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terça-feira, 19 de maio de 2020

O Casamento mais esperado do ano




O Casamento mais esperado do ano
Karina a vampira e Laiza se casam

Escrito por: Maria Ferreira Dutra
Revisão, complemento e arte de:
Adriano Siqueira



Quase um ano de noivado, Laiza sempre foi muito romântica e apaixonada  pela karina.

Nesse dia Laiza, acordou ás seis e quarenta  para  preparar um belo  café da manhã para, elas.

Laiza tirou do armário duas xícaras de café em formato de coração,  dois copos com desenho de boca escrito kiss, preparou suco de melancia e um suco de laranja, três tipos de pão e dois pedaços de bolo de ambrosia, uma receita nova que ela aprendeu com a Maria dona da fábrica de bolo Cakesmar. Tudo prontinho. Laiza só deixou a Cafeteira ligada enquanto tomava um. 

O cheiro do café sendo coado tomava conta da casa. Karina acordou ás sete e vinte e cinco entrou no banheiro e sorriu para a Laiza e disse: 

— Uma hora dessa Laiza e você já está animada, cantando e tomando banho.

— Estou animada sim ka... você bem que poderia tomar um banho comigo. 

— Não, mais tarde eu tomo Laiza. Vou dormir mais umas meia horas.

— Tudo bem Karina, só pega um novo sabonete para mim.

Quando Karina entrega o sabonete para a noiva, Laiza puxa ela para dentro da banheira. Karina se assustada e  dá um grito.

— Laiza sua louca, você molhou a minha camisola toda!

— E que problema isso tem!? Você vai tirar ela mesmo. Ha ha.

Já  aceitando a brincadeira da Laiza,  as duas entram no clima, relaxam na banheira por uns 20 minutos, uma esfrega as costas da  outra.  E enquanto tomam banho comentam sobre coisas particulares. Ao terminarem, a Laiza pega duas toalhas para Karina e elas se arrumam no quarto. Karina diz que vai estender as toalhas , mas Laiza diz que nâo precisa, que ela mesma irá estender, Karina insiste dizendo que ela mesma vai, passando pela cozinha, karina vê aquela linda mesa posta.

Surpreendida e com lágrimas nos olhos ela pensa rápido, pega, um papel e escreve um bilhete. Volta para o quarto com as toalhas fingindo não ter visto a mesa do café da manhã.

Laiza a questiona:
— Uê Karina! Você voltou com as toalhas?!

— Sim, não cheguei sair da sala. Vi que tinha uma mensagem importante em meu celular, entào parei para responder e na distração acabei não estendendo as toalhas.

—Tudo bem Karina, eu as estendo e te espero na mesa do café.




Laiza toma seu suco de melância o preferido dela e em instante a Karina chega  fazendo  uma cara de surpresa.
                                          
— Amor, que linda mesa de café! Você é tão encantadora Laiza! Sempre me cercando de carinhos.
                                  
— Você merece Karina minha vida, meu coração, te amo muito.
                                  
— Que dia é hoje Laiza? É o dia dos vampiros? Não é nosso aniversário de noivado não né!? Você é melhor para guardar datas do que eu.
                     
—Todos os nossos dias são especiais para mim, inclusive esse vai ser muito mais que especial, minha vampira linda!
                  
Laiza pega a mão da noiva beija, roda a aliança no dedo dela e vai direto ao assunto:
                                               
— Eu sempre pensei em me casar, é um sonho que eu quero realizar, mais cedo ou mais tarde. Espero que seja o mais cedo e espero que esse seja o seu sonho também  Eu acredito muito na nossa história. Meu sonho é me casar de vestido de noiva, ter festa e tudo mais. Quero mostrar você linda de noiva para todos e te apresentar como a minha esposa.
Então Karina... você aceita deixar de ser a minha noiva para ser a minha esposa? A minha dama noturna? A Vampira da minhas noites eternas?
                       
Trêmula e gaguejando Karina pede para que a Laiza tome uma xícara de café.  Laiza sorrindo diz:
                
—  Já que estás pedindo, tomarei. Ha ha.
                       
Ao desvirar a xícaras para colocar o café, Laiza comenta:
       
— Que papel é esse!? Quando eu pus a mesa, não reparei ter nada dentro. Deixa eu ver o que é.
                     
Em voz alta Laiza lê "Você é a mulher mais linda que conheci em toda a minha vida, obrigada pela linda surpresa logo pela manhã. Você é a pessoa que mais amo e uma artista maravilhosa."
                                         
— Quando você colocou esse bilhete aqui?                                             

— Hoje quando eu ia estender a toalha, passei pela cozinha e vendo essa surpresa resolvi também te surpreender.
                             
—Então você já sabia da surpresa do café Karina? Estou me sentindo enganada. Ha ha. Mas adorei a surpresa. E então? Posso considerar esse bilhete com o um sim?
             
— Claro Laiza, vamos então começar a nos planejar para o casamento.
                   
O amor das duas já estava bem maduro, cultivado.  Elas  começaram a  sonhar juntas, e isso passou a  ser o que elas  mais queriam.

A primeira coisa que as duas fizeram foi procurar o local, o Parque da Aclimação, Laiza apreciava muito, pois conheceu quando leu o livro "Os Noturnos da escritora Flávia Muniz". Elas ligaram para o Neculai e assim ele pode encaminhar a solicitação de uso do parque para a noite e os acertos sobre solicitação de seguranças, polícia e ambulância como consta na lei.
Neculai também chamou a Igreja da Horas Noturnas do Brasil para cuidar do casamento e o bispo fez questão de ir pessoalmente pelos favores e doações que Neculai contribuiu.
Fecharam a data do casamento para o Dia dos Vampiros.

Karina comenta com a Laiza.
                                                 
— A ficha caiu, nos vamos nos casar.  Já estamos com o contrato da festa nas mãos. As meninas queriam dividir a felicidade delas com todos, elas sempre foram muito bem aceitas pela familia também. Milhões de coisas para resolver.

As meninas foram escolher seus vestidos, cada uma foi numa costureira diferente, para não correr o risco de uma ver o vestido da outra antes do casamento.  Depois foram ver um Spa  para o dia das noivas deixaram tudo pago. Depois escolheram cada detalhes do convite, roupas dos padrinhos, cores da festa, roupa do pajem, pediram para fazer duas noivinhas para o topo do bolo uma seria a Karina de vestido de vampira noiva e a outra a Laiza de noiva, vampirinhos e anjinhos de pelúcia para serem entregue no final da festa, a caixinha personalizada para a hora de passar a gravata, no caso delas.
Elas escolheram um sutiã para passearem. Escolheram as flores para o buquê,  Karina escolheu a flor carnívora "Dracula"  e Laiza orquídea, fotografia e filmagem também da empresa do Neculai com o colunista Sidoire.

Cada uma queria chegar de maneiras diferentes no casamento, Karina alugou uma limousine e Laiza um helicóptero. o Bolo, os convites e tudo mais já estavam prontos para o grande dia.

E chegou a grande data.  Dia 13 de agosto de 2020, é o dia mais feliz da vida delas. Laiza não queria se atrasar e nem chegar muito cedo na cerimônia.

Então as duas se conversam por celular o tempo todo para saber onde cada uma estava.



O barulho do helicóptero é ouvido e os fotógrafos e o pessoal da filmagem correm e voam para registrar a chegada das noivas.

Do alto, Laiza viu a Karina acenando para ela. Muito emocionada Laiza quase borra a maquiagem.
A limousine estaciona dentro da Parque da Aclimação.
Karina sai do carro e uma chuva de pétalas são lançadas ao ar.



karina mostra o buque para a Laiza. Já com o helicóptero pousado, karina vai ao encontro a Laiza, e ajuda a sair do helicóptero e segurando em sua mão diz que ela está linda. Laiza completa dizendo  "estamos" e dá um leve beijo na noiva. As duas entram de mãos dadas na cerimônia.



