Páginas

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Uma Vampira na Cidade - parte 10 - Stefany Albuquerque

Este capítulo foi escrito por Stefany Albuquerque - facebook da autora: http://www.facebook.com/morticia.naghtshade



Parando com o helicóptero em um terraço, descemos até o primeiro andar de um prédio abandonado para resumir nosso plano. Havia uma janela com cortinas um pouco rasgadas e nenhum móvel.
— Não creio que isso vá dar certo, mas também não custa tentar. Laboratório, departamento? Quem seria capaz de fazer isso?
Henrique responde:
— Bom, não exatamente um cientista, mas podemos contar com alguma bruxa.
— Bruxa? Ta falando serio porque não é de seu feitio querer ajuda desse tipo.
— Estamos preste a entrar em uma guerra e você recusa ajuda.
— não estou recusando nada Henrique... Ah... Quer saber! Não temos alternativas.
Dri vai até a janela e avista dois homens armados.
— Pessoal! Acho que temos companhia de novo.
Henrique e eu vamos até a janela também.
— São apenas dois homens. Não acho que seja muita coisa. Deixe comigo meninos eu acabo com eles num piscar de olhos.
— Não! Deixe comigo, acho que estão aqui para nos dar um recado. Minerva não é tola de mandar apenas dois homens para nos enfrentar. Se escondam!
Olho para Henrique com raiva e pergunto:
— E você sugere aonde ô sabichão?
Ele olha para os lados e responde:
— A janela tem uma beirada boa, podem se esconder ali.
Dri comenta:
— É isso que dá confiar no “homem macaco”.
Henrique começa a rosnar para Dri.
— Ai... Que ódio de vocês. Vamos logo Dri.
Dri e eu pulamos para a beirada da janela, Dri para o lado direito e eu para o lado esquerdo. Henrique fecha rapidamente as cortinas da janela.
— Quietos!
— Fácil falar quando não é você que está aqui em meu lugar.
Ele sorri.


Como vou deixar que esses dois me ajudem quando nada do que eles fazem dá certo? Não deveria ter colocado nenhum deles neste jogo.
Olho para um prédio que está a nossa frente, há uma academia só para mulheres. Elas começam a olhar para Dri que está sem camisa e com o cinto e o zíper aberto da calça. Então olho para ele e falo baixinho.
— Dri! Olha para sua calça.
— Que?
Aponto para a sua calça. Ele olha e tenta se equilibrar para fechar e não cair. As mulheres começam a rir. Ele olha para elas, mas se descuida da calça, deixando-a cair. Elas ficam a olhar e sorrir para ele.
Olho com fúria para ele. Então ouço Henrique dizer que não há nada na janela além de pombos. Com certeza a risada das mulheres chamou a atenção dos homens de Minerva.
Olho para elas e concentro meu olhar. Mentalmente faço com que cada uma volte para seus aparelhos de ginástica, e converso com Dri mentalmente também.
— Seu Puto! Fez isso de propósito. Ai que ódio que eu estou de você.
— A culpa não é minha, tive que sair com pressa, nem deu tempo de fechar o cinto.



Ele ergue as calças rapidamente.
A janela se abre. Então Henrique aparece.
— Venham logo.


Ele estica sua mão para me ajudar a descer. Dri desce sem muita dificuldade. Então olho para ele sorrindo ironicamente.
— Obrigada Henrique querido.
Beijo seu rosto com sensualidade.
Dri fica a me olhar com uma cara de quem comeu e não gostou.
— Então agora ele é “querido”?
— Dri! As meninas da academia querem te ver novamente sem calças.
Ele me olha enfurecido.
Henrique comenta:
— Vamos deixar essa briguinha de casal para outra hora. Os capangas de Minerva como havia presumido, vieram apenas para dar um aviso. Eles querem fazer um acordo.
— Que tipo de acordo, se ela quer me matar.
— Minerva promete não te matar, mas quer que você entregue o verdadeiro chip para ela.
Dri pergunta:
— Como ela ficou sabendo sobre o chip?
— Eu não sei, mas sei que ela sabe sobre ele agora. ela quer a cabeça do conselho em suas mãos, principalmente a de quem a ordenou para matar você.
Olho intrigada para Henrique.
— Não entendo o porquê dela querer isso agora.
— Minerva não quer morrer. Tem o sangue puro e não é qualquer homem ou lobo que pode engravida-la. Tem que ser alguém puro, que jamais tenha tido uma relação sexual com um ser amaldiçoado.
— Isso quer dizer que nem você...
Henrique me interrompe.
— Sim, nem eu posso ter essa honra.
— Honra? Nunca me disse que queria um filho.
— Você também não.


