domingo, 6 de março de 2022

Artista Plástico Hélio Oiticica.

 









A história do Artista Plástico Hélio Oiticica.

Por: Maria Ferreira Dutra




Hélio Oiticica foi um artista plástico brasileiro da arte contemporânea do Brasil.

Nascido no dia vinte e seis de julho de 1937 no Rio de Janeiro.


Oiticica viajou o mundo apresentando suas obras e em sua infância foi ensinado por seu pai José Oiticica Filho que foi;fotógrafo, pintor, entomologista e professor.


Com dez anos Oiticica começou a estudar pintura, no Museu de Arte Moderna do Rio.(MAM- RJ). 

E a partir daí em, em 1959 ele vai além das telas para mostrar suas abilidades, usou as formas tridimensionais como as suas obras Bilaterais e Relevos Espaciais. 


Na década de sessenta Oiticica produziu o que conhecemos como Bólides. Estrutura em que  o público de suas apresentações podem interagir com as mesmas e literalmente sentir a arte na pele. 


No final dessa mesma década Oiticica lança Os Parangolés e Tropicalhas,  outra muito emblemática da sua carreira. 

Nos anos seguintes ele foi para Nova Iorque para participar de uma exposição de obras e retornou ao Brasil em 1980 contudo em março daquele ano sofreu um AVC e faleceu.


Hélio fez parte do período da arte contemporânea do país por essa razão suas obras  possuíam certas características deste movimento e que podem ser observadas até os dias de hoje,  por isso o nome contemporânea. 


A primeira característica desse movimento foi:

Interação do espectador com a obra.

Este aspecto pode ser  observado em diversas obras de Oiticica como as já citadas  Relevos Espaciais e Tropicalha onde, nesse último caso, o público pode até andar dentro da obra e vivênciar essa  experiência.


Uma segunda característica é o questionamento sobre  definição de arte.

Oiticica fez isso trocando  aquela ideia que temos em nossa mente que arte é apenas um quadro pintado e, ao invés disso, nos apresentou uma  obra com três dimensões com diferente matérias e texturas e várias possibilidades a serem  exploradas.Promovendo mais liberdade para a criação.


Outro aspector que se destacou em suas obras foi a união da arte e da vida que Oiticica  provocou.

 

Ao voltar dos Estados Unidos  ele realizou em uma rua de São Paulo a performance Mitos Vadios que provocou em seus espectadores, reações  inesperadas e principalmente a  reflexão das pessoas não apenas das artes mas de suas  vidas pessoais. 

Podemos observar nos trabalhos de Hélio Oiticica que, a cada uma de suas obras, laçadas  é de certa forma  criada ao mesmo tempo uma  outra linguagem artística  juntamente a ela.

Essa ideia se saiu tão bem que,  outros artistas, o imitaram   tanto que, não era mais uma simples obra, e passou a ser vista como uma linguagem.

 

Entre as que se destacaram está a dança, a completa  manifestação da arte através do corpo.


"A dança propõe a revelação da total plenitude do mundo imanente".


Juntamente com a dança se encontra a música,, que sem dúvida, é um dos pilares de suporte para a arte. Oiticica entende que "A arte nasce da essência  da obra, e não surgindo para ela"


Parada nessas linguagens  situa-se os conceitos de cor, tempo, espaço descrito no livro: "Aspiro ao grande Labirinto" de sua autoria. 

Hélio Oiticica, descreve como cada um desses elementos interferem na produção de suas obras e como isso pode alterar o resultado observado pelos seus.


Podemos observar em suas obras que, cada um desses fatores, são pensados minuciosamente para que a composição seja finalizada.


Um exemplo claro de tudo isso é a sua obra Parangolés, que reúne dança, música e áudio visual.


Nessa e em outras obras de Oiticica, nada está presente por acaso, Existe sempre uma mensagem com conceito por trás do que o artista quer nos passar.

Os Parangolés, são tecidos com diferentes cores vivas, alguns contendo textos, ou até imagens, e atuam como uma roupa a qual podem ser vestida e se utiliza do corpo para produzir a arte junto à dança e a música.


Oiticica criou essa obra, pois viu que era preciso uma desintelectualização. Onde era necessário que acontecesse  uma livre expressão. Uma vez que a obra acontecesse somente com a participação do espectador.


Além disso, Parangolés tem a capacidade de despertar a criatividade do público,  incentivando o mesmo a buscar e a conhecer novas ideias.


















Nenhum comentário: