"Mentiras são flores no Jardim do Mal"
Por Adriano Siqueira
conto de suspense
- Sei que você gosta dela.
A prostituta falava comigo ao telefone. Sim! Eu realmente gostava muito da Lídia. Não queria vê-la mais com o Leandro, mas ela se demonstrava tão apaixonada por ele que.. eu não tinha mais esperanças.
- Vamos... A pessoa que me contratou sabe o quando você ama a Lídia. Me contratou para pregar uma peça no Leandro e assim você só tira umas fotos com a gente junto e depois mostra para ela e ganha a garota.
A ideia não era ruim, mas a mulher não queria dizer quem era a pessoa que a havia contratado para isso. Seja lá quem for, sabia que eu a desejava muito. Eu topei e à noite, segui o plano com eficiência. Tirei as fotos com eles no carro e de mãos dadas indo para o motel. E quando entraram, fui correndo para casa colocar as fotos no computador.
Na manhã seguinte eu tinha as fotos. Estava contente com o resultado e por não terpagado nada por isso.
Quando peguei o jornal da manhã vi o corpo da prostituta assassinado. Fiquei em pânico. Como poderia ter acontecido isso? Seria Leandro um assassino? Será que levo as fotos para a polícia ou continuo com o plano para conquistar a Lidia? Foi ai que pensei... E a pessoa que contratou a prostituta? Teria algo com isso?
O telefone tocou. Corri para atender e era uma voz modificada por computador.
- Veja as fotos que te enviei por e-mail.
Baixei todos os e-mails que eu tinha e vi finalmente uma foto minha tirando fotos do casal.
- O que você fez? Qual é o seu jogo?
- Apenas quero que você não entregue as fotos ainda para a Lídia.Os dois irão para o motel hoje. Eles vão fazer amor. E você vai ficar em casa. E esperar. Será a pior noite da sua vida. Pois jamais saberá se o Leandro é o assassino e ficará preocupado por saber que a Lídia poderá ser a sua próxima vítima. Agora... Me diga... como é que se sente sabendo que pode salvar a sua amada e mesmo assim estar preso a uma chantagem?- O que você fez? Qual é o seu jogo?
- Maldito! Por que não se revela?
- Motel Rose, Av. Jurucuça. Disse o endereço só para você ter certeza de onde será o crime. Não esqueça. Mentiras são flores no jardim do mal.
- Maldito! Não faça isso! Eu a amo!
Mas já não havia ninguem na linha.
Quando cheguei na escola encontrei a Lídia. Estava feliz e me disse de imadiato que hoje seria uma noite muito especial.
Eu queria dizer... Queria muito, mas eu não consegui. Ela me deu um beijo no rosto e disse que eu era o melhor amigo do mundo. Isso só me deixou mais atormentado.
Eu suava vendo a foto da prostituta assassinada no jornal. Eu tinha que fazer algo. Saí do carro e verifiquei a luz de uma das janelas acenderem. Certamente estavam lá. Eu escalei como pude. Por sorte havia uma árvore. Eu consegui puxar a janela, mas não vi nenhum dos dois. Olhei para os lados do quarto e acabei entrando.
Havia sangue no chão. Eu rezava para que ela ainda estivesse viva.
Era o corpo do Leandro. Peguei a faca que estava no chão e a polícia arrombou a porta. Disse para eu largar a arma.
Lídia estava com eles. Com apenas algumas roupas. Ela chorava muito dizendo que jamais imaginou que eu faria algo assim.
Eu gritei:
- Não fui eu, Lidia! Você tem que acreditar!
A polícia me algemava enquanto ela passava a mão no meu cabelo e disse bem baixinho.
7 comentários:
Conto perfeito!
Lord! Q estória!!!! Adorei! Parece até Ian Fleming. Adorei. Genial. Além do suspense a sensualidade corre solta. Bjs
Que escrita estilosa,parabens!
Que engenhoso! Um misto de argúcia, suspense, malignidade, volúpia. Ahh, sim, e esse título foi ótima escolha.
Parece que tudo já foi dito, mas preciso parabenizar também. Excelente!
Ameei o conto maais sera que vanpiros existe ?
amei esse foi um dos melhores contos de vanpiro que eu ja li
Postar um comentário