domingo, 31 de outubro de 2021

A pensão - por Adriano Siqueira

 



A Pensão

texto: Adriano Siqueira


Adilson Sales tinha 52 anos. Ele estava segurando apenas uma pequena mala em frente a uma pensão. O dono se chamava Ulisses. 

Adilson pagou e o Ulisses e ele deu as chaves do seu quarto, era número 46. 

Antes de entrar no quarto, ele viu o dono dar dinheiro para algumas pessoas. Ulisses percebeu que o Adilson viu e ele disse que trabalhavam pra ele, cortavam a lenha pra abastecer a fornalha pois não usava eletricidade no chuveiro. 

logo em seguida o dono disse que precisava sair agora e deu o número do celular caso precisasse. 

Adilson estava cansado e adormeceu. 

Ás duas da manhã ele escutou homens batendo forte na porta do seu vizinho. Gritos de desespero e tiros eram ouvidos. Adilson se escondeu debaixo da cama e ligou para o Ulisses e ele escutou o celular no quarto do vizinho tocando. O dono do local estava lá e bateu na porta do Adilson dizendo que estava enfrentando um cachorro louco e não era para ele sair. O Dono os homens embrulharem e jogar na lareira. 

Ulisses deu três pílulas para Adilson tomar dizendo que era para dormir. Adilson tomou e ele viu um rabo de peixe do tamanho de um metro passando por trás do Ulisses. Antes de questionar, o Dono trancou a porta dizendo que era para protegê-lo. 

Adilson acordou de manhã. Ele gritou para alguém abrir a porta mas ninguém respondeu. Foi até a janela e desceu pelo telhado e pulou uma distância de dois metros até o chão. Muitos homens estavam mortos e alguns eram aberrações. Homens e animais misturados. 

Ulisses apareceu no corredor e agarrou o Adilson Seus braços eram de um polvo. Um homem lobo atacou o Ulisses e isso fez o Adilson se soltar a luta foi feroz.

Dois homens com rostos de cachorros começaram a morder o seu braço. Ele pegou uma pá e bateu até largarem o Adilson que correu para o ultimo andar. Ele encontrou um homem deitado e coberto. Disse que era um soldado e que esse lugar era do governo. faziam testes com humanos ele estava preso lá. Ele dizia para não tomar as pílulas. Elas transformavam humanos em monstros. 

Adilson disse que já era tarde, que já havia ingerido as pilulas.

Ele queria ajudar o soldado a sair de lá mas quando tirou o cobertor ele viu que era meio homem e meio serpente.

O homem serpente disse que a pensão tinha explosivo em todos os quartos mas o detonador estava com o Ulisses. Ele precisava achar e explodir tudo ou esses  monstros destruiriam a terra. 

Adilson corrreu para achar o Ulisses mas só encontrou pedaços dele pelo caminho. o homem lobo agarrou o Adilson e aos poucos Adilson começou a se tranformar. Ele pensou que agora seria um Leão ou um grande gorila. Mas apareceu um bico de cegonha em seu rosto. Adilson gritava de dor. O Sangue tomou conta do chão caiu tonto. Ele viu o detonador no cinto do Homem Lobo. quando o lobo virou a cabeça do Adilson para o lado. Ele usou seu bico e foi diretamente no botão de ignição do detonador e toda a pensão começou a explodir.

Nada restou.


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sábado, 30 de outubro de 2021

Um Gosto de Maldade - conto de Adriano Siqueira

 



Um Gosto de Maldade

Texto: Adriano Siqueira


No reino de Balius, o jovem rei Edmus passeava com seu cavalo pela floresta. Era um rei solitário e seguia uma grande lista de tarefas diárias, embora em seu castelo quase não houvesse moradores. 

A comida vinha de castelos estrangeiros, pois o seu pai, antes de morrer, fizera um tratado para que reis vizinhos auxiliassem na manutenção do seu castelo. Mesmo assim, o povo aos poucos foi migrando e o jovem rei, com um reduzido número de súditos, ficou em seu castelo para recepcionar os visitantes, coisa que quase nunca havia.

Ele gostava de passear na floresta e admirar a beleza da natureza. Naquele dia, ao se aproximar do lago, percebeu que havia alguém lá. Desceu do cavalo e se aproximou. Era uma jovem atraente que nadava sorrindo, encantada com a beleza da cachoeira.

Ela viu o jovem rei, mas, em vez de se esconder, sorriu para ele e disse que seu nome era Diara, e perguntou se ele se importava que ela usufruísse da beleza da sua floresta.

Impressionado com a linda mulher e também por ela saber quem ele era, Edmus respondeu que hóspedes eram sempre bem-vindos.

Com um sorriso tímido, ela foi até as suas roupas, secou-se e se vestiu. Depois de pronta, caminhou até o rei, abraçou-o e o beijou profundamente. Em seguida, disse que era a primeira vez que beijava um rei, e que seria um sonho conhecer o seu lindo castelo.

O jovem soberano estava encantado com a mulher. 

Fazia muito tempo que ele não conhecia uma moça tão bonita e alegre. Colocou-a no cavalo e a levou para seu castelo.

Ela passou um bom tempo nas muralhas, examinando os canhões, comentando que era uma grande conhecedora de armas. Quis saber se todos estavam funcionando, ao que o rei disse que sim, embora fizesse muito tempo que não eram usados. Seu castelo era o maior de todos os seis da região e no passado teve forte participação em guerras por causa do arsenal que possuía.

