O Rebanho
Por Adriano Siqueira
Contos de Ficção e Aventura
- O Rebanho -
- Ouço os passos, eles estão me procurando! - Delayti pensava desesperada. - Eu não deveria ter atirado naquele mago!
Correndo para um depósito, Delayti se esconde entre os armários.
Eles param na porta do depósito e vêem a porta entreaberta ... as luzes das lanternas percorrem o local mas não encontram nada.
Quando os capangas estavam se retirando o Mago aparece...
- Ela está ai! Eu sinto seu medo!
Delayti sai do seu esconderijo e atira sem parar. Ela vê uma janela e com a sua arma ,destrói a fechadura, pula e cai nas folhagens conseguindo assim abandonar aquela prédio.
Olhando para a janela o Mago segura uma menina chamada Jane a qual ela deveria salvar, é a joga para baixo. Ele sorri e diz ironicamente:
- Você não a quer? fique com ela agora!
Em uma outra janela ela vê um homem gritando para não fazer isso e que a menina não tinha culpa, mas o mago olha para o menino e diz:
- Você está sendo ludibriado por aquela mulher que fugiu! Eu estou apenas tentando salvá-la! - Aquela mulher é uma bruxa, diabólica e deve ser destruída!
Delayti olha para cima e atira no mago, mas suas balas não fazem nenhum efeito. Ela apenas ouve a risada do monstro que desaparece em seguida.
Ela corre na direção da menina... com lágrimas nos olhos... Delaydi reza para que ela esteja bem pois ela também tinha saltado daquela janela por isso havia uma chance dela estar viva mas chegando perto ela viu que as coisas não eram tão fáceis pois a menina estava com uma adaga nas costas.
Segurando a menina em seu colo Delayti gritou e chorou... Jane, meu Deus era apenas uma criança!
Os homens que ali estavam começaram a atirar ela olhou.. e jurou:
Eu vou voltar!
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Parte 2 -
Delayti Mants é uma detetive que investiga seitas. Seu trabalho é desmascarar uma seita e para revelar ao público o seu charlatanismo! É um trabalho duro, mas ela foi muito bem treinada para conhecer e infiltrar-se sem sair ferida, mas o destino sempre a surpreende.
Um mês depois naquele prédio ela volta, mas dessa vez disfarçada com óculos e roupas mais sóbrias fazendo-se passar por uma jornalista que tinha marcado entrevista com aquele mago.
Ela se preparou para isso... alguns amigos conseguiram com uma composição de plantas que colocado em seu corpo trazia uma nova essência. Algo que o mago não conseguiria distinguir com os seus poderes, mas ela sabia que o efeito não duraria muito tempo.
- Então seu jornal quer conhecer minha adorável casa? Que bom! Finalmente serei conhecido por todos! É necessário que seu mundo saiba que existe uma cura para toda esta baderna mundana que o seu próprio povo criou!
Delayti olha para o mago com vontade de pular em seu pescoço e diz: - Isso mesmo senhor, as pessoas devem conhecer os benefícios de sua religião.
- Então venha comigo e eu lhe mostrarei todo meu paraíso, embora eu ache estranho pois sinto que já nos conhecemos.
Ela sente seu corpo suar e tenta pensar em outra coisa para que ele não descubra o disfarce!
- Talvez tivesse visto as minhas fotos na minha coluna do jornal.
- É! (diz o mago) talvez!
Passeando pelo prédio ela vê as pessoas alegres e vestidas com roupas normais.
- Mago? Diga-me Por quê as pessoas estão sem "uniformes"?
- Bom Jovem senhorita aqui não temos uniformes! Os jovem tem a liberdade de vestirem qualquer tipo de roupa... desde a mais hardcore possível até mesmo roupas de freiras são permitidas aqui!
-Mas não admite rádio, tv, internet? Aposto que o senhor mesmo faz as músicas, trás as notícias e se estou certa deve ser o cozinheiro do local também.
-Anda lendo muitos livros sobre seitas senhorita. Não me acuse sem me conhecer. Sou um homem como eles e sei o quando este mundo pode nos envenenar com seus programas e sua comida, sem falar nas drogas e os perigos de andar a noite. A senhorita pode condenar o mundo, mas condenaria este local? Olhe para tudo que está aqui, a mobilia é nova. Tudo muito bem limpo. Quantos jovens no mundo não pagariam para ter um lugar como este? Aqui estamos todos juntos e felizes.
- E os pais deles?
- Eles me agradeceriam se soubessem que cuido muito bem dos seus filhos e alguns pais nem lembram que eles existem.
- Os pais não sabem?
- Alguns... eles não entendem, acham que isso é uma seita que usa jovens para fins lucrativo, escravos ou prostituição. Você vê isso aqui?
- Posso perguntar para algum deles o que acham?
- Apenas se eu estiver junto. Sabe como é senhorita, esses jovens são muito inseguros e tenho certeza que não falariam com estranhos.
Delayti vê o rapaz que estava na outra janela aquela noite, quieto e parecendo estar dopado.
-Aquele rapaz. Eu gostaria de falar com ele.
-Bom senhoria ele está fazendo um tratamento para se libertar de um vício. Talvez ele não ajude muito, mas pode tentar é claro.
Delayti chega perto do rapaz e fala bem perto do seu ouvido.... Jane!!! Enfurecido o rapaz lembra da Jane a pessoa que ele adorava, mas que o mago assassinou enfiando uma adaga nas suas costas e a jogou pela janela sem nenhum sentimento. Ele olha para o mago e enfurecido e joga a cadeira em sua direção. Porém a cadeira muda de curso e é lançada pela janela. O menino tenta novamente atacar o mago mas novamente o poder é usado e o rapaz é lançado para a janela... Delayti agarra o menino e o coloca no chão. Ela olha para o mago e conclui:
- Você está acabado! Eu gravei todos os seus poderes com a minha câmera escondida. Você será julgado e preso como um demente e morrerá na cadeia por tentativa de assassinato!
O mago olha frio para a Delayti e novamente pergunta: - Eu tenho certeza que já nos vimos.
- Como eu disse mago, sou conhecida por fazer notícia. Mesmo que para isso eu deva me esconder em depósitos.
- Antes de eu ir para a cadeia deixe-me mostrar de onde vem meus poderes. O mago ergue as suas mãos e as crianças caem ao seu redor a energia que elas tem vao para o mago como se ele fosse um grande imã.
- Então você usa os jovens para lhe dar poder?
- E não pode fazer nada, mas eu apenas sugo a energia de crianças por serem mais puras!
Delayti entra na frente das energias que ele estava sugando e diz: - Então me esperimente!
- Não! você vai me envenenar! Eu não posso sugar energias de adultos! - Nãaaaaaooo!
Finalmente ele cai desacordado.
Ela olha para as crianças e as conforta dizendo:
- A brincadeira acabou! é hora de ir para casa.
Autor: Adriano Siqueira
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