segunda-feira, 18 de maio de 2009

EU QUERO LER! - por Adriano Siqueira




Vanessa adorava histórias de vampiros e terror.

Mas ela ganhava pouco e ainda pagava a faculdade. Isso fazia com que ela procurasse os livros através das bibliotecas, mas não existiam muitos livros deste gênero. Começou a pensar em invadir livrarias a noite para poder ler obras inteiras.

Seu namorado Luis era muito ciumento e tinha ciúmes dos livros que ela gastava horas para ler. As brigas sobre isso eram muitas até que o namoro terminou. A escolha foi triste, mas necessária como ela mesma dizia. Para que ficar com alguém que não compartilha seus gostos?

Luis, que foi colocado de lado por causa desses livros, começou a planejar a sua vingança.

Ele conhecia um amigo que tinha uma livraria e sabia que poderia convence-lo a comprar muitos livros sobre vampiros justificando a qualidade e o fato deles estarem na moda. A procura era realmente grande e ele já tinha em sua livraria muitos títulos de terror e vampiros.

Vanessa recebeu uma carta anônima falando sobre essa livraria. Ela tinha que conhecer esses novos livros e seria naquela mesma noite.

Luis pegou um revolver do seu pai e atirou no braço. A dor era muito forte, mas foi vencida pela raiva que sentia sobre os livros.

Vanessa arrombou a porta da livraria e ficou lá, lendo os novos livros.

Luis chegou com a polícia e seu amigo gritando:

- O ladrão está lá dentro ele atirou em mim!

A policia entrou na livraria e Vanessa estava assustada escondendo no meio dos livros ela gritava:

Eu sou inocente. Eu só quero ler os livros.

Mas ela tropeçou e os livros voaram em direção da policia, que atirou sem pensar.

Foram correndo para o carro chamando a ambulância.

Luis foi curioso demais. Queria ver o corpo da sua ex a qualquer custo. Mas não encontrou nada apenas os livros com as balas dentro deles.

Usando os Livros, Vanessa golpeia violentamente as costas do Luis, caindo escada abaixo.

Pelo menos a ambulância iria ser útil.



Autor: Adriano Siqueira

18 comentários:

Bia disse...

Bem feito para Luis!!!
Quem manda se intrometer no amor de uma pessoa pelos livros????

Hahahaha

Aмbзr Ѽ disse...

boa história. Ter ciúmes de livros...
Que namorado...

Blog Suicide Virgin

Anônimo disse...

Muito bom o conto Adriano! Eu gostei da atmosfera e a personagem está muito bem caracterizada. Afinal, o que é um homem sanguinário entre seres imortais? Apenas uma alma entregue ao inferno onde com certeza, a raridade do sombrio golpeia com a devida sutileza. Parabéns.
Ana Dominik.

†_Flávia Tavares_† disse...

muito bom o conto... queria te perguntar Adrino se vc nos daria uma entrevista falando sobre seus contos... mas estou falando de uma SUPER entrevista... perguntando tudo sobre sua obra e os motivos que te levam a escrever sobre vampiros... acho que muita gente ia querer saber essas coisas... que tal?

Lord Daniel Salem disse...

oi adriano, muito boa a história!Mas que estranho um namorado sentir ciúme de livros? Que louco! Adorei heh-heh... Se não for pedir muito, adriano, tu poderia dar uma visitinha em meu blog? Ficarei muito feliz. Abraços!

O Mausoléu dos horrores
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http://omausoleudoshorrores.blogspot.com/
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†_Flávia Tavares_† disse...

=D pode deixar que logo eu mando as perguntas!!! valeu adriano...

Luciana disse...

Oi Adriano, no fim quem se deu bem na história foi a Vanessa e o Luis se ferrou.

Obrigada pelo comentário também adorei a Selena.


Bjs

Anônimo disse...

oii, um novo fã chegou!
suas histórias são ótimas, e eu queria que vc desse uma opinião sobre a minha web série ...

http://imaginemso.blogspot.com/search/label/Her%C3%B3i%20Nuke

vamos fazer uma parceria? se vc gostar do meu coloca ele na lista de blogues ... como gostei do seu ele ja tá la!


abraços

Unknown disse...

Gostei da relação vampirismo/livros. Não que seja original - e ressalto aqui que, neste caso, o fato de não ser original é um mérito, tendo em vista que o conto conduz/lembra outras leituras. O apreço por histórias [sejam elas colhidas com olhos ou através de atentos ouvidos] perambula solto entre narrativas vampíricas, das mais tradicionais às mais contemporâneas.
Poderia divagar um pouco, numa livre-interpretação, propondo que leio Vanessa como uma mocinha ávida por literatura fantástica, no que se assemelha a tantos comuns. Sendo a dita uma jovem sem exceções em sua constituição, o que explicaria, então, o desfecho inusitado? Ora, caminhando ainda pela leitura & mergulho no universo paralelo, seria legítimo dizer que a personagem é - como os “tantos comuns” supramencionados - um ser capaz de passear entre planos da existência. Todo leitor ou escritor de textos fantásticos precisa desta habilidade, precisa cultivar uma sensibilidade que lhe permita experimentar palavras e ambientes que destoam da objetividade ordinária. Vanessa, em sua preferência, deixa claro que obtém êxito nesta passagem de mundos. Ela encontra nos livros portais, cujas letras espelham um sujeito antigo, familiar... um “eu” que ela sustenta em sua subjetividade mais cara. A façanha de escapar & atacar no final do conto, deve-se, segundo minha leitura, ao fato de que Vanessa, neste instante, vive no plano prático esta subjetividade mágica. Além disso, é importante lembrar que ela se encontra entre os livros, logo, entre aqueles que constroem, dão voz, à sua esfera extraordinária. Um tanto simbólico, não?
Luis, por sua vez, típico exemplar de cidadão não-dado-ao-olhar-sobre-questões-obscuras, possui recursos mais limitados, o que o impede de ver a trama paralela [ou seja, os passos incríveis de uma Vanessa que se esquiva de tiros (produtos do mundo-dito-real)] que se dá enquanto executa seu planinho. O fato de Luis ser um tanto tolhido no tocante ao saber-ver, é o elemento responsável pela surpresa que o ataca no fim do conto. Sua percepção do real, mediada pelo racional [seu truque, que objetiva a vingança, é uma sucessão de passos calcados no mundano] o cega. Interessante que Vanessa, A Leitora, só ataca após ser vitimada. Interessante, mais ainda, porque situa o ex-namorado – que desgostava dos livros de terror – como vilão. Ardiloso em sua vontade de prejudicar Vanessa, parece ter migrado de um dos romances preferidos da ex. Após observarmos a frieza e violência com que executa suas ações, nos resta pensar: por que a implicância com as leituras da namorada? Afinal, ele parece gozar o comportamento monstruoso, criando situações que conduzem à morte do “outro” [no caso, Vanessa]. Talvez possamos pensar Luis como uma encarnação do real-racional que, ao evitar e menosprezar as sensações evocadas pelo universo fantástico, prefere o assassinato de seu par a ter que compartilhar o mundo com ele. Luis é o intolerante; tem os pés no chão e a mente na concretude dos dias. Execra a arte que dialoga com a morte: prefere protagonizar o macabro a exercitá-lo como imaginação.
No fim, Vanessa estava longe de um namorado que não compartilhava de seus gostos. Aliás, é só porque Luis atua que Vanessa vai parar na “pena” de Adriano. Precisamos de espelhos e antagonistas para desempenharmos nossa identidade.

Raphael Albuquerque disse...

AUAHUHUAHUAHUAHAUUHAAH

Luis Otárioooo....teve o que merecia!

CHRISTINA MONTENEGRO disse...

Quem está fazendo a produção desse curta?...
BJS!

Luciana disse...

Oi Adriano

Semana passada eu ganhei de presente de uma amiga Crepúsculo e eu amei esse filme até coloquei ele no meu layout.


Abraços

Adriano Siqueira disse...

Obrigado a todos pelos comentários magnificos..
pessoal se quiserem entrar em contato comigo meu e-mail é siqueira.adriano@gmail.com

Abraços e tenham todos uma adorável noite!
Adriano Siqueira

Adriano Siqueira disse...

Pessoal,, agradeço muito os comentários.

Lu eu fiquei muito contente com o seu comentário, bem analista e psicológico sobre o conto. você é ótima.

Ah.. chris! bem que eu gostaria de ver está história em filme! :-)

abraços e uma adorável noite para todos.

Platinun disse...

Olá Dri, meu anjo, adorei o conto! Maravilhoso!!
Hahaha... espero muito ter esse tom de comédia em algumas passagens de nossa amiga!
Beijos.
Medye P.

Unknown disse...

Olá, achei incrível o Blogger, e fiquei bem impressionada com "Eu quero ler!"
Pode ter certeza de que acabou de conquistar mais uma leitora.
Parabéns!

Anônimo disse...

Bom amei este conto!
Aqui vai uma dica de livro que está sendo escrita aos poucos para quem quiser ler.
Chama-se Rainha Lendária... conta a história de uma rescém-nascida (Starla Kraft), que morde um humano o transformando. E assim os dois terão que encontrar respostas para um livro misterioso entregado ao humano (Taylor) antes de se transformar.
www.uniblog.com.br/livro-book

Bondgirlpatthy 007 disse...

Lord Dri, obrigada pelo seu conto e embora a personagem não tenha meu nome, senti - me homenageada por vc. Sempre tenho algum livro ao meu alcance, não resisto a uma livraria. Minha mãe me chama as vezes de "Maria Livros", acabou de fazer isso agorinha pq eu comentei sobre o Dia Mundial do Livro. Eles são excelentes companias e sempre viajamos longe por lugares maravilhosos sem sair de casa nem gastar mto. Aliás ler é o único vício q tenho e não desejo ser curada nunca rssss. Bjs