- A Vampira do Lotação -
Por Adriano Siqueira
- Olá Greg! Mais uma noite de ida e volta.
Roberto, 32 anos, cobrador, seu turno era das oito da noite as cinco da manhã.
Greg era um motorisma metódico. Preocupava—se apenas com o bem estar dos passageiros e do ônibus.
- Mais um que sumiu. — Dizia o cobrador.
- Eu li o jornal. Notei que eles pegavam nosso ônibus. — Greg dizia olhando para frente.
- Isso não te assusta?
- Muita coisa me assusta... Salário atrasado, greve.
- Nossa! Isso é mesmo assustador. E a kadja?
Greg olha para o cobrador.
– O que tem ela?
– Sem essa... Você treme quando ela pega nosso ônibus.
Greg estaciona o ônibus para pegar alguns passageiros. Eles escutam uma gargalhada. Os dois se olham e engolem seco antes de continuar. Em menos de meia hora de viagem o ônibus tinha mais de quarenta passageiros.
Roberto pega um livro e começa a ler.
- Sabe o que estou lendo Greg?
- Sei... Algo como “falar menos” ou “Como não atormentar um motorista”.
- Nada disso. Estou lendo um livro sobre vampiros.
- Pode parar por ai Roberto. Eu não quero falar sobre isso. A katja é normal.
- Falando de mim...
Um calafrio tomou conta do Greg. Aquela mulher morena de cabelos cacheados e os olhos cinzas bem claros um corpo bem definido. Uma vez por semana ela tomava aquele ônibus.
- De onde você veio?
Acabei de subir. Você não me viu?
- Como consegue fazer isso? Novamente eu não a vi entrar.
- Mágica seu bobo.
O sorriso dela destacam os seus dentes brancos.
- Como vai pagar a passagem hoje Katja.
- Vai ver garoto esperto.
Roberto viu Kadja olhando diretamente em seus olhos. Ela fica bem perto dele. Dá um sorriso e por um momento, ele vê a sua vida inteira passando por sua mente.
- Que livro curioso Roberto!
Ela pisca e desvia os olhos do Roberto segura em um dos braços de um passageiro que estava perto, seus dedos finos passam pela camisa e quando vê que o seu cartão de passe está no bolso da camisa ela vira o homem de frente para a máquina e faz massagem nas suas costas... o homem gosta e vai ficando cada vez mais perto da catraca. Relaxando pela massagem, seu corpo vai um pouco para frente até que o cartão que esta na camisa aciona e libera a catraca. Ela sorri e diz:
- Isso paga a massagem!
Os amigos do homem riem e ele fica enfurecido por ter sido enganado.
- Sua Louca! Devolve minha passagem agora!
- Onde estão os seus modos? Bem. Vamos lá para o fundo que lhe darei tudo que pedir.
Os amigos dele sorriam e cumprimentavam pela sorte que ele tinha. Kadja era linda. Era impossível deixar uma mulher como esta, sozinha.
Greg e Roberto fizeram três viagens de ida e volta. Estavam voltando para a garagem quiando Roberto olhou para todo o interior do ônibus.
- Greg! Me responde... Você viu a kadja descer?
Greg olhou para o Roberto e disse.
- Não. Eu não sei como ela faz isso.
Ele estaciona o ônibus na garagem e descem para acertar os horários. Quando vêem logo a sua frente uma multidão.
- Sai da frente. Precisamos desse ônibus para fechar a entrada da garagem.
- Você está louco... Esse é meu ônibus.
Não! Não é... É da frota e estamos em greve. A multidão empurra Roberto e Greg. Pegam o ônibus e levam até o portão. Jogam gasolina e colocam fogo.
- Parem com isso! Roberto gritava, mas não era ouvido. A bagunça toda organizada pela multidão acabou trazendo varias radiopatrulhas e bombeiros. Os primeiros raios do sol já tomavam conta do local.
Roberto tenta empurrar a multidão, mas é agredido e fica sangrando sentado na calçada.
Greg não consegue tirar os olhos do ônibus em chamas. De repente todos escutam um grito apavorante. Todos se calam. E debaixo do ônibus cai um caixão que estava preso na carroceria e de lá sai uma mulher. Era Kadja gritando e correndo para Greg. Ele estava paralisado... Ela queimava por completo. Ela corria para agarrar o pescoço do Greg, mas quando restava apenas alguns ela parou... Contorceu de dor e caiu a poucos metros dele.
Seu corpo foi desaparecendo até que finalmente transformou—se em cinzas.