Dri nos interrompe.
— Do que vocês estão falando? Você é uma vampira e você um lobisomem, o que vocês acham que vai sair dessa união?
Respondemos juntos.
— Um “vampiromem”.
Todos rimos e Henrique comenta.
— Vamos parar de gracinha. O assunto é serio.
— É eu sou mulher não posso ter um filho com ela.
Henrique diz:
— Temos que nos unir a ela.
— Não, não e não! Tá maluco? é a minha cabeça que está em jogo. Não posso lutar contra o conselho.
— E por que não? Essa é a única chance que você tem para saber o que eles tanto querem com você.
— Minerva é traiçoeira, não vou deixar que vocês virem reféns dela por minha causa.
Dri se manifesta.
— Acho que as coisas estão indo longe de mais. Minerva é a rainha dos lobisomens por que ela ira querer a nossa ajuda se ela pode atacar sem piedade e ainda vencer a batalha?
__ Morticia tem certeza que á cérebro na cabeça desse vampiro? Porque ele...
Ante que Henrique termine Dri dá um murro na cara dele. Henrique olha enfurecido com o lábio sangrando, entro na frente dos dois.


— Eu vou sozinha conversar com Minerva. Não quero nenhum de vocês comigo, e eu disse nenhum!
Saio rapidamente em direção à janela e pulo, chegando ao chão com perfeição.
As pessoas ficam me olhando assustadas. Olho para uma vitrine e vejo meus olhos vermelhos e meus caninos salientes.
— É... acho que estou pronta para você Minerva.
Saio rapidamente. Indo em direção a um táxi, entro e o taxista me olha assustado.
— que foi nunca viu um demônio pegando um táxi?
Ele balança a cabeça em forma de discordância.
— Ai... Humanos.
Fixo meu olhar nele.
— Vai fazer o que eu mandar, pois hoje eu estou sem paciência. Então apenas faça sem me dirigir uma palavra se quer, só quando eu quiser a sua opinião. Certo?
— Sim senhora.
Olho para o celular e localizo Minerva nele.
— Me leve a fabrica abandonada de roupas.
Até que ela sabe se esconder bem.


Ao chegar ao local, sinto o cheiro de lobisomens por toda parte. Ordeno que o taxista saia sem sequer volte ao local.
Três lobos se aproximam.
— Tem coragem de aparecer aqui sozinha, Lady.
— Sim! Não sou de fugir com o rabo entre as pernas como vocês.
Eles avançam em minha direção. Pego um deles pelo braço e arremesso em direção aos outros dois. Sinto que outros estão vindo por traz de mim, dou um salto mortal por cima de um caindo em cima de outro, arranho seu pescoço fazendo com que ele sangre, outros dois vem em minha direção e me seguram. Eles são fortes.
— Me soltem ou vão chegar queimados no inferno.
Eles me seguram mais forte um outro se aproxima e me dá um soco no estomago. Grito de dor.
Diz um deles.
— Acho que você é quem vai para o inferno.
Levanto a cabeça e olho para ele sorrindo.
— Eu sou o inferno! Bem-vindo!
Começo queimar as mãos dos lobisomens que estão me segurando eles me soltam gritando de dor.
— Dói não é? mas não se preocupe. Eu ainda não terminei.
Seguro os dois pelo pescoço.
— Já perderam a cabeça alguma vez? Acho que não... Querem sentir a sensação?
Eles mal conseguem respirar.
— O que? Não ouvi. Não sabem dizer deixa que eu respondo para você.
Suas cabeças começam a queimar e por seguida seu copo, reduzindo-os em cinzas.
Todos os outros ficam a me olhar e se distanciar de mim.
— Parem todos ai ou será pior.
Eles param e fixo meu olhar neles.
— Já conheceram o inferno alguma vez? Acho que não, sente esse fogo consumindo vocês por inteiro? Ele vai acabar com cada um de vocês aos poucos. Posso dar a você a chance de escolher se querem morrer queimados ou se querem sentir essa força por todo o seu corpo. Eles começam a uivar de dor.
— Acho que não entendi.



