avisou a Mayara e ela a reconheceu. aquela mulher era a Fefe. A Bruxa que é apaixonada pelo seu pai, O Vampiro Neculai.
Mayara pediu para Asucena ficar no lugar da Flora. assim ela poderia descansar desse trauma injusto. E foi até o local onde estava a Fefe. A Bruxa iria levar uma bronca da Mayara.
Porém, no caminho. Um rapaz de 17 anos tropeçou e empurrou a Mayara fazendo ela cair.

Rapidamente o rapaz perguntou se ela estava bem e Mayara respondeu que estava inteira.
Mayara olhou o rapaz ele passava as mãos na cabeça e parecia bem preocupado com o estado dela. porém ela sorriu e disse que acidentes assim são bem comuns.
Ele se apresenta. Diz que seu nome era Norman e que ele era de Minas Gerais. Foi para o Rio de Janeiro a procura de emprego e achou um de guardador de carro.
Mayara se apresentou e ficou curiosa por um garoto ser trabalhador e independente.
Ela a ajudou a levantar e com isso ela tropeçou na areia e ele a segurou Dizendo:
─ É um prazer ter você em meus braços.
Mayara sorri e ele dá o número do seu celular para ela e assim volta para o estacionamento correndo.
Ela olha para a barraca da Fefe, mas ela não estava mais lá. Então decide voltar para falar com as amigas.
Ao chegar elas perguntam quem era o rapaz que estava com ela. Mayara sorri e diz que o nome dele era Norman e que havia dado seu telefone.
Todas riram.
Não muito longe dali. Fefe estava no seu carro e o Norman entra no carro e eles conversam.
─ Eu passei o meu número para ela sua bruxa.

A bruxa Fefe comenta sorridente.
─ Logo ela vai te mandar mensagem. Seja educado e gentil. E a elogie. Você tem pouco tempo para deixar ela apaixonada por você.

─ Eu não gosto disso. Fiquei sabendo da história do pai dela. Aquele cara mata pessoas, mas antes ele as tortura. Eu não gosto dessa história.

A Bruxa Fefe perde a paciência e olha brava com ele.

─ Olha aqui Fedelho. Você precisa de dinheiro ou vai ser expulso deste estado. Pode passar fome e não verá comida por muito tempo. Então se colaborar comigo e fizer o que eu mando, você pode sobreviver. Te jogo no lixo seu pivete.
─ Você tem um jeito estranho de convencer as pessoas a fazerem o que você quer.
─ Eu quero que namore com a Mayara e eu serei a sua mãe e quero ir no jantar de vocês com a família. Assim posso envenenar a China Girl e eu ficarei com o Neculai por toda essa maravilha de eternidade. Hahaha
─ Você não merece o título de Bruxa. É uma mercenária, oportunista, egocêntrica...
─ E Rica seu Pixote. Agora pega esse dinheiro aqui e vai comprar uma roupa adequada pra namorar a Mayara e caso pense em me enganar eu já digo logo que você é um Nada e será muito pior do que nada pois posso deixar você em péssimo estado. E lembre-se que a poção de beleza que te dei só vai durar uma semana. Depois você vai voltar a ser aquela coisa desagradável que ninguém vai querer por perto. Agora... Sai logo do meu carro!

 Mais tarde em seu apartamento Mayara contava as novidades para a sua mãe China Girl.

─ E conseguiríamos vender tudo se não tivéssemos problemas com a Bruxa Fefe.
China Girl parou de mexer na louça e olhou para a Mayara.
─ Ela estava lá na praia? Fazendo o que? Você deveria ter me ligado.
─ Ela estava vendendo cangas. E eu sei me virar com ela māe. Ela só é uma fã do meu pai. Eu teria impedido ela se não tivesse me acidentado com o Norman.
─ Norman? Acidente?
─ Sim. um rapaz que conheci na praia quando eu ia falar com a Fefe ele e eu nos trombamos. A gente conversou um pouco. Ele me deu o número dele. Parece ser uma pessoa muito boa. É de Minas e está aqui no Rio para trabalhar. Vou entrar em contato e fazer amizade. Talvez ele precise de algo.
─ Eu preciso saber mais sobre ele antes de você conhecer ele melhor. Ou você prefere que seu pai tente descobrir?
─ Sem pressão mãe. eu sei me cuidar. Força de 10 homens herdado pelo pai. Somos a família Desade.
As duas riram e quando a Mayara adicionou o Norman como o seu contato logo eles começaram a falar. Ficaram horas no celular. Neculai chegou no apartamento e beijou a China Girl e perguntou as novidades.
─ Victorio ligou. Está na China com as Crianças. Viajo em dois dias para vê-las. A Mayara parece estar namorando. ficou a tarde toda no celular.
─ Mayara namorando? Que criatura no mundo teria coragem de namorar a minha filha?
─ Calma. É algo comum. Namorar é parte da vida.
─ Minha filha cresceu.
─ Sim Neculai. Todo mundo cresce.
─ Minha filha.
─ Nossa filha.
─ Está bem. Eu não vou ferí-lo ainda. mas se um dia minha filha...
─ Nossa filha.
─ Eu quero minha filhinha de volta.
─ Ela cresceu papai virgem.
─ Não é justo. Crescer é tão cruel.
─ Sim. Mas é isso que faz sermos assim.
De repente a Mayara sai do quarto e alegremente beija o rosto do pai e avisa a mãe.
─ Mãe! O Norman pode vir jantar aqui hoje? Vem ele e a mãe dele.
─ Mas filha,  já são quatro horas. Eu nem sei se tem comida pronta na geladeira.
─ Vai mãe. Por favor. É importante pra mim.
─ Tudo bem.
Neculai questiona.
─ Tudo bem?
─ Sim Neculai. A vida, crescer. Lembra da historinha que acabamos de falar?
Neculai coloca a mão na testa e diz.
─ Cadê minha filhinha?
Mayara abraça o pai e comenta.
─ Vocês são os maiores pais do mundo.

