sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

O Desespero Virtual


O Desespero Virtual
O vampiro Neculai mostra um novo poder

─ Alô Grazi!
─ Quem é? Quem deu meu número para você?
─ Arrogância é a primeira atitude de uma pessoa insegura.
─ Que ousadia! Como se atreve.
─ Me chame de Neculai.
─ Não me importa! Nada que diz me importa! Se for brincadeira de alguém que critiquei.
─ A Deise me deu seu número. Você faz de tudo para destruir algumas pessoas. Eu li seus textos.
─ Se isso é uma ameça entre na fila. Eu não sou um anjo para muita gente.
─ Mas é isso que eu quero. Preciso que você me admire. Me idolatre para os outros. Quero que você seja minha ferramenta para mostrar que sou o melhor vampiro que já se ouviu falar. Me defender dos que não me querem no poder. Você pode fazer isso Grazi. Pode ser o meu porta voz para o mundo. Minha defensora virtual.
─ Espere... Você é o Neculai o vampiro assassino? Você é louco se acha que vou defender você. Aliás o meu próximo texto era para ajudarem a acabar com a sua raça. Não dá para acreditar que vocêtem Fã Clube e muitas pessoas te admirando. É um assassino, manipulador e Psicopata. Nunca vou ajudá-lo! Nunca... mas o que é isso?
─ Gosta do que vê Grazi?
─ São são morcegos coloridos saindo do meu celular e voando pelo quarto... Como faz isso?
─ Sabia que iria gostar. Eles são tão lindos não é Grazi? Estão se divertindo pelo seu quarto.
─ Mas eles são lindos. São reais? Posso tocá-los.
─ Sim... Na verdade são seus. Sempre que disser a palavras "liliac" eles vão aparecer.
─ Tem de todas as cores e eles ficam brincando comigo.
─ Eles podem fazer mais do que "brincar" Grazi. Aliás em um dos seus textos criticos você até falou mal do seu marido. Ele te estressa né. Deixa você louca. Você merece mesmo algo melhor. Por que não mostra os morcegos para ele ver.
─ Ramiro? Ramiro vem ver os meus morcegos.
─ Mas será que você não vê que estou ocupado! Mas... o que é isso? De onde veio essas porcarias. Sai daqui! Para fora já!
─ Neculai ele está nervoso.
─ Não se preocupe. Continue contando o que eles fazem.
─ Os morcegos se jogaram nos seus pulsos e se transformaram em algemas. Agora uma corrente. Eles puxaram seus braços para cima. Ele está acorrentado e amordaçado.
─ Sim e agora você tem uma faca contruida com luz sólida na sua mão.
─ Sim eu... o que faço?
─ Ah... você deve cortar ele. cortes e cortes até ele ficar desesperado. Pode fazer isso por mim?
─ Faço tudo por você Neculai!
─ Arghhh Arghhhhhhhhh
─ Que agora ele está bem desesperado.
─ Eu já estou aqui Grazi. Bem perto dele.
─ E-eu estou vendo você... Seus olhos...
─ Continue olhando enquanto saboreio este sangue com desespero.
─ Vejo que você está sem roupa. Acho que se tratando de como viaja pelo celular as roupas não devem vir junto. Mas tenho uma camisa se quiser está bem aqui na minha cama. Vem Neculai. Vem que eu coloco a camisa para você.
─ Quero que escreva textos me elogiando para o mundo. Quero que destrua com os seus textos todos que acham que são os melhores do que eu. Quero que me defenda e me ajude.
─ Sim. Tudo que quiser. Estes morcegos que me deu serão úteis para mais algumas pessoas que conheço.
─ Os morcegos vão ajudar a se livrar dos restos do seu marido.
─ Você é tão bom para mim Neculai. Eu fui tão tola. Me perdoe por ter dito tudo aquilo sobre você. Eu mereço ser punida.
─ Eu compreendo perfeitamente. Sei como é difícil para os humanos entenderem. Leva tempo.
─ Você é tudo para mim.
─ Vou partir. Antes, eu quero todos os seus contatos. Principalmente daqueles que você critica. Vou brincar com eles.
─ Como você quiser Neculai. Por favor. Apenas deixe-me olhar mais para você. Te admirar mais um pouco.

 Agora adormeça e sonhe comigo Grazi.



Por: Adriano Siqueira

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