Um deles se manifesta.
— Termine logo com isso.
— Será o ultimo então.
Vou até eles e passo minhas mãos no peito de cada um fazendo com que eles queimem até virarem cinzas.
— Acho que só sobrou você.
Chego perto de seu pescoço e mostro meus caninos.
— Sinto cheiro de medo em você.
— Medo é sinal...
Antes que ele termine o interrompo.
— ... de franqueza querido, você não passa de um simples cão, pau mandado da Minerva.
— Ela é a mãe da minha raça e minha mentora.  Devo lealdade a ela, ao contrario de Henrique que se vendeu a sua raça medíocre.
— Devia ter mais cuidado com suas palavras, pois Henrique ao contrario de você, não se rendeu à loucura. Ele sabe que, se Minerva continua-se com o plano de exterminar todos da minha raça, ela estaria cutucando leões com vara curta. E como sempre ela está jogando com você.
— Como assim?
Pego em seu braço trazendo-o com força para trás o imobilizando.
— Vocês todos são peões em um jogo de xadrez. E pelo jeito ela não está sabendo jogar.
Mordo seu pescoço, seu sangue é amargo um pouco atraente para os meus olhos. O deixou quase seco. Beijo seu lábio e ele começa a queimar assim como foi com os outros.

Entro na fabrica, Minerva estava sentada em uma cadeira de vime, com uma coroa em sua cabeça, com os pés descalços e um vestido azul escuro que cobria seu corpo quase por inteiro deixando apenas um decote em seus seios.
O ambiente estava com pouca luz, à única era a que iluminava seu corpo.
— Vejo que se divertiu matando as minhas crianças.
— Se fosse uma boa mãe Minerva, não as deixaria brincar com um demônio.
Ele fica a me olhar.
— Vejo algo diferente em você Morticia, está mudada. Seu cheiro mudou também. Essa parte maléfica que há dentro de você, está tomando conta de você.
— Não existe parte maléfica, eu sou assim e sempre fui.
— Você sabe que Henrique e Dri não poderão te salvar quando se tornar o que você é de verdade.
— Cale sua boca! Não sabe nada sobre mim. Henrique e Dri estão salvos agora. A conversa aqui é de mulher para mulher, mesmo que achando que você não é mulher o suficiente para me enfrentar.
— Não esteja certa de que eles estão a salvo.
As luzes acendem! Atrás dela está o Dri amordaçado e com as mãos amarradas. Ele estava de joelhos tinha alguns lobisomens, mas Henrique não estava ali. Podia sentir seu cheiro, mas eu não o via.
— Solte Dri sua vadia! Lute comigo como uma mulher.
— Gosto de te deixar preocupada querida, sei que está tentado saber por que não sentiu o medo de Lorde Dri, se ele deixa-se que senti-se, iria vir atrás dele antes de ver o que eu fiz com o meu amado.
Ela está falando de Henrique.
— Onde ele está?
Uma porta se abre do lado direito. Henrique aparece sem camisa com uma coroa semelhante à dela.
— ele agora será o meu rei.
— Que você esta fazendo Henrique?
Ele me olha com um olhar tenebroso.
— Estou escolhendo o meu lado. Deveria escolher o seu também.
Henrique está muito diferente. O que essa Bruxa fez com ele.
— Henrique está louco? Por que está agindo assim? Essa Bruxa...
Antes que eu termine, ele vem em minha direção e me segura meu pescoço me derrubando no chão. Mostra suas garras e me olha enfurecido.
— Mais respeito com minha rainha. Deixe de ser insolente, sua raça está prestes a ser reduzida a cinzas e você continua com essa manha toda?
Com dificuldade respondo.
— Olhe em meus olhos Henrique... Não deixe ela te envenenar.
— não era ela que estava me envenenando todos esses anos.
Olho para ele sem entender o porquê dele estar falando aquilo para mim. Henrique sempre foi leal a mim. Jamais me disse coisas tão horríveis quanto essas que ele está me dizendo. Não pode ser o Henrique que conheço. Minerva comenta:
— Henrique, menos força, eu quero matar ela com minhas próprias mãos. Se continuar assim não ira sobrar nada.
— sim, minha rainha.



Continua...

Um comentário:

  1. E continua realmente explêndido!
    Continuo com uma intensa vontade de saber o que aconteceria se eu e Morticia nos encontrassemos... O inferno contra o paraíso! Ah! Como eu adoro tudo isso! Pois a sedução é... vermelha!

    ResponderExcluir