A mulher que roubava bebês

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A mulher que roubava bebês
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Modéria tinha 33 anos, era uma mulher obstinada e determinada. Apreciava as belezas da vida e vivia o tempo cantando músicas de seu próprio repertório.
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Uma delas era assim.
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"Ao ver as nuvens de verão.
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O Sol e a chuva abraçam meu coração.
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Seu rosto lindo, vou olhar
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E a tristeza, vai acabar.
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Somos água, somos terra,
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a luz que envolve a vida,
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Nos trás alegria.
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Sorria sorria
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e ria e ria."

Todos daquele local admiravam o seu canto e a sua alegria.
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Modéria era senpre cortejada por muitos homens, mas ela preferia seguir o seu caminho sozinha.
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Queria trazer alegria para todos, e um homem com ela, poderia deixar de ter essa vida de poder trazer esperança para todos.
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Ela via muitos casais e tinha vontade de namorar. Seria bom casar e ter um bebê para cuidar.
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Mas muitos precisam do seu sorriso e sua música. Isso a dividia.
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Um Bebê. Isso ela tinha certeza que queria.
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Quando chegou a noite, uma mulher saiu correndo pelo vilarejo dizendo que a sua filha, o seu bebê havia sumido.
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Depois que revistaram tudo, o povo se reuniu. Menos a Modéria. Ela também havia desaparecido.
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Os homens entraram na floresta e conseguiram encontrar Modéria em um lago, dando banho no bebê.
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Eles tiraram o bebê dela e ela gritava a chorava.
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O povo daquele vilarejo queria punir a Modéria.
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Eles a acorrentaram em um cavalo e ela foi arrastada por vários quilômetros. Ela morreu pela gravidade dos ferimentos e traumatismo crâniano. Seu rosto estava irreconhecível.
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Depois que ela foi enterrada, os bebês começaram a sumir e isso causou muito pânico no vilarejo. Muitas famílias partiram e o local proibia a entrada de bebês. Com o tempo todos acabaram abandonando o vilarejo e nunca mais ninguém apareceu por lá com medo da Modéria.
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Mas a música continuou a ser ouvida em muitos lugares.


Texto e arte
Adriano Siqueira

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