Autor: Adriano Siqueira
Por Adriano Siqueira
- Olá Greg! Mais uma noite de ida e volta.
Roberto, 32 anos, cobrador, seu turno era das oito da noite as cinco da manhã.
Greg era um motorisma metódico. Preocupava—se apenas com o bem estar dos passageiros e do ônibus.
- Mais um que sumiu. — Dizia o cobrador.
- Eu li o jornal. Notei que eles pegavam nosso ônibus. — Greg dizia olhando para frente.
- Isso não te assusta?
- Muita coisa me assusta... Salário atrasado, greve.
- Nossa! Isso é mesmo assustador. E a kadja?
Greg olha para o cobrador.
– O que tem ela?
– Sem essa... Você treme quando ela pega nosso ônibus.
Greg estaciona o ônibus para pegar alguns passageiros. Eles escutam uma gargalhada. Os dois se olham e engolem seco antes de continuar. Em menos de meia hora de viagem o ônibus tinha mais de quarenta passageiros.
Roberto pega um livro e começa a ler.
- Sabe o que estou lendo Greg?
- Sei... Algo como “falar menos” ou “Como não atormentar um motorista”.
- Nada disso. Estou lendo um livro sobre vampiros.
- Pode parar por ai Roberto. Eu não quero falar sobre isso. A katja é normal.
- Falando de mim...
Um calafrio tomou conta do Greg. Aquela mulher morena de cabelos cacheados e os olhos cinzas bem claros um corpo bem definido. Uma vez por semana ela tomava aquele ônibus.
- De onde você veio?
Acabei de subir. Você não me viu?
- Como consegue fazer isso? Novamente eu não a vi entrar.
- Mágica seu bobo.
O sorriso dela destacam os seus dentes brancos.
- Como vai pagar a passagem hoje Katja.
- Vai ver garoto esperto.
Roberto viu Kadja olhando diretamente em seus olhos. Ela fica bem perto dele. Dá um sorriso e por um momento, ele vê a sua vida inteira passando por sua mente.
- Que livro curioso Roberto!
Ela pisca e desvia os olhos do Roberto segura em um dos braços de um passageiro que estava perto, seus dedos finos passam pela camisa e quando vê que o seu cartão de passe está no bolso da camisa ela vira o homem de frente para a máquina e faz massagem nas suas costas... o homem gosta e vai ficando cada vez mais perto da catraca. Relaxando pela massagem, seu corpo vai um pouco para frente até que o cartão que esta na camisa aciona e libera a catraca. Ela sorri e diz:
- Isso paga a massagem!
Os amigos do homem riem e ele fica enfurecido por ter sido enganado.
- Sua Louca! Devolve minha passagem agora!
- Onde estão os seus modos? Bem. Vamos lá para o fundo que lhe darei tudo que pedir.
Os amigos dele sorriam e cumprimentavam pela sorte que ele tinha. Kadja era linda. Era impossível deixar uma mulher como esta, sozinha.
Greg e Roberto fizeram três viagens de ida e volta. Estavam voltando para a garagem quiando Roberto olhou para todo o interior do ônibus.
- Greg! Me responde... Você viu a kadja descer?
Greg olhou para o Roberto e disse.
- Não. Eu não sei como ela faz isso.
Ele estaciona o ônibus na garagem e descem para acertar os horários. Quando vêem logo a sua frente uma multidão.
- Sai da frente. Precisamos desse ônibus para fechar a entrada da garagem.
- Você está louco... Esse é meu ônibus.
Não! Não é... É da frota e estamos em greve. A multidão empurra Roberto e Greg. Pegam o ônibus e levam até o portão. Jogam gasolina e colocam fogo.
- Parem com isso! Roberto gritava, mas não era ouvido. A bagunça toda organizada pela multidão acabou trazendo varias radiopatrulhas e bombeiros. Os primeiros raios do sol já tomavam conta do local.
Roberto tenta empurrar a multidão, mas é agredido e fica sangrando sentado na calçada.
Greg não consegue tirar os olhos do ônibus em chamas. De repente todos escutam um grito apavorante. Todos se calam. E debaixo do ônibus cai um caixão que estava preso na carroceria e de lá sai uma mulher. Era Kadja gritando e correndo para Greg. Ele estava paralisado... Ela queimava por completo. Ela corria para agarrar o pescoço do Greg, mas quando restava apenas alguns ela parou... Contorceu de dor e caiu a poucos metros dele.
Seu corpo foi desaparecendo até que finalmente transformou—se em cinzas.
Autor: Adriano Siqueira
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