Os pais a esperavam junto com os padrinhos que do lado da Laiza foi seu irmão Cláudio com a esposa Rita, duas amigas que estudaram com ela na faculdade com seus respectivos maridos.
Do lado da karina foram padrinhos: Sua irmã keila com o namorado, sua amiga a vampira drag Veilleiuse com o namorado Randoufe. Seu Gilberto ao ouvir a música tema do Drácula de 1979 composta por John Willians escolhida pela karina para entrada da noiva quase desmaia de emoção.

Todos olharam para trás e Karina comentou com a noiva:
                                       
— E não é que todos vieram mesmo!? Ha ha! Olha a Rita com o marido, a Regina, o Pedro,  a Carol, a  Dna. Helena, mãe do vampiro Neculai, a Mayara com o Fernando, o Victorio e até a família Felinos, Laiza ri do comentário da noiva.

A cerimônia foi realizada pelo. Bispo Blasta Prescot da Igreja das Horas Noturnas do Brasil,  e assinaram como testemunhas do casamento a Drag Veilleuse e o Claudio.

Ao  terminar a cerimônia e a festa, cada um foi para a sua casa. Laiza e karina se despedem dos pais e a Laiza pede para a sua mãe tomar conta do filho dela com a karina. Maurício já estava com cinco meses. Dona  Lidiane ficou com o bebê.



No final da festa, as meninas pegaram a limousine que haviam alugado, e seguiram em direção ao hotel e enquanto tomavam um champanhe comentaram sobre a felicidade de tudo ter dado certo e que a festa foi linda  se beijaram e se abraçam.

Karina olhou o motorista pela janela interna da limusine e viu que ele estava olhando para elas e pediu para ele fechar.

Elas continuram se beijando e Karina perguntou se a Laiza queria mais diversão. Laiza disse que sim e então as luzes se apagam e a limousine começou a balançar muito.

O carro estacionou e karina foi até o banco do motorista e  fez um profundo corte no pescoço dele,  o motorista deu apenas um grito.

Laiza se assustou e perguntou o que havia acontecido. Karina respondeu  que não foi nada, que ela só tinha dado um susto no  motorista.

Karina chega com duas taças e bebe  um gole. Oferece a outra taça para a Laiza. Ela sente que a taça está quente,  preocupada ela acende a luz e ao ver o que a Karina a oferecia, era sangue do motorista  ela se desespera.


                 
— O que você fez sua louca?!
                                   
— Eu te perguntei se você queria um pouco mais de diversão, e você me disse que sim.  Então, eu estou me divertindo! Hahaha! Eu não mordi o motorista para não deixar marcas no pescoço dele.

Depois de se deliciar com aquele sangue quente e livre de bebida, karina beija a Laiza  e  a  acaricia.

Laiza fica com medo, mas tenta encobrir o crime da agora, sua esposa.

As duas  trocam de roupas ali mesmo no carro e Karina pega a direção, voltando uns quinze quilômetros.

O corpo e o carro são abandonados em um matagal.

As meninas pegam seus vestidos de noiva enfiam dentro da mala andam um quilômetro arrastando a pequena mala, avistam um carro enguiçado,  se aproximam e  veem  um  senhor tentando ajeitar o automóvel elas tentariam roubar o carro pois era tarde da noite e elas estavam as escuras, passando "perigo".

Nisso, passou um táxi, Karina fez sinal. O taxista estacionou e perguntou o que duas moças lindas estavam fazendo aquela hora na estrada.

Karina apontou para o carro que o senhorzinho estava consertando e disse para o motorista que o carro delas havia dado problema e que o mecânico  já disse que o problema não seria fácil de resolver. Por isso elas pegariam um táxi.

O taxista pergunta o nome delas e quando a Laiza ia falar, karina toma a frente e disse:  Eu sou a Thelma e ela é a Louise.