China Girl complementa.
─ Você vai me ajudar Mayara e Neculai liga pra Faduxa para vir aqui dar uma força pra gente. A magia dela sempre ajuda.

Neculai comenta:
─ Seria mesmo difícil eu arrumar empregados em tão pouco tempo. Os nossos estão cuidando do nosso apartamento em São Paulo. Vou ligar para a Faduxa. Ela faz muitas coisas rápidas e é bem humorada e preciso rir um pouco. tudo isso me deixa preocupado.
China Girl abraça o Neculai e diz:
─ Somos a família Desade. nenhum dia é um dia comum.

Já era sete horas da noite. os convidados estavam na portaria. Neculai teve que sair para resolver alguns Negócios com a sua empresa voltaria em duas horas. Ele aproveitou e levou e deu uma carona para a Faduxa até a sua casa.
China Girl e Mayara aguardavam a chegada das visitas que chegariam pello elevador.
A porta abre e o Norman aparece. A Mayara o abraça ela Fecha os olhos e quando abre vê uma mulher com ele. Norman comenta.
─ Essa é a minha mãe. Kamalia.

Todos se sentaram na sala e conversaram sobre as suas vidas. Tudo parecia suspeito. China Girl olhava os gestos do Norman falando sobre sua vida e sua mãe sempre interrompia. refazendo as frases do Norman. Tudo aquilo estava muito difícil de entender.
kamalia pede para ir até a cozinha. Quando ela chega lá. Passa por um espelho mostrando a sua verdadeira forma. a Bruxa Fefe. Ela sorri e fiz para si mesma.
─ Hoje começa o meu casamento com o Neculai. Assim que eu colocar esse veneno na bebida da China Girl a vida dela estará em minhas mãos.
De repente um peixe sai do celular que estava na mesa da cozinha e morde o saquinho de veneno e a bruxa Fefe tenta pegar o peixe mas era inútil. E o peixe entra no celular levando o veneno com ele.
─ Maldito peixe. Maldito.

A Bruxa Fefe. Pega outro saquinho de veneno que estava na sua roupa e abre para jogar o veneno, mas de repente a janela da cozinha abre e ela leva um susto jogando todo o veneno na pia.
Era o Sidoire. Ele pede desculpas pois não sabia que a China Girl teria visitas ele abre a geladeira e pega uma caixa de leite e diz que vai passar mais tarde.
Assim que o Sidoire sai pela janela a Bruxa Fefe tranca a janela.
Ela coloca as mãos no bolso e descobre que não tem mais venenos.
China Girl a chama e ela fica andando na cozinha tentando achar uma maneira de acabar com a China Girl.
Novamente a China Girl chama a mãe do Norman.
Fefe não vê outra saída a não ser atender o chamado da China Girl.

Ao chegar na sala todos olhavam com uma certa irritação em seus olhos e antes que a Fefe dissesse algo a China Girl adverte.
─ Enquanto você estava na cozinha um peixe saiu do meu celular e me entregou isso. A Mayara fez uma análise e descobriu que se tratava de um veneno.
─ Deve ter algum engano. Eu não sei do que está falando.
─ Ah sim e descobrimos também que o nome Kamalia é o nome de um feitiço para mudar o rosto.
─ M-mas isso é loucura eu...
O Norman se levanta e afirma.
─ Pode parar de fingir. Eu já disse tudo para eles. Bruxa Fefe.

Ao ouvir isso a bruxa Fefe se revela e começa a jogar suas energias poderosas na China Girl e ela se defende rapidamente até que o Norman a agarre.
A Bruxa Fefe questiona o comportamento do Norman por segurá-la. Ela resiste e luta mas a china Girl consegue aprisioná-la com seu campo de energia.
a Bruxa Fefe começa a rir. Eles se perguntam o motivo da risada e Norman confessa.
─ Eu não sou humano. Sou um bode que a Fefe comprou em Minas Gerais. Eu fui enfeitiçado por ela para ser um rapaz para enganar a Mayara. Mas ela é uma pessoa linda e quando falei com ela me apaixonei. E sei bem que esse tipo de sentimento misturado com o Feitiço da Fefe pode me transformar em uma criatura diferente. Eu sinto muito sobre o que fiz a essa família e eu apreciei muito essa vida de humano. Eu tenho agora que partir.
Mayara abraça o Norman e o leva para fora do prédio. Antes de ir ele comenta.
─ Você foi a pessoa nais linda que conheci. Não podemos nos amar mas eu sempre estarei bem perto de você.
Dizendo isso. Mayara chora e ele corre na rua e aos poucos ele começa a mudar.
Seu corpo agora era de um bode e da cintura para cima era o Norman.

-------
Ideia e enredo e texto.
Maria Ferreira Dutra
Texto final e ilustração
Adriano Siqueira