Diara ficou muito feliz ao ter aquelas informações e explicou que era uma rainha de um castelo pequeno e sem muita proteção. Disse ainda que havia inimigos interessados em tomar seu território, mas, para chegarem até lá, teriam que passar pelo castelo dele primeiro. Por isso, ela tinha viajado para conhece-lo.

— Seu castelo pode ser muito importante para proteger meu povo — explicou a rainha.

O rei ofereceu sua proteção e ela o abraçou e beijou em agradecimento. Pegou-lhe a mão e pediu para conhecer o seu quarto. Ele, sorridente, a levou. E lá passaram uma noite inteira, completamente mágica e maravilhosa.

Na manhã seguinte, ela partiu para o seu castelo, explicando que traria alguns soldados para ajudar na vigilância das muralhas de Edmus.

Ele esperou ansioso pela volta da adorável rainha e relembrou a noite que passaram juntos.

Alguns dias depois, ela voltou acompanhada por um bom número de soldados. Os portões foram abertos e eles entraram, deslocando-se rapidamente para as muralhas.

Ela segurou a mão do rei e o levou para dentro do castelo, perguntando onde era o calabouço. Edmus pegou as chaves e a levou para conhecer a parte de baixo do castelo. 

Quando chegaram lá, a rainha lhe pediu um favor:

— O exército inimigo se aproxima — disse com voz doce, fazendo a mente do homem ficar nublada. — Fique aqui esta noite. Não quero que nada de mau lhe aconteça. Dentro do calabouço, estará protegido, e depois que tudo acabar, voltarei para lhe soltar.

A voz da rainha o influenciava de maneira tão poderosa que ele lhe deu total razão.

— Meus soldados são ótimos guerreiros e vão ajudar os seus, que são fracos e sem experiência, a derrotarem os inimigos — acrescentou a mulher.

Edmus chegou à conclusão de que em uma guerra assim, ele realmente não teria chances. Como confiava nela e no amor que eles tinham, concordou sem questionar e entrou na cela, sendo trancado. Ela mandou-lhe um beijo e disse para não se preocupar, pois logo estariam juntos.

Do calabouço, o rei escutou toda a batalha. Gritos e destruição. Cheiro de fumaça tomou todo o castelo. Foi assim por um bom tempo. 

Aos poucos, tudo foi se acalmando. Os gritos de vitória eram ouvidos por todos os corredores do castelo. Os soldados riam e comemoravam, batendo copos e pratos, comendo e bebendo. Edmus chegou a gritar o nome da amada, mas foi em vão. 

Ela não responde por causa do barulho, disse a si mesmo.

Tempos depois, um dos soldados da rainha apareceu, trazendo comida e bebida para Edmus, que ordenou ao soldado que chamasse a rainha para tirá-lo de lá. No entanto, o soldado o aconselhou a comer e não se preocupar, pois logo ela estaria lá. Sem alternativa, o soberano do castelo esperou.

A noite foi muito longa e o frio o incomodava. Então, finalmente, escutou passos.

Era ela, sua amada, sorridente. Ficou na porta e disse que estava feliz em vê-lo, mas que ainda não podia libertá-lo, pois temia serem atacados novamente. Disse também que estava muito cansada e precisava dormir. Ele sabia que fora mesmo um dia cansativo para a rainha e a deixou ir dormir sem reclamar ou fazer exigências.

No dia seguinte, Edmus acordou com a chegada de sua primeira refeição do dia trazida pelo mesmo soldado que o tinha atendido no dia anterior e que montava guarda na entrada do calabouço. O rei queria ter notícias da amada. O soldado disse que ela estava dormindo e que, quando acordasse, viria libertá-lo.

Edmus ficou ansioso e comeu seu café da manhã apressado. Na hora do almoço, o soldado trouxe outra refeição. O rei ficou enfurecido; queria saber onde estava Diara, mas seu carcereiro explicou que ela tivera que ir urgentemente para seu castelo, avisar aos súditos que estava tudo bem e que não teriam mais o que temer. Edmus achou a justificativa coerente, mas ordenou que a cela fosse aberta. 

Soube então que a chave estava com a rainha e que, antes de ir, ela dissera que o amava e que, quando voltasse, eles iriam para o quarto.

O rei ficou esperançoso e aguardou a volta da mulher. 

Mas ela não apareceu naquela noite. Mais um dia nasceu e o soldado disse que talvez ela estivesse cansada da viagem e que, por isso, precisara ficar em seu castelo para repousar. 

Edmus continuou esperando, fazendo planos para o futuro, pois sabia que seriam felizes para sempre depois que ela voltasse.

O jovem rei estava quase dormindo quando escutou uma gritaria. Lá fora, os soldados anunciavam que a rainha estava chegando. Edmus levantou-se e correu para as barras da grade. Finalmente a veria. Toda a espera valeria a pena. 

Mas quem apareceu foi o soldado de sempre, anunciando que Diara tinha trazido sua corte e que estaria no calabouço o mais rápido possível. O rei sorriu. Sabia que ela tinha um bom coração e que estava apenas mostrando para o seu povo um pouco dos requintes do castelo.

Depois de meia hora, ela chegou contando da alegria do seu povo em saber que tudo estava resolvido e como estavam gratos a ele pela ajuda, assim como ela. A rainha também explicou que seus súditos dependiam muito dela para tudo e, com isso, suas energias estavam acabadas. Então ela pediu mais um favor: precisava ir para o quarto sozinha e dormir para recuperar suas energias. Prometeu que, logo de manhã, ele poderia sair e se arrumar para que os súditos vissem o senhor daquele castelo bem limpinho e arrumado.