O taxista ri dizendo que seus nomes o fez lembrar do filme  de 1981 com a Suzan Sharadon.
Laiza complementa dizendo que a Suzan participou do filme Fome de Viver e que também é irmã do Chris Sharadon, o vampiro da Hora do Espanto.
Karina interrompeu e disse:
— Sim foi por conta desse filme da Thelma mesmo que nossos pais nos deram esse nome. Respondeu Karina  ao taxista.
                                   
— Ah então vocês são irmãs. Em tom de brincadeira a karina o responde:
                               
—Somos sim, é que eu nasci de dia é  ela a noite. Ha ha!
         
O taxista perguntou para onde elas estão indo.               
A Laiza pediu que as levasse para o hotel mais próximo. O Taxista perguntou se não era perigoso deixar aquele senhor ali  sozinho consertando  o carro.
                                   
— Perigoso? Não moço, perigoso mesmo seria encontrar uma vampira assassina no meio da rua né Louise!?
                                     
— Verdade Thelma, e desse perigo ele já se livrou. - Karina sorriu e o taxisita perguntou se elas gostam de história de vampiros pois falaram sobre esse tema.

Ela guargalhou e disse:
                   
— Só você me conhecendo melhor para saber se gosto ou não. Ha ha
       
O Taxista deixa as meninas no hotel...  e na manhã do dia seguinte Laiza e Karmem tomando café no hotel assistem o noticiario que passava na Tv e favavam sobre a morte do motorista da Limousine.

Laiza ficou com medo de voltar para casa e Karina pediu para ela não se preocupar pois ninguém iria descobrir que elas eram as assassinas do motorista, pois nas ruas não haviam câmeras e que elas haviam voltado 15 km com a limusine  de propósito,  para todos acharem que ele as tinha deixado no hotel e que só na volta tinha acontecido isso com ele.

Laiza comentou "Você é doida, mas eu te amo, vou te defender sempre".

Quando estava terminando a entrevista na TV, um homem apareceu e perguntou o que havia acontecido.  A reporter perguntou qual o seu nome e ele respondeu. "Sou taxista e nas horas vagas escritor, me chamo Adriano Siqueira. Ontem eu vi essa limusine passando enquanto eu levava duas moças para o hotel. Por sinal deixa eu mandar um abraço para elas Beijo do pai do vampiro dos vampiros. Meninas! Eu sei o que vocês fizeram no verão passado."
                                   
— Mas o senhor viu alguma coisa, suspeita sobre a limousine?
         
— Não reparei não! Eu só vi a limousine passando no sentido contrário e me distraí com tamanha luxúria desse veículo.
                         
A reporter se despediu do entrevistado.
                     
— Obrigada pela sua entrevista. Não nos ajudou muito, mas gostei da brincadeira onde vc diz que é o pai dos vampiros.
           
— Mas sou mesmo, eu que criei o vampiro Neculai...   
—  Corta! Corta pessoal! - Disse a reporter.
               
O telefone da karina toca  e ela atende.
                               
—  Alô!
                                           
— Eu livrei vocês de uma boa enrrascada, apaguei todas as digitais, peguei a faca do crime, e também trouxe comigo as duas taças sujas de sangue que vocês deixaram no carro. Um beijo do vampiro Dri.

Karina estava no viva voz e a Laiza escutou a conversa.

As duas arregalaram os olhos. Mas quando a Karina ia perguntar, Ele se despediu dizendo: "— Beijo do Dri" e a ligação foi cancelada.

Laiza até tentou retornar a ligação, mas o número da chamada não aparecia.
                             
As meninas foram ouvidas pela justiça junto com os advogados de defesa contratados pelo Neculai e como ninguém tinha prova de nada elas foram liberadas. E ninguém nunca soube o que aconteceu naquela noite.

Escrito por Maria Ferreira Dutra
Complemento e revisão e arte de
Adriano Siqueira.




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