segunda-feira, 20 de julho de 2009

Um conto de terror - dia do amigo - por Adriano Siqueira




- Amigos -
por adriano siqueira



A festa estava muito legal! Foi bem divertida. Bebemos tanto, que mal conseguíamos andar. Eu afirmava para todos que tinha condições de dirigir. Meu amigo pediu para dirigir mas eu insisti, eu disse que estava tudo bem.

Dirigindo completamente louco, com duas garotas no carro e meu amigo aproveitando todas, eu ficava rindo a toa. Só curtindo o passeio.

Estava muito bêbado, nem vi a curva na estrada. O carro derrapou e o pessoal começou a gritar. Não tive muito tempo. Abri a porta e pulei.
Assisti o carro derrapando e tombando várias vezes, caindo ribanceira abaixo até que finalmente explodiu.

Fiquei ali, refletindo por algum tempo, muitas coisas passavam pela minha cabeça mas eu só queria fugir, então, corri para casa.

No dia seguinte, levei a minha namorada, no parque que ficava á uns três km do acontecido.

Minha garota nem ligava para o que eu fazia de madrugada, mas sentiu falta do carro, eu disse apenas que estava sem gasolina e eu não tinha dinheiro.

De repente, um barulho me surpreendeu. Ouvi um carro com o motor igual ao do meu... Achei estranho e falei para a minha namorada esperar ali enquanto eu ia no banheiro assim eu podia investigar tranqüilo.

Quando eu vi o carro, meu coração quase parou... O carro estava bem ali e com os meus amigos dentro.
Todos estavam queimados e com a pele tão derretida que se misturava com os bancos do carro. Os olhos de alguns estavam saltados para fora e as roupas rasgadas e queimadas se misturavam com seus corpos. Eu vomitei na hora.

O carro ficava buzinando. Eu precisava desligar a buzina para não chamar a atenção dos outros.
Entrei no carro e arranquei todos os fios até a buzina parar. Foi ai que tive noção da burrice. A porta fechou comigo dentro. Começou a andar... A porta estava emperrada e eu não conseguia sair.
O passeio macabro estava apenas começando.
O calor sufocante causava náuseas. Então... Sem avisar, o carro brecou, finalmente dava a sua primeira parada. Estávamos bem em frente à casa de uma das garotas. A porta de trás abriu. Ela desapareceu do
carro e apareceu na porta da sua casa... Ficava se despedindo com as mãos e dizia:

Nos vemos amanhã Jesse... Foi uma ótima festa! Hahahaha!

Eu gritava apavorado. Batia na porta e nos vidros do carro. Queria sair a qualquer custo. Mas nada adiantava. Estava preso.

O carro foi levando cada um para sua devida casa até que faltava apenas o meu amigo deitado ao meu lado.

Ele abriu os olhos se arrumou como pôde no banco e finalmente olhou para mim com um sorriso macabro e disse:

- Jesse...Fizemos um pacto.. Sempre juntos! Lembra? Pois é amigo agora estamos juntos.

Juntos até a morte!!!

O carro voltava agora para o lugar de onde caiu...

Eu dizia desesperado:

- Pare agora! Deixe-me descer!

Foi quando olhei para frente... Agora eu sabia para onde ia... A maldita estrada... A curva...

Quando o carro salta para o abismo eu não consigo nem gritar.


6 comentários:

~ Moony ~ disse...

Macabro! O___O" Meu Deus! Foi um ótimo texto Adriano! Como sempre, maravilhoso! Parabéns e feliz dia do amigo! Beijos

Shadow disse...

Muito bom... Vingança Karmica.... Tudo o que fazemos tem um preço...

Aмbзr Ѽ disse...

promessa é divida né;

Blog Suicide Virgin

Nilka Costa disse...

uma vsão mei tétrica da amizade. As quebras nas linhas do texto deixa a estética estranha. História interessante

Duda Falcão disse...

Amigo que é amigo não abandona, he, he!
Não sei bem porque mas o texto me me deu a sensação de trilhar os passos do Stephen King:
Cristine, As vezes eles voltam... Desculpe, tenho essa mania de comparar textos, he, he. Ficou bem bacana!
Um abraço!

летициа Соуза disse...

adorei a historia vou contar pros meus amigos apenas para assustalos e ver sauas caras de medo hahahahahaha!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!