terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Quarto Dia de Desespero - Hora de Confessar


Quarto Dia de Desespero - Hora de Confessar

─ Alô!
─ Padre. Eu pequei.
─ Eu não atendo pelo celular.
─ Coloque o celular no confessionário.Tenho algo importante para dizer. É sobre as noticias sobre o vampiro Neculai.
─ Pronto já está no local.
─ Sabe padre, eu menti. Disse que era a fome me fazia matar mas não. Mesmo satisfeito eu continuo, pois gosto de ter o sangue quente retirado de um desesperado em minha boca.
─ Então você é mesmo o assassino.
─ É uma gula padre. Mesmo saciado eu quero mais e passo à noite procurando novas vítimas.
─ Isso deve acabar.
─ A igreja padre. Os Vampiro não podem com ela. Mas eu posso entrar. sou uma entidade. Mas ela não é interessante pra mim. As pessoas que vem sentimentos que não me atraem. Eu gosto mesmo de pessoas desesperadas e com medo. Por isso adoro brincar.
─ Isso não é certo! É sarcástico, insano e tratar as pessoas como brinquedos é obra do demônio.
─ Seguimos uma certa linha em comum padre. O mundo tem mudanças todo o tempo. Já pensou nisso padre? As religiões usam muitos meios para conquistar seus adeptos. Eu só me alimento. Sei que o mundo terminará em uma grande guerra de religiões pois os humanos são egoístas, se acham poderosos. Mesmo que sobre apenas dois humanos na terra eles não serão tratados em igualdade, um será o chefe do outro ou irão se isolar.
─ Existem bons humanos. Seu demônio.
─ Que serão massacrados padre. Eles tem fé e eu a uso para mostrar que o único caminho é o desespero e a entrega. Eles se rendem pois sabem que no fundo não existe nada.
─ Você precisa desistir. Se entregar. Deve aceitar que você não deveria existir. Seu demônio.
─ Mas eu existo padre e não sou um demônio. Demônios gostam de humanos. Quanto mais eles estiverem do lado deles melhor. E eu? Eu só estou com fome. O tempo todo. Como agora e olha só. Eu estou com o seu celular.
─ Não. Devolva.
─ Quantos contatos padre. Irmã Agnes é a primeira que aparece aqui.
─ Por favor. Tenha piedade não faça nada a ela.
─ É só uma conversa rápida padre. Imitando a sua voz, é claro.
─ Irmã preciso da sua ajuda estou trancado no confessionário. Venha rápido.
─ Não! Por favor.
─ Vou ter que amarrá-lo padre. Quero que veja tudo.
─ Padre? Onde o Senhor está?
─ Aqui bem aqui.
─ Ainda bem mas... Oh meu Deus.
─ Sabia irmã. que no primeiro minuto iria clamar por ajuda.
─ O p-padre o que fez com ele.
─ Está bem perto. Vendo tudo. Tudo que vamos fazer.
─ Por favor.
─ Mas isso vai parecer brincadeira perto do que pretendo fazer com sua lista de contatos.
─ Você não pode! Não pode.
─ A igreja é tão grande. Tão segura. Um mostro como eu não deveria estar aqui não é? Não deveria estar ao seu lado irmã. Pronto para arracar toda a sua vida. Não não irmã. Não foi nada que fez. você só estava na lista de contatos mais proxima do padre. Ele foi culpado. Mas vou fazer algo sobre isso. Ele será o próximo. Assim vocês podem ir no mesmo ônibus do lado da janela se quiser. E não se preocupe comigo. Eu cuidarei bem de toda a sua lista de contatos do celular.
─ Eu não vou me entregar a você.
─ Eu sei que não ficaria desesperada tão fácil. Então eu trouxe um presente. Este saco tem o que você mais deseja.
─ Mas m-mas você disse. Não. Não pode. Você o matou! Matou! Assassino!
─ Ah sim! Eu menti de novo! Eu não resisti a fome e matei o padre. A cabeça dele está no saco. Sabia que iria reconhecer. E pelo cheiro parece que você agora está no ponto que gosto.
─ Não N...


Por: Adriano Siqueira

Veja a continuação desta história neste link:
http://contosdevampiroseterror.blogspot.com.br/2015/01/no-limite-do-extase-e-do-desespero.html


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