Edmus pensou que mais uma noite não faria diferença. Afinal, ele realmente estava precisando tomar um bom banho e se arrumar, pois queria passar uma boa impressão para a corte da sua amada. E também queria que ela descansasse bastante, pois sabia que era esforçada e só estava fazendo o melhor para todos. Ele agradeceu pela atenção e, com um “boa noite”, despediu-se dela. A rainha sorriu e disse que ele era tudo para ela, e que atenção e carinho eram o mínimo que ela podia lhe dar. 

— No futuro, tudo será maravilhoso para nós dois — ela prometeu e se foi.

Edmus ouviu muita gente falando sobre o castelo de sua janela no calabouço. Muitos elogiando cada canto e alguns parabenizavam Diara por conseguir um bom lugar para morarem. Ele ouviu aquilo e tentou imaginar o que os tinha levado a pensar tal coisa. De qualquer forma, tudo se resolveria com a sua aparição, e o engano seria desfeito.

No dia seguinte, o soldado chegou acompanhado de outro que Edmus não conhecia, pois até então apenas um único soldado o atendia. A cela foi aberta e, quando o rei perguntou onde estava a sua amada, ele respondeu que a rainha se encontraria com ele no lago onde tinham-se visto pela primeira vez. Contudo, precisavam partir naquele mesmo instante, pois assim ninguém o veria sujo e desarrumado daquele jeito. O monarca agradeceu e, com muita alegria, seguiu com a escolta.

Quando chegou ao lago, ele retirou as roupas para se banhar e esperar por sua adorada Diara. Notou que os soldados que o escoltavam tinham sacado suas espadas e mantinham os olhos fixos nele, mas o jovem rei sabia que estavam lá para protege-lo.

Dali a pouco, notou que os arbustos se mexiam. Vários guerreiros apareceram e degolaram os dois soldados da rainha.

Assustado, Edmus observou os homens por alguns segundos e reconheceu um deles. Era Klinton, um nobre que vivia no castelo mais próximo e seu amigo desde a infância.

Klinton o chamou para ir até ele. O jovem rei obedeceu, embora temesse por sua vida, afinal, os homens daquele lorde tinham acabado de assassinar os soldados que o protegiam. Ao mesmo tempo, também se preocupava em como justificaria à amada o erro que o amigo cometera ao matar seus soldados.

Klinton explicou que Diara era uma bruxa que tinha o dom de escravizar os reis com sua voz doce, e com isso já tinha dominado vários castelos, enfeitiçando não apenas os reis como também seus soldados, e formando um exército cada vez maior que usava para aumentar seu império, e acrescentou:

— Notando que seu castelo está praticamente vazio, ela planejou a invasão.

— Isso é um grande engano. Ela é uma boa pessoa é só pensa na justiça e no amor.

Klinton balançou a cabeça.

— Recentemente, ela conquistou um castelo ao norte. Convenceu o rei a ir para o calabouço e enfeitiçou os súditos com sua voz. Ninguém foi lá para socorrê-lo e o rei morreu à míngua.

Edmus começou a andar de um lado para o outro, as mãos passando pelo rosto. Seria verdade que sua amada era uma feiticeira capaz de matar a sangue frio?

— Ela o enganou — Klinton insistiu.

— Não é possível!

O amigo então revelou que o exército com o qual Diara guerreara recentemente fora o dele.

— Viemos para salvá-lo, meu amigo. Perdi mais de 100 homens na primeira batalha e tive de recuar, mas agora há pouco investimos novamente e conseguimos tomar o castelo. 

Como seu corpo não foi encontrado, interroguei alguns soldados de Diara e os forcei a revelar seu paradeiro. Com isso, fiquei sabendo que alguns homens da feiticeira o tinham trazido para cá com a intenção de matá-lo. Corremos até aqui para salvá-lo. Ainda bem que chegamos a tempo.

Estupefato, o jovem rei mirou os dois soldados mortos. Tudo começava a fazer sentido. A megera não tinha qualquer intenção de vir ao seu encontro. Ela tomara seu castelo e agora o queria morto. Se Klinton não tivesse vencido, ela estaria naquele mesmo momento elaborando planos para invadir mais um castelo.

Edmus disse com bravura que acabaria com tudo aquilo de uma vez. Aquela loucura teve início por sua causa, e muitos homens morreram porque foi ingênuo. Indiretamente, ele a ajudara a assassinar soldados de seu amigo, o que o tornava cúmplice.

Diara precisava pagar por todos os seus crimes.

Os dois reis e seus soldados voltaram para o castelo. 

Para sua surpresa, quando os soldados abriram os portões, Edmus viu a feiticeira já capturada e presa por correntes. Ela tentou correr para abraçá-lo. Parecia preocupada e assustada, mas ele já não acreditava nela. Dessa vez, estava consciente do que a rainha era capaz.

Ela então implorou que fossem conversar no quarto, longe da multidão, mas o rei sabia que não passava de um truque e que Diara queria que ficassem sozinhos para encantá-lo mais uma vez. Ele não perdeu tempo e anunciou que já sabia de tudo, inclusive sobre os soldados que o acompanharam até o lago com ordem de matá-lo, ao que ela rapidamente respondeu que deviam ser espiões infiltrados, e jurou estar aliviada por vê-lo vivo, assim poderiam ficar para sempre juntos como ela havia sonhado.

— Chega! — interrompeu ele. — Pare!

Lágrimas rolavam pelos olhos da mulher, e ela o abraçou.

— Eu te amo! — afirmou. — Sempre quis você comigo, mas tive que fazer isso pelo meu povo. Não tive escolha! Queria acabar com isso faz muito tempo, mas os mais velhos do meu povo querem que eu continue. Não queria que te ferissem, por isso o afastei deles. Tentei protegê-lo, mas tudo ficou fora do controle. Eu não enviei aqueles soldados para matá-lo. Nem mesmo sabia para onde o tinham levado. Por favor, acredite. Eu o amo, nunca quis fazer mal a você. Amei a nossa noite juntos. Se eu não tivesse essa vida, aceitaria ficar com você para sempre.

Klinton segurou os braços da rainha.

— Renda-se, bruxa. Não vai vencer dessa vez. Meu exército é quatro vezes maior que o seu. Seus homens estão presos e o castelo cercado.

— Sinto muito — sussurrou a mulher para Edmus, e afirmou que estava pronta para ser julgada, mas sempre levaria no coração aquela noite em que estiveram juntos. 

Inclinou-se para beijá-lo, chorando, mas Klinton não permitiu, com medo que ela enfeitiçasse seu amigo mais uma vez.

Diara foi levada pelos homens de Klinton para junto dos soldados presos e da maligna corte da rainha. Todos eles partiriam naquele mesmo dia e ela seria julgada em outro reino. 

Na hora da despedida, Edmus foi falar com seu amigo, que estava do lado de fora do castelo junto com todo o seu imenso exército. 

— Eu faria tudo para tê-la — confessou o jovem rei, muito triste e abatido. — Ela foi muito pressionada pelo seu povo. A sua beleza e a sua sedução foram usadas como armas para conquistar o mundo para seus súditos ao ponto dela perder o controle da situação. No fundo, acredito que falou a verdade, queria me poupar.

Klinton colocou a mão em seu ombro e disse:

— O mundo não deveria condenar quem ama. Mesmo que o amor toque seus corações tarde demais.

Edmus não entendeu muito bem sobre o que o amigo estava falando, mas se surpreendeu quando Klinton entregou a ele as rédeas do seu próprio cavalo.

— Lembra da casa no meio da floresta em que brincávamos quando crianças? Do meu pai? Mandei meus soldados levarem Diara para lá. Vá! Vocês poderão viver em paz ali.

Edmus montou no cavalo e correu para o local. 

Chegando lá, viu que a adorável rainha o esperava. Eles se abraçaram e se beijaram. Juntos, entraram na casa para viverem o seu sonho.


Escrito por Adriano Siqueira


#romance #darkstories #história #góticos #contogótico #romancegótico #culturagótica #ler #literaturagótica #leitores #leitura #livros 


Entrevista Adriano Siqueira

 




Assistam no link 

https://youtu.be/UMj-UsLpsFE

sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Dia Nacional do Livro

 


Eu sou o Adriano Siqueira e meu primeiro livro que participei como autor foi o Amor Vampiro de 2008






DIa Nacional do livro - 29 de outubro 

Respostas sobre a pergunta "qual o nome do primeiro livro que participou e em que ano"


Voando nas Asas da Poesia  (2005), Livro de poemas.

Maria José da Silva


Pedra dos olhos (2019), livro de poemas, Ed. Hamsa.

Rogério Rocha.


ADRIANO SIQUEIRA é escritor e produtor de conteúdo sobre horror 

e vampiros. É palestrante e expositor. Membro efetivo da Academia de Letras José de Alencar (Curitiba PR) e Participante da Oficina Literária de André Carneiro desde 2016. No ano 2000 foi idealizador do primeiro grupo de escritores de vampiros (Tinta Rubra). É fundador do Fanzine Adorável Noite que se trata de contos de terror e vampiros (2001). Participou de várias antologias como autor convidado e tem dois livros solos. “Adorável Noite” (2011) e “A Maldição do Cavaleiro” (2012).

Blog: www.contosdevampiroseterror.blogspot.com





quarta-feira, 27 de outubro de 2021

Live de Halloween com adriano siqueira e andre bozzetto jr.

 


Assistam no link abaixo

 https://youtu.be/N-Bsd91y_Cc





Nesta sexta-feira dia 29 às 21h papo fantástico com no programa Contos Sombrios - Especial Halloween - Adriano Siqueira - Andre Bozzetto Jr e Cassio Witt juntos pra falar de coisas assustadoras e no final do programa Adriano conta uma história arrepiante com o Neculai. 

Não Percam.

No Canal Milhas e Milhas

No youtube

Contos Narrados da Maria Ferreira Dutra

 



Contos Narrados da 

Maria Ferreira Dutra


Narração por Sérgio Pires @sergiopires83 do programa @Creepymetalshow 

Rádio Putz Grila.


Uma Estrela vai Brilhar

https://www.instagram.com/tv/CXo_wj0gwCh/?utm_medium=copy_link


Dois Corações

https://youtu.be/FXiqpi0cT7A


Reprodução Proibida

https://youtu.be/d78ZOrJJ1uU


A Viagem

https://youtu.be/srhMGtT06Fw


O aniversário de Amal

https://youtu.be/uFGvckRtIYY


Eugênia

https://youtu.be/pyRPZ0uy9rs


A lenda da Cariska a mulher onça

https://youtu.be/PYVcDc_bnEQ


A série Cariska parte 1

https://youtu.be/DvF2vUBq1zY


A série Cariska parte 2

https://youtu.be/LF-1CCgTtqY


A série Cariska parte 3

https://youtu.be/wOTKdTNTmII


A série Cariska parte 4

https://youtu.be/6qyCRPRxlOI


Chygadcarius-oids a série

https://youtu.be/o2SAFYmNOIU


Chygadcarius-oids a série 2

https://youtu.be/Yg4zX5hPEVQ


Baixe o app da Rádio Putzgrila!! @radioputzgrila


#ler #suspense #audiocontos #contosparaouvir #relatosnoturnos #históriasassustadoras #creepypasta #mistério #leituraobrigatória #leitura #leitores #novidades #culturapop #culturarj #rádio #creepymetalshow

Contos Narrados de Adriano Siqueira

 



Audiocontos de Adriano Siqueira @adrianosiqueiraescritor

Narrados por Sérgio Pires @sergiopires83 do programa Creepymetalshow 

Rádio Putz Grila.


Balada Noturna

https://youtu.be/K_9geDtlRxs


Ajudar ao Próximo

https://youtu.be/CkS7WxJM8W0


O prazer eterno

https://youtu.be/1l4yIrF6lYA


O dia em que as núvens caíram

https://youtu.be/wUF7muCjnOA


A matéria do desespero - vampiro Neculai

https://youtu.be/smG1G0ubqRY


O fotógrafo de túmulos

https://youtu.be/WOR6MemXFDY


Editora Maldita

https://youtu.be/hHZYvYOIlUs


Carros assombrados - O carro Vampiro

https://youtu.be/7iU_E3gwrGE


Eram 13 homens em uma sexta-feira 13

https://youtu.be/mv3OtoHK_II


O Principe Gato e a Witch

3 histórias juntas

https://youtu.be/QHzj53_qq_0


O Palhaço encontra o Desespero 

https://youtu.be/1Sfm7wIul0M



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#ler #suspense #audiocontos #contosparaouvir #relatosnoturnos #históriasassustadoras #creepypasta #mistério #leituraobrigatória #leitura #leitores #novidades #culturapop #culturarj #rádio #creepymetalshow

terça-feira, 26 de outubro de 2021

Historias em quadrinhos - O poço - Maria Dutra

História em Quadrinhos 


O outro lado da história escrita é a possibilidade de ser filme de ser série e história em quadrinhos.

A lenda do poço é uma história arrepiante 

Foi escrito por Maria Ferreira Dutra

Tem desenhos de Adriano Siqueira e Maria Dutra

A História em quadrinhos foi diagramada por G. Francis Cruel 

Entrem no IG do instagram

@filhasdavassoura

@_maria_dutra_

@adrianosiqueiraescritor

























#históriaemquadrinhos #hqnacional #hqbrasil #universodosquadrinhos #quadrinhos #arte #artista #desenho #desenhar #draw #terror #horror #ilustração #ilustraciones #ilustation #quadrinhosnacionais




segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Sobre a Mary Metal

 



Mary Metal 


História em Quadrinhos 


Mega Creepy 1


Essa nova história em quadrinhos é uma aventura da Mary Metal (personagem da Maria Dutra) Ultor (Personagem do Sérgio Pires) e do casal Principe Gato e Witch (personagens do Adriano Siqueira)


Artes de Maria Dutra e Adriano Siqueira


A Diagramação e edição foram Produzidas por Gabriel Francis Cruel 



https://contosdevampiroseterror.blogspot.com/2021/10/historia-em-quadrinhos.html?m=1


#arte #art #instagood #desenho #culturapop #design #drawing #artist #instaart #artwork #draw #painting #quadrinhos #hqbrasil #históriaemquadrinhos #hqnacional


cronologia das histórias


parte 1

https://contosdevampiroseterror.blogspot.com/2021/06/metal-girl-historia.html?m=1


parte 2 

https://contosdevampiroseterror.blogspot.com/2021/06/a-musica-do-silencio-conto.html?m=1


parte 3

https://contosdevampiroseterror.blogspot.com/2021/09/china-girl-e-mary-metal.html?m=1


parte 4

https://contosdevampiroseterror.blogspot.com/2021/09/a-joia-real-conto.html?m=1


parte 5 e 6 juntos

https://contosdevampiroseterror.blogspot.com/2021/10/os-herois-se-encontram.html?m=1


Trilha Sonora da Mary Metal da cantora Amanda Kraft


https://youtu.be/oE-_zTe2Ds4



Mary Metal também estará no livro O Sangue do Robôs


Mary Metal personagem de Maria Dutra @_maria_dutra_

textos e desenhos da Maria Dutra e @adrianosiqueiraescritor

make artistica

Karmem Karminna

Michele da Siva Santos

A Livraria Encantada - Vanessa Matos

 



Mensagem da
@vanessamatosreal_

O livro "A Livraria Encantada” é o primeiro volume da Duologia Arte e Magia. E ele traz uma narrativa leve sobre dois adolescentes, os quais se chamam Jonathan e Michele, que se conhecem desde a infância e que desde então vivem um amor secreto um pelo outro.
Morando na cidade de Campos do Jasmim, eles sempre foram muito ligados à leitura, pois Michele, por exemplo, sempre teve o incentivo de seu pai que passou a vida comprando livros de presente para ela, os quais ela sempre leu dentro de sua casa por não se sentir na necessidade de freqüentar a Livraria Encantada. Mas em um dia de férias, ela decidiu que deveria conhecer tal livraria, pois ela é muito conhecida em todo o mundo devido a lendas que sao contadas de pai para filho e que narram acontecimentos um tanto estranhos com relação aos livros que se encontram naquele recinto.
Michele e Jonathan, devido a curiosidade de conhecer o que, de fato, acontece na Livraria Encantada, passam a pegar alguns livros para ler e se deparam com mundos que eles jamais imaginaram que pudessem existir.

https://www.buenovela.com/book_info/31000144698/Fantas-a/A-Livraria-Encantada-Livro-1-Duologia-Arte-e-Magia

domingo, 24 de outubro de 2021

Desafio - continue a História


Arte: Maria Ferreira Dutra

Instagram @_maria_dutra_


O tempo parou? 

História da Maria Ferreira Dutra

continuem esta história.



Sábado, 23/10/2021, 21: 36h.

Acordei na escuridão do meu quarto e na minha mente estava a imagem de um gato preto acizentado, que não tinha cara de gato mas era um gato. Ele estava em cima de uma árvore, observando uma menina com vestido preto e abóbora que passava pelo local e segurava uma abóbora morango toda feliz, parecia  que iria se encontrar com alguém. 

Uma bruxa atrás da árvore a observava e um corvo em outra árvore negra e fina olhava em silêncio.

Ainda sonolenta, coçei os olhos com o dedo indicador e o polegar e surgiu e a imagem  de uma planta com folhas largas, verdes musgo e lisas, com flores vermelhas pequenas alinhadas até a ponta.

De frente para mim e da garotinha com a abóbora na mão caminhava uma menininha com vestido azul escuro tipo uma jardineira e em sua cabeça ornava um chapéu branco detalhado com florzinhas vermelhas combinando com a blusa e o forro da cesta que ela trazia na mão. Acredito que ela tenha vindo daquela casa lá no fundo com duas janelas onde a lua cor de abóbora clareava os  cômodos deixando o interior com o tom alaranjado.

Elas estavam lindas acho que estavam comemorando a festa de Halloween. 

Olhei de novo para aquela árvore gigante e a bruxa ainda estava lá sorrindo. 

O que me chamou a atenção foi o fato do tronco ser igualzinho a cor da roupa dela, preto e roxo com raízes esverdeadas. 

Eu imaginei que só podia ser a  moradia dela.

Acho que ela percebeu que eu os observava e fez algum feitiço pois eu não consegui ver mais nada naquele desenho parecia que o tempo havia congelado eu não conseguia pensar em mais nada. 

O que as meninas iriam fazer eu fiquei sem saber.

Teria mesmo a bruxa congelado o tempo!? Seria possível?  Se sim qual é a sua opinião sobre essa bruxa? Ela seria uma bruxa boa ou uma bruxa Má?

Entre como personagem nessa história e de um final para ela.

Mande seu texto para o e-mail: mariajfsdutra@gmail.com  

Assunto Halloween. 

Os Finais serão colocados nesta postagem 

Por Maria  F  Dutra

História em quadrinhos

História em Quadrinhos 

Mega Creepy 1

Essa nova história em quadrinhos é uma aventura da Mary Metal (personagem da Maria Dutra) Ultor (Personagem do Sérgio Pires) e do casal Principe Gato e Witch (personagens do Adriano Siqueira)

Artes de Maria Dutra e Adriano Siqueira

A Diagramação e edição foram Produzidas por Gabriel Francis Cruel 
















Obrigado pela leitura. 


















sábado, 23 de outubro de 2021

Perdida na noite


Perdida na noite

texto: 

Adriano Siqueira e 

Vanessa Matos 



As ruas úmidas 

Deixava o cheiro da chuva

Tomar as calçadas 

Molhadas, lisas, refletindo a lua.


Correndo de alguém

Que me persegue

Que me procura. 


Preciso de abrigo

para me proteger dessa locura. 


Sinto que ele está perto. 

Eu me escondo e espero. 


Algo me fez gelar. 

Ele está aqui.

Não tenho como escapar.


Se eu ficar, ele vai me matar.

Mas quando eu me viro, 

eu o sinto chegar.


Consigo o seu hálito respirar

É tarde demais... 

O meu sangue quente ele vai sugar.


De repente, eu acordo assustada.


Percebo que estou em um lugar diferente.

Passo os dedos pelo meu pescoço

E sinto o furo feito pelos seus dentes.


Algo aconteceu de forma surpreendente.


Estou viva

E quando dou por mim,

Percebo que me tornei uma vampira.

 

De repente percebo a sede se tornando cada vez mais ardente.


#versos #gótico #vampiro #poemaGótico #poemadark 

#suspense #poesisgotica #góticos #vampira #terror #romance

quinta-feira, 21 de outubro de 2021

Conto de terror - O Banheiro


O Banheiro

Texto: Adriano Siqueira




Não me lembro perfeitamente como tudo começou. Acho que me deixei o meu sentimento tomar posse da minha razão. Ela era divertida e tudo começou assim, risos e sorrisos. 

Meu nome é Carlos Valesco e Laura W. Carim era o nome dela. eu brincava de colocar a ponta da lingua no céu da boca para dizer o seu nome e ela gostava e ria. Ela me beijava só de me ver tentando falar seu nome. Brincamos na primeira noite que nos conhecemos. 

Laura me trancou no banheiro. Ela tinha dois em seu apartamento e nem usava muito. Para mim parecia mais um deposito com tantos objetos empoeirados e panos velhos. Mas ela me trancou lá. Disse que eu iria entrar em pânico rápido pois achava que eu era fraco como muitos que sairam correndo da vida dela. 

Eu fiquei trancado e ela conversava comigo na sua cama. o banheiro era no seu quarto. ficamos falando sobre tudo a ate uma hora da manhã. Ela disse que eu estava me portando bem e que se continuasse assim ficariamos juntos mais vezes. 

Eu fiquei lá. no banheiro.tirei o meu terno e enrolei nos meus sapatos para usar como travesseiro. Ela me chamava as vezes para perguntar se eu estava bem e dormia novamente. 

Eu queria mostrar que estava pronto pra ela e que aguentaria suas brincadeiras. Dormir no banheiro não era um desafio tão grande. E era só aquela noite.

Eu cochilei bem. De manhã ouvi ela abrir a cortina da janela. 

Ela pegou a chave e abriu o banheiro. Ela estava sorridente. pegou em minha mão e me levou ate a sua cozinha. Me deu café. 

De repente bateram na porta e ela disse se eu poderia ficar no banheiro até a visita sair. eu disse tudo bem. Entrei no banheiro com lanches e sucos. 

Eu ouvi a conversa. A mulher era uma médica. falava de remédios e tratamentos que a Laura estava fazendo. Falaram de efeitos colaterais e psicológicos mas a Laura se mostrava um pouco anciosa dizendo pra médica que tinha que fazer muitas coisas e estava bem ocupada para conversar tanto. Eu percebi que a Laura estava querendo escapar da médica. Talvez por se preocupar comigo. Eu já tinha ficado no banheiro dela toda a noite. 

De tanto a Laura mostrar muita ansiedade em fazer suas coisas a médica acabou indo embora. 

Laura estava nervosa. jogou a louça na pia. Veio com os passos fortes para o quarto. falou mal da médica e reclamou dos preços dos remédios. Estava muito alterada. Ela disse que era a casa dela e que não tinham o direito de deixá-la com raiva dentro da sua própria casa. 

Eu falei com ela.Não queria que ficasse zangada. Ela só dizia que precisava sair, precisava dar uma volta sozinha. Eu disse que estava tudo bem e só queria que ela ficasse bem. Só queria que ela me devolvesse o celular pois ela pegou ontem e não vi mais. Porém ela disse que descarregou e que iria comprar um cabo para carregá-lo. Eu não queria fazer muitas perguntas. Laura estava muito impaciente e eu não sabia o que ela tinha. 

Laura saiu do apartamento e me deixou trancado no banheiro. Esperei muito. os lanches acabaram os sucos também. O banheiro não tinha janela. tinha dois metros e meio. e era frio. Eu não tinha relógio, mas eu sabia que já era bem tarde.

Eu dormi e depois dormi novamente. Eu queria me manter calmo. Só pensava nela e de como ela estava nervosa. 

Ouvi o barulho da porta se abrir na sala. Ela estava rindo falando no celular com alguém. asssuntos sobre roupas e comida. Ouvi ela colocar muiitas sacolas na mesa da cozinha. Finalmente ela veio  para o quarto. Pediu para a pessoa que ela estava falando esperar um pouco. Bateu na minha porta e perguntou se eu estava bem e eu disse que sim. Ela disse que ja ia abrir e que era rápido.

Assim que a Laura desligou o celular ela falou o que fez. que foi andar um pouco, fez umas compras no mercado e que iria fazer o jantar pra gente comer juntos. 

Eu estava aliviado. Laura estava de bom humor e rimos enquanto ela procurava a chave do banheiro. Ela não sabia onde estava. ouvi a Laura revirar as gavetas e nada de achar as chaves. Veio correndo na minha porta. Ela estava muito triste. Pediu desculpas pois naquela hora o chaveiro já estava fechado e pagar um de emergência saira muito caro e o dinheiro que tinha era para os remédios dela. 

Laura estava mesmo muito triste. Queria que nada disso tivesse acontecido e que não sabia o que fazer. 

Eu tentei acalmá-la como pude. falei que eu aguentaria ali até onde desse e que ela deveria descansar. Foi um dia muito complicado. 

Laura disse que iria continuar procurando as chaves. Disse que eu estava sem comer e isso não era justo. Disse que eu estava sendo muito atencioso e que eu era alguém que ela procurava fazia muito tempo. 

Escutei ela procurando as chaves revirando a bolsa. 

Eu perguntei se ela havia comprado um cabo para o meu celular carregar e ela disse que havia esquecido. Que estava preocupada com os remédios e agora estava começando a ter dor de cabeça pois andou o dia todo e nem vontade de fazer comida ela tinha mais. 

Eu não quis mesmo fazer mais perguntas. Era uma situação muito diferente do que se passava no cotidiano. Eu tbm precisava descansar. Tudo isso era incomum. 

Ela disse que ficaria na cama e dormiria apenas alguns minutos por causa da dor de cabeça mas que estaria lá. 

Eu sentei na privada com a tampa fechada e acabei dormindo lá mesmo. 

Acordei com frio e fome. Eu sentia que já era noite. As Luzes do apartamento estavam acesas. Ela bateu na minha porta. Disse que iria arrumar uma forma de me tirar de lá. que ia atévo síndico e ele ajudaria. Para eu aguentar só mais um pouco. Eu estava fraco demais para falar muito. Estava enjoado e com um zumbido na cabeça. Pensava lentamente. Era difícil processar o que ela dizia tão rapidamente. Mas vi que ela estava tentando me acalmar e com ansiedade para sair rápido do apartamento. Eu só dizia pra  trazer meu celular carregado mas ela já havia saído. 

Eu não podia fazer nada. Tive que sentar na privada e esperar.

Eu pensava nela no que ela dizia e falava. Imaginei e sonhei conversando com ela. Eu delirava. Não sabia quando ela voltaria. Imaginei os encontros que teria em um restaurante. eu só bebia água da torneira do banheiro. eu comecei a pensar em sair. Agora eu estava triste, faminto e desesperado. Comecei a ficar com raiva de tudo aquilo. 

Eu comecei a chacoalhar a pia do banheiro. Eu precisava quebrar o trinco ou a porta com alguma coisa e imaginei que quebrando a pia iria ter muitos pedaços para enfiar na beirada da porta. Cortar, rasgar e mover aquela porta. 

eu consegui arrancar a pia. chutei e quebrei tudo. Os pedaços eu usei na porta de várias maneiras como se fosse um presente de natal. Eu amarrei pedaços da minha camisa nas mãos para eu não me cortar. Consegui fazer um buraco em volta da fechadura e assim forcei até arrancar a fechadura e abrir. 

Consegui sair do banheiro. andei pelo apartamento. abri a geladeira e os amários e fui comendo tudo que eu encontrava para encher o estômago. 

Depois de 20 minutos comendo eu sentei na cadeira da cozinha. Eu estava parecendo um animal. Os restos de comida no chão e as portas abertas dos armários. Olhei para tudo aquilo. Fiquei com medo que ela fosse brigar muito comigo. Mas de repente eu estava pensando por que eu iria me importar. ela me trancou no banheiro. Mas ela não teve culpa. Era só brincadeira. Eu que fiquei descontrolado. Mas ela saia e nao voltava. Tudo bem. Ela tava tomando remédio. Eu quebrei todo o banheiro. o monstro era eu. Era difícil pensar. 

Procurei meu celular novamente. Não encontrei. Voltei pra cozinha. A mesa tinha papeladas e remédios. 

Olhei tudo que eu podia. Minha mente começou a ter um ritmo mais normal e meu corpo também. 

Comecei a procurar pistas. livros sobre tortura, testes de ratos, Pavlov, técnicas de manipulação, indução, controle mental, Lavagem Cerebral, Técnicas de doutrinamento. 

Isso tudo era um acervo muito perigoso. Será que ela estava me testando. Por que eu não conseguia ficar com raiva dela? O que ela fez comigo? 

Eu precisava sair de lá. Precisava de ajuda. Passei pela mesa da cozinha e vi cadernos de anotações. verifiquei seus textos. Eram sobre mim. meus dados minha vida. tudo mesmo. ela me estudou bem antes de me conhecer e fazer esses testes. 

Verifiquei os outros cadernos muitos homens que passaram por momentos bem parecidos com o meu e que só tiveram um único final. A Morte.

Eu tinha que sair. Aqueles cadernos tinham que ser levados para a policia. 

Mas ela poderia ser inocente. Talvez eu esteja exagerando tudo isso. Mas que Droga. Eu não consigo parar de pensar que ela é inocente e sei que não é. 

Eu ouvi a porta da entrada ser destrancada. Corri para a porta do outro quarto longe daquele banheiro.

Eu vi pela fresta da porta um homem entrar sozinho. Jogou as chaves na mesa e tirou uma arma da cintura e atarrachou um silenciador e foi em direção  ao quarto da Laura. Ouvi o celular dele tocar atendeu e falou com alguém. Corri  peguei os cadernos e a chave. tranquei a porta e sai do predio pulando as escadas. Fui até a delegacia e contei tudo o que eu havia passado. Deixei os cadernos como prova. 

A Policia prendeu ela e o seu cumplice. Conforme as notícias foram publicadas pela mídia, descobriram mais pessoas mortas por eles e vários desaparecimentos. 

Eu era a única testemunha viva naquele caso. 

Até hoje sinto remorço e tenho sentimento de culpa. Eu faço tratamento psicológico, mas ainda sofro muito e sonho todos os dias com ela. 


Passou um ano. Eu a visitava sempre na cadeia. trazia doces e bolos. Eramos amigos e estavamos falando ate em casar quando ela saisse de lá. 

Começou a sair sobre licença de bom comportamento em datas festivas. Era Natal. Eu a levaria para casa. Laura estava muito feliz com o nosso encontro como na primeira vez. Eu também queria ficar muito ao lado dela e aproveitar. Ela estava com a tornozeleira da policia no calcanhar poisr tinha que voltar na manhã seguinte. comemos muito e bebemos refrigerantes.

Pegamos uma corda e penduramos no teto como ela havia me falado. O plano era para eu colocar a corda no pescoço e fingir que eu havia cometido suicídio. Eu escreveria uma carta sobre eu ter matado todos os homens que ela estava sendo acusada e assim. sairiamos de lá e iriamos viajar para bem longe.  viveriamos a nossas vidas felizes. 

Eu subi e coloquei a corda no pescoço e simulei que estava enforcado. Pedi para ela se apressar, estava ficando muito calor e eu estava só com as pontas dos pés na cadeira.

Laura amarrou minhas mãos e tirou várias fotos. Agora eu sabia que eu teria uma nova vida sem documentos, mas eu teria a Laura ao meu lado para sempre. 

Ela conferiu as fotos e sorriu. Eu pedi pra que me desamarrasse , mas ao invés disso, ela chutou a cadeira. 

Eu não acreditava e tentei gritar nos microsegundos de minha existência ouvi ela dizer:


— Obrigada por me inocentar. Ha ha ha!



Escrito por Adriano Siqueira