A história do Artista Plástico Hélio Oiticica.
Por: Maria Ferreira Dutra
Hélio Oiticica foi um artista plástico brasileiro da arte contemporânea do Brasil.
Nascido no dia vinte e seis de julho de 1937 no Rio de Janeiro.
Oiticica viajou o mundo apresentando suas obras e em sua infância foi ensinado por seu pai José Oiticica Filho que foi;fotógrafo, pintor, entomologista e professor.
Com dez anos Oiticica começou a estudar pintura, no Museu de Arte Moderna do Rio.(MAM- RJ).
E a partir daí em, em 1959 ele vai além das telas para mostrar suas abilidades, usou as formas tridimensionais como as suas obras Bilaterais e Relevos Espaciais.
Na década de sessenta Oiticica produziu o que conhecemos como Bólides. Estrutura em que o público de suas apresentações podem interagir com as mesmas e literalmente sentir a arte na pele.
No final dessa mesma década Oiticica lança Os Parangolés e Tropicalhas, outra muito emblemática da sua carreira.
Nos anos seguintes ele foi para Nova Iorque para participar de uma exposição de obras e retornou ao Brasil em 1980 contudo em março daquele ano sofreu um AVC e faleceu.
Hélio fez parte do período da arte contemporânea do país por essa razão suas obras possuíam certas características deste movimento e que podem ser observadas até os dias de hoje, por isso o nome contemporânea.
A primeira característica desse movimento foi:
Interação do espectador com a obra.
Este aspecto pode ser observado em diversas obras de Oiticica como as já citadas Relevos Espaciais e Tropicalha onde, nesse último caso, o público pode até andar dentro da obra e vivênciar essa experiência.
Uma segunda característica é o questionamento sobre definição de arte.
Oiticica fez isso trocando aquela ideia que temos em nossa mente que arte é apenas um quadro pintado e, ao invés disso, nos apresentou uma obra com três dimensões com diferente matérias e texturas e várias possibilidades a serem exploradas.Promovendo mais liberdade para a criação.
Outro aspector que se destacou em suas obras foi a união da arte e da vida que Oiticica provocou.
Ao voltar dos Estados Unidos ele realizou em uma rua de São Paulo a performance Mitos Vadios que provocou em seus espectadores, reações inesperadas e principalmente a reflexão das pessoas não apenas das artes mas de suas vidas pessoais.
Podemos observar nos trabalhos de Hélio Oiticica que, a cada uma de suas obras, laçadas é de certa forma criada ao mesmo tempo uma outra linguagem artística juntamente a ela.
Essa ideia se saiu tão bem que, outros artistas, o imitaram tanto que, não era mais uma simples obra, e passou a ser vista como uma linguagem.
Entre as que se destacaram está a dança, a completa manifestação da arte através do corpo.
"A dança propõe a revelação da total plenitude do mundo imanente".
Juntamente com a dança se encontra a música,, que sem dúvida, é um dos pilares de suporte para a arte. Oiticica entende que "A arte nasce da essência da obra, e não surgindo para ela"
Parada nessas linguagens situa-se os conceitos de cor, tempo, espaço descrito no livro: "Aspiro ao grande Labirinto" de sua autoria.
Hélio Oiticica, descreve como cada um desses elementos interferem na produção de suas obras e como isso pode alterar o resultado observado pelos seus.
Podemos observar em suas obras que, cada um desses fatores, são pensados minuciosamente para que a composição seja finalizada.
Um exemplo claro de tudo isso é a sua obra Parangolés, que reúne dança, música e áudio visual.
Nessa e em outras obras de Oiticica, nada está presente por acaso, Existe sempre uma mensagem com conceito por trás do que o artista quer nos passar.
Os Parangolés, são tecidos com diferentes cores vivas, alguns contendo textos, ou até imagens, e atuam como uma roupa a qual podem ser vestida e se utiliza do corpo para produzir a arte junto à dança e a música.
Oiticica criou essa obra, pois viu que era preciso uma desintelectualização. Onde era necessário que acontecesse uma livre expressão. Uma vez que a obra acontecesse somente com a participação do espectador.
Além disso, Parangolés tem a capacidade de despertar a criatividade do público, incentivando o mesmo a buscar e a conhecer novas ideias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário