quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

A Vampira de Vermelho - Por Adriano Siqueira





- A Vampira de Vermelho -

Autor Adriano Siqueira


Local: Mata Atlântica.
Reinaldo e seu amigo Fabio trabalham como ecofisiologistas. Este trabalho esta diretamente ligado à pesquisa para compreender os fenômenos da natureza. Neste caso, as arvores da Mata Atlântica... Mais especificamente a Jatobá. Em 2000 eles formaram juntos com o EUA uma fundação para proteger e estudar as arvores. Eles estavam ali para verificar uma denuncia... Estavam preocupados. Estas arvores são ecologicamente essenciais. Elas ajudam nas suas funções ecológicas na fase final de formação da floresta.
Quando eles chegam ao local ficam completamente paralisados. Finalmente Reinaldo retira o celular do bolso e diz:
— Está confirmado! Mais de cinquenta arvores sumiram!
Fabio, ainda atônito fala com Reinaldo.


 Se a denuncia for completamente verdadeira essas arvores não foram derrubadas para fazer moveis material de esporte... Mas sim...
Reinaldo interrope...

 Isso mesmo Fabio... Foram usadas para produção em longa escala de estacas para matar vampiros!

 Mas isso é lenda!

 Olhe a sua volta... Lenda ou não as arvores sumiram!



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Local: São Paulo
Roberto mora com a filha Katrin de 18 anos. Enquanto ela desmontava a arvore de natal ele estava assistindo ao noticiário das oito. A repórter dizia claramente sobre as arvores desaparecidas.
 E conforme o nosso contato, as arvores sumiram faz mais de um mês! Elas tinham mais de 100 anos e foram transformadas em simples estacas de madeira para, acreditem se quiser... Matar vampiros!
Katrin olhou para seu pai e disse:
 Vampiros? Pai... Que tipo de gente derrubariam árvores para fazer isso?
 Esse mundo é insano Katrin.
Roberto sai da sala e vai até o seu quarto. Pega o baú que estava em cima do guarda—roupa e dentro dele... Uma estaca de madeira ainda com sangue... Ele escuta a janela da sala se quebrar. Ele se assusta e deixa a estaca cair e logo em seguida ouve o grito de sua filha. Ele pega a estaca e corre, mas já era tarde...
Ela foi levada...
Levou duas noites para que Roberto desmaiasse devido a exaustão e procurar a sua filha. Na terceira noite um vulto aparece em frente à janela quebrada.
Roberto estava segurando a estaca com as duas mãos. Um vento frio atravessava a janela e e poucos segundos sua estaca desaparece e ele é lançado para a parede da sala como se fosse atropelado por um caminhão... Roberto estava quase inconsciente quando o agressor o carregou e o amarrou em uma cadeira.
Ele quebrou algumas costelas e sua cabeça sangrava.
 Acorde rapaz... Dizia aquele ser que mal aparecia no escuro... Uma manta preta cobria o seu corpo forte e media quase dois metros de altura. Sua voz multiplicava pelos cantos da sala. — A noite ainda não acabou...
 Q-quem é você!
 Alguém que perdeu alguém por causa disso...
Ele coloca no colo do Roberto a estaca...
 Como foi mesmo que fez... Ah... Sim! Você e mais quatro amigos viram um anuncio de como ganhar dinheiro fácil. Ganharam as estacas com uma lista de endereços. Nem perguntaram... Entraram de dia no apartamento dela abriram caixão, matelaram a estaca profundamente até atravessar o caixão... Enfiaram espinhos por todo o corpo. Logo em seguida cortaram a sua cabeça e colocaram nos seus pés. Ainda não suficiente... Jogaram gasolina por todo o corpo levaram para a varanda e tocaram fogo.
Roberto estava perdendo os sentidos quando ele segurou seu cabelo e levantou a sua cabeça. – Preste atenção.
Ele retira uma câmera do bolso e mostra através do visor de cristal liquido quatro homens com estacas enfiadas em suas bocas e logo em seguida eles são queimados.
Roberto estava desesperado... Eram seus amigos. Mortos por aquele vampiro que estava na sua frente...
 Minha filha... Por favor, ela não tem culpa.
 Cale-se! Como pode pedir piedade depois do que fez? Nem ao menos se peguntou sobre essas estacas... Quantas dessas estão por ai? De onde vieram? Quantas da minha gente foram destruídas? Não importa! Ela era especial para mim.
O Vampiro foi até a janela e olhou para a lua.
 Todo o natal a gente se encontrava para falar sobre o que aconteceu no ano. Era sagrado. Dá para acreditar? Vampiros se encontrando no natal... Mas eu gostava pois ela aparecia sempre de vermelho. Era a nossa noite especial e eu aproveitava pois sabia que só a veria no natal... assim ela queria. Assim eu gostava. Mas ela não apareceu neste natal e quando eu a procurei achei seu corpo queimado... Vocês mataram uma vampira que jamais tocou em um humano. Ela sempre dava um jeito de conseguir seu alimento e pagava por ele. Tínhamos uma empresa onde existem pessoas que doam o alimento para nos em troca de dinheiro e compramos. Assim fizemos por muito tempo até você acabar com tudo. Minha sede não era mais saciada por aquele sangue comprado... Eu queria diretamente da fonte... Posso dizer que me deixou mais forte e me devolveu o prazer da conquista pelo alimento e por esse motivo eu agradeço por me devolver esta vontade de devorar cada gota diretamente da carne.
 Mate-me! Leve tudo... Apenas traga a minha filha...
O vampiro dá um sorisso.
 Oh... Mas eu não posso fazer isso... Matar você tiraria o meu prazer de vê—lo sofrer.
Novamente o vampiro mostra um outro filme.
Roberto arregala os olhos quando vê a sua filha na tela... No chão...Desfalecida... Cheia de sangue... Abrindo lentamente os olhos ela sorri... Seus dentes... Meu Deus...
 Argh! Eu odeio essa mania que os humanos tem de chamar divindades nestas horas! Que importa... Ela está voltando! Oh... Sim!
 Sua filha logo estará aqui! Assim poderei assistir bem de perto ela degustar a sua primeira refeição.
 Pois é... O natal está indo embora, mas os presentes duram para sempre.
 Ela virá de vermelho e sempre nos encontraremos no natal!


 Boas Festas!

Autor Adriano Siqueira

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Morticia vai a caça - parte 4 - por Stefany Albuquerque


  
Morticia vai a caça - parte 4 - Stefany Albuquerque



Um homem alto de olhos verdes e uma máscara vermelha em seu rosto, seus cabelos negros com algumas mechas brancas, estava sem camisa apenas com uma calça preta e uma capa negra cobria seus corpo. Seu olhos tentava me hipnotizar, mas nada acontecia. Começo a andar em retaguarda sem dizer uma palavra, ele se cala e chega cada vez mais perto.




Encosto na cama e acabo caindo sobre ela. Ele rapidamente segura as minhas mãos e sobe por cima do meu corpo.
— Me solte agora.
Ele começa a rir.
— Me solte!
Ele começa a queimar minhas mãos, mas nada acontece. Ele se assusta, então tenta novamente.
Começo a rir.
— Se era para machucar, vai ter que fazer mais que isso.
Ele me solta e se distancia.
— O que você é?
Surpreendo-me.
— Então fala a minha língua. Bom, porque também sei a sua.
— Você não me respondeu garota insolente.
— Não sabe com quem está falando e ainda quer ser...
Ele me interrompe e vem com rapidez em minha direção e me segura pelo pescoço.
— Não sabe com quem se meteu garota, mas vou acabar com você.
Ele me joga contra a parede com muita força.
— Me diga o que quer? Tem mais vampiros como você aqui?
Começo a rir.
— Não, eu sou o suficiente para você.
Corro até ele e o derrubo com apenas uma chute, ele cai no chão e rapidamente acende um circulo de fogo em volta de nos, ele sai do circulo sorrindo.
— este circulo vai impedir que saia, nenhum vampiro poderá sair dele.
— Me subestima de mais.
Saio do circulo sem nenhum arranhão.
— Você não é uma vampira
— Descobriu a América.
Ele estala os dedos e some em uma fumaça cinza.
Poderíamos ficar a manha toda lutando como cães e gatos, mas ele sabe que não sou quem ele pensa que sou, e agora não sei qual vai ser a sua reação. Ele parece não saber que sou a sua filha. Tenho que sair logo daqui.
Começo a andar até a porta, mas ela se tranca.
— Ai! Que droga.
Logo, vários homens armados me cercam saindo de fumaças cinza. Escuto a voz dele.
— Seus pensamentos estão fechados para mim, diga quem é você demônia ou eles irão acabar com você muito antes que chamem outros.
— Tudo bem então, mas só falo em seu ouvido.
— Não! Fale para todos.
— Sou Lady Morticia Naghtshade, e estou aqui para vê-lo.
Os homens imediatamente abaixam as armas e abrem caminho. Ele aparece.
— Por isso não consegui queimá-la nem machucá-la. Você cresceu tanto, está parecida com sua mãe, agora posso ver a semelhança.
Ele vem em minha direção e me abraça.
Sentimento estanho, mas bom. Sinto que encontrei uma pessoa valiosa, mas também sinto uma dor que aqui guardo em meu peito por anos.
— Senti a sua falta e de sua mãe também. Queria que ela estivesse aqui, ela te amava.
— Eu deveria estar feliz, mas...
— Não está? Não se preocupe, não irei ficar por muito tempo em sua vida.
— Não é isso, é que achei que alguém como você... Esquece.
— Morticia, você pode não me considerar seu pai ou alguém que ame, mas quero que saiba que estive atrás  de você por muito tempo. Desde que te deixei com os Le’Brokens eu já tinha meus receios.
— O que fez você entregar seu sangue para estas pessoas e achar que tudo iria ficar bem?
— Não tive escolha ou eu fazia isso ou você não teria uma família de verdade.
— Nunca tive, sofri durante anos com aquela família, sempre fui à filha bastarda dele, a sangue ruim. Quando resolvi sair, aquele que dizia ser meu irmão, fugiu comigo e contou toda a minha historia.
— Não sei o que ele te disse que a deixou deste jeito, mas posso garantir que não sabia que seria assim.
— Aquele que dizia ser meu irmão morreu pelo fogo que saia das minhas mãos. Ele desejava ser o que eu era, ele queria o poder que eu tinha, ele queria a vida que eu tenho.
— Sei que você passou por muita coisa todos esses anos, sei que nada do que eu fiz te fez me amar, mas agora as coisas vão mudar.
— E como pretende fazer isso?
— Vou te ensinar como lidar com seus dons.
— Já sou bem treinada com relação a isso.
— Não! Queria mas não está, eu poderia ter matado você, mas algo dentro de mim queria saber quem você era.
— Não me subestime pai.
— Até está me chamando de pai, logo poderá dizer isso com muito orgulho.
— Tenho que ir agora.
— Mas mal conversamos.
— Eu tenho que pensar em tudo isso. Eu tinha uma ideia diferente, mas fugiu de meus planos.
— Sabe onde estou?
— Sei sim e não está muito longe de mim.
— Meus servos vão levar você com segurança.
— Sei me cuidar muito bem sozinha. Já faço isso há anos.
Saio rapidamente do quarto.


Volto para o quarto de Igor, o sol ainda está muito forte para sair a caça, estou faminta.
Vou até a cama e vejo Igor dormindo de barriga para baixo todo descoberto. Seu corpo escultural atraiu meus olhos, mas mareava minha mente. Não tinha cabeça para isso, mas desejava o ter em minhas mãos.
— Igor você está me ouvindo?
Ele não responde.
Retiro minhas roupas um tanto rasgadas pela luta que tive com meu pai. Deixando meu corpo nu, saio em direção ao banheiro, precisava relaxar.
Abri o chuveiro e deixei a água correr, a água quente aquecia meu corpo, meus pensamentos se direcionavam as coisas que fiz e que estou a fazer. Durante anos e anos eu procurei meu verdadeiro criador. Mas agora estou tão próximo que não sinto mais essa vontade.
Não sinto fome também, a água que cai do chuveiro me alimenta.
Abro os olhos.
— O que é isso?
Sangue saia do chuveiro, como se fosse água.
Desligo o chuveiro e saio rapidamente do banheiro, sem olhar para traz acaba batendo de costas em Igor.
— O que foi Morticia? Isso é sangue?
— Acho que sim.
— Como? O que houve ai dentro?
— Não sei, eu simplesmente liguei o chuveiro que estava caindo água quente de repente começou a sair sangue.
Ele fica a me olhar.
— Morticia acorde! Acorde!
— Que?
— Acorde você esta ai debaixo desse chuveiro a horas.
— Já está de noite.
— Sim, como foi adormecer ai?
— Não sei! Tive um sonho estranho.
— Vamos, você tem que vestir alguma coisa.
Ele me leva até o quarto e entrega em minhas mãos uma calça preta de couro e uma camisa branca de botões.
— Vista isso.
— E a lingerie?
Ele joga uma lingerie preta com detalhes em roxo. Me visto e vou para sala para me juntar a ele.
— O que houve com você?
— Nada. Só estava cansada e acho que apaguei no banho.
— Isso não é normal. Você já esteve em diversas brigas e batalhas sangrentas mais nunca esteve tão exausta como esteve hoje.
— Talvez esteja ficando velha.
Ele ri.
— É acho que algo mudou em você. Vamos nos divertir esta noite, tenho sede e quero saciá-la. 
— Sim querido, mas antes tenho que ir até a recepção.
— Para quê?
— para ver o quanto vou ter que gastar com esse consumo de água que tive.
— Tudo bem então, vá eu irei me arrumar.
Saio do quarto já pensando em como vou fazer para que meu pai não saiba de Igor. Seus servos não me seguiram, mas também não posso garantir que não irão fazer isso. Tenho que manter meu pai em minhas mãos. Pois quem manda nesse jogo sou eu.
Vou novamente até o quarto onde meu pai está, seus servos estão na porta. Ele fazem reverência e a abre.
— Ele está aqui?
Um dos servos responde.
— Sim! Em seu banho.
Entro no quarto e vou até o banheiro. Ele é enorme, quase um quarto. Em uma banheira redonda ele estava.
— Porque demorou tanto para retornar a me ver?
— tenho coisas para resolver assim como você.
Ele se levanta, seu corpo estava totalmente nu, seu corpo realmente chamava a atenção, mas ainda tinha a máscara sobre o rosto o que me intrigava muito. Ele não parecia se importar com a minha presença, pois estava se enxugando em minha frente sem se quer se intimidar.
— Esta me admirando querida?
Desvio meu olhar.
— Não, você é sangue do meu sangue... Não posso... E nem quero... Ver.
Ele sorri.
— Não sei por que tanta explicação querida. Até parece que não é uma vampira. Aliais como isso foi acontecer.
— Bom... Não é de seu interesse, eu só vim para avisar que vou estar fora esta noite e que seus servos fiquem longe do meu quarto e de todos que estiverem comigo.
— Tudo bem querida não se preocupe, te dou a minha palavra.
— Uma vez você me deu sua palavra, mas ela não valeu nada.
Saio rapidamente do banheiro ele me segura pelo braço.
— Vou te provar que minha palavra ainda tem valor.
Ele retirou sua máscara e a deixou cair sobre o chão, mostrando seu rosto para mim. Seu rosto era belo, seus lábios rubros encantavam meus olhos, avia uma marca negra em sua face esquerda.
 Ele fixa seu olhar em meu olhar, morde seu lábio e beija os meus, o empurro com força.
— O que pensa que...
Antes que eu termine, meus lábios absolvem o sangue, sinto meu copo queimar por inteiro, uma sensação estranha.
— O que fez comigo?
— Fique quieta. Deixe agir, você ficou muito tempo com o seu poder bloqueado. Seu sangue precisa do sangue de sua família, para que possa obter o máximo de poder.
Começo a ficar tonta, rapidamente ele me segura e me deita sobre sua cama.
— Pode doer, mas será para o seu próprio bem.
Ele abre a minha camisa selvagemente.
— Não! Pare... Pare agora!
— Não se preocupe querida, não vou fazer nada que você não queira.
Ele passa suas unhas em meu peito e começa a fazer símbolos desconhecidos para mim. A dor é enorme, quase impossível de resistir, meus gritos eram contidos por uma de suas mãos que tampavam a minha boca.
 Debati diversas vezes até desmaiar.


— Acorde Morticia.
Abro os olhos.
— O que eu faço aqui?
— Não se lembra querida?
Ele se aproxima da cama. A máscara estava de novo em seu rosto.
— O que fez comigo?
— Apenas te deixei mais forte.
— Há quanto tempo estou aqui?
— tempo suficiente.
— Tenho que sair.
Começo a levantar, mas ele me para.
— descanse, você acabou de passar por uma transformação.
— Transformação do que?
— Verá em breve querida.
— Estou cansada de seus mistérios, tenho que sair daqui.
Ele se distancia da cama me deixando sair.
— Bom... Não sou dono de sua vida, mas prezo por ela. Tome cuidado querida, você já não é mais a mesma.
Saio do quarto rapidamente. Entro no elevador, fico a olhar meu corpo, não vejo marcas nem arranhões, não vejo nada de diferente, mas como ele disse estou diferente, algo dentro de mim mudou. E me lembro de ver suas unhas rasgando minha pele.



Chego ao meu andar e vejo Lorde Dri parado na porta do meu quarto.
— O que faz aqui?
Ele me olha com ar de aliviado.
— Por onde esteve?
— Não devo explicações a você.
— Seu segurança foi atrás de mim, ele disse que você desapareceu por seis dias. Aonde você esteve? Suas roupas estão deploráveis.
Seis dias? Eu não entendo parecia horas.
— Onde esteve?
— Bom eu...
Dri não deve saber ainda, acho melhor inventar uma desculpa para ele.
__ Dri eu estou bem, não precisava se preocupar comigo, Igor é um bobo se apavora por nada, estava caçando apenas isso.
— Não sei, você está diferente, não posso nem mais ler a sua mente.
— Eu a bloqueei para que Igor não a lesse.
Ele levanta seu braço perto dos lábios, rapidamente seguro seu braço.
— Para que?
— para nos conectar de novo.
— Não, Dri é melhor assim.
Ele fica a me olhar.
— O que foi?
— Não vai me convidar para entrar?
— Igor deve...
— Ele deixou a chave comigo caso você voltasse e antes que você pergunte, ele foi pegar o irmão dele que chegou de viagem, Stevan.
Entramos no quarto e me sento no sofá.
— Dri. Como Igor deixou você ficar aqui sem briga?
— Bom, não foi bem assim, mas ele não tinha muita escolha. Conheço você muito mais que ele.
Dri tem razão ele me conhece muito bem, viveu comigo muitas historias e fez parte do que eu era.
Levanto e vou até ele, o abraço e encosto minha cabeça em seu peito.
— Há muito tempo você não faz isso.
— Dri eu o amo e você sabe disso, mas você sempre foge de mim, agora entendo o porquê. Você sabe que eu estou em constante mudança e que como sempre estou metida em alguma confusão e não é isso que você quer. Sei que busca conhecer mais sobre o que você é e desfrutar dos prazeres que um vampiro tem.
— Morticia a onde quer chegar?
— Que não sou eu quem deve ficar com você, mas se me der essa chance terá que conviver com tudo isso.
— Morticia parece que você esteve em uma crise de...
— Não Dri eu só quero saber se você esta do meu lado ou não?
— Querida eu sempre estive ao seu lado, não totalmente, mas como você me disse  eu estive com você nos momentos que você mais precisou. Não entendo porque quer tanto que nos tornemos um casal comum.
— Eu o amo.
Ele fixa seu olhar no meu, lagrimas de sangue caem de meus olhos. Ele me beija, seu beijo me deixa sem dizer uma palavra.
Sei que Dri não ira suportar meus desejos e meus planos, mas eu o quero perto de mim.
O levo até a cama e rasgos suas roupas, ele em seguida faz o mesmo com as minhas. Seus beijos suas caricias, era tudo que eu queria naquele momento. Dri diferente de todos os homens que já tive é o único que sabe satisfazer meus desejos. Seu jeito de me dominar era incomum, nenhum mortal ou imortal poderia chegar em sua perfeição.


— Dri o que você sente por mim?
Ele começa a rir.
— Morticia acabamos de transar e você me vem com uma pergunta dessas.
— Homens... todos iguais.
— digo o mesmo de vocês.
Deito ao seu lado e fico a pesar quais sãos os planos do meu pai com relação a mim... De repente escuto batidas na porta.
— Deve ser o Igor, se ele te ver assim vai me matar.
— É até bom, assim ele vai saber quem manda aqui.
— Que no caso não é você.
Dri me olha com o canto dos olhos.
— Vistasse logo.
Pego o lençol e me enrolo nele, vou até a porta e abro.
— O que fazem aqui?
— Seu pai nos mandou para que você venha até ele.
— E o que ele quer, ele me teve em suas mãos por seis dias.
— Não sabemos lady, só cumprimos ordens.
— Então diga a ele que mandarei noticias.
Fecho a porta rapidamente. Dri está parado entre o quarto e a sala a me olhar.
— Então era por isso toda aquela conversa, você o encontrou.


Meu pai sempre foi uma das minhas buscas, mas isso não era para ter poder ou fama, nada disso era o que eu queria. Tornar-me aquilo que foi planejado a mim era o meu único objetivo.
— Dri eu o encontrei e quero voltar a ser como eu era.
— Por um lado isso é bom, pois encontrou seu pai e poderá aprender mais sobre seus poderes, por outro lado você ainda não sabe controlá-los e poderá ferir alguém que ama e o que é pior poderá nunca mais ser quem você é. O mal vai sucumbir sua mente até não restar mais nenhum pingo de compaixão. Poderá nunca mais me ter em seus braços.
— Você disse que estava do meu lado.
Dri começa a me olhar estranho.
— O que há em seus olhos eles estão ficando vermelhos.
Começo a andar em sua direção.
— Você disse que estava do meu lado, você só quis me usar como todas as outras vezes.
— Do que você esta falando, Morticia.
Ele começa a andar para trás, olhava diversas vezes para os meus olhos e para as minhas mãos.
— Você me subestima demais.
Seguro um dos seus braços o arremesso contra a parede, mas ele foi mais rápido e conseguiu desviar.
— Morticia olha o que você esta fazendo. Como pode querer que...
Antes que ele termine o agarro pelo pescoço e o arremesso contra o chão.
— Como pode... Querer que eu fique com você desse jeito?
O solto e me distancio dele.
— Morticia você ainda esta resistindo, mas se continuar vai ser pior que isso.
— Você tem razão, vá e me deixe com minha fúria, não quero te machucar.
— Também não é assim Morticia.
O celular dele começa a tocar.
— Alô?
— Ela já está ai?
— Sim, é melhor você vir aqui para consertar o que fez.
— Não entendi, você não gostou da verdadeira Morticia?
— Igor você fez a escolha errada.
Vou até ele e pego o celular de suas mãos.
— Igor onde está Stevan, ele esta indo para o apartamento agora.
— Bom... e você?
— Estou levando Lady Amanda para visitar alguns amigos de nossa família.
— Mantenha Lady Amanda longe daqui.
Desligo o celular.
— Dri me desculpe pelo que fiz você passar, eu me sinto diferente, realmente meu pai tinha razão. Eu mudei!
— Quero te ajudar, mas isso só será possível se você deixar.
Mordo meu lábio e o beijo ele faz o mesmo.
— Então me faça forte.
— Forte você já é Morticia, só tem que controlar essa força dentro de você.
— Venha quero te apresentar a ele.
— Ele? Seu pai?
— Sim.
— não sei se é certo... Mas temos que saber com quem estamos lidando.
Vou me arrumar saímos em poucos minutos.
Ele fica na sala a se arrumar e escuto alguém batendo na porta novamente.
— Meu lorde você poderia atender.
— Tudo bem, Morticia.


Continua....