Contos de Vampiros - Por Adriano Siqueira
— Helena, desculpe. Sei que estamos casados e temos filhos, mas o nosso amor acabou. Gastou. Não sinto mais nada por você. Vejo você como uma irmã e quando nós homens vemos a mulher assim, é melhor nos separarmos do que tentar resgatar e desgastar também as nossas lembranças. Sinto muito.
Ângelo pega as malas e sai. Helena fica sentada no sofá. Pernas cruzadas, braços cruzados. Ela não chora. Fica naquela posição por um bom tempo. Olha para cada canto da sala até que vê a estante e, olhando bem devagar, os nomes dos livros, vê o livro "Vampiros". Finalmente desperta da sua angústia, corre até o telefone e liga para seu melhor amigo.
— Rodrigo, ele já saiu.
Eram quase dez da noite quando Ângelo chega na casa de Denise. Ela o abraça cheia de desejo. Ela tem 21 anos e é virgem. Tratava Ângelo como um rei e sabia que, aos poucos, cativaria o amor dele. Por isso se reservou. Até hoje.
— Denise... Tem certeza?
— Claro que tenho, Ângelo. Eu sempre sonhei com esta noite. Nós dois, juntinhos. Por favor, venha agora. Eu estou... Ah, deixa de conversa e vem logo para cama. Quero você inteiro.
Ângelo vai para a cama e a abraça carinhosamente, beijando-a nos lábios. As mãos dela afagam seu rosto. Descendo até o seu peito, a intensidade do beijo aumenta. Fica mais ardente e mais forte. Ela morde os lábios dele, borrando o seu rosto de sangue sem que ele perceba. Suas unhas arranhavam a sua pele. Mais! Ela dizia louca e se mexia como uma cobra se arrastando pelo deserto. Mais! Ela queria mais! O corpo já estava em brasa. Era inevitável. Era imprescindível. Tinha que ser agora... E finalmente acontece. Era quente... Úmido, o corpo dela queria mais fundo, mais forte. Quando ele consegue, ela grita de prazer. Seu corpo endurece como pedra e Ângelo percebe que alguma coisa estava errada. Como se os ossos dela estivessem andando pelo corpo. Ele arregala os olhos, assustado, olha para a sua face endurecida com muitos músculos e veias ressaltadas. Ela finalmente grita.
Os seus dentes pontiagudos, fazem com que o Ângelo saia da cama.
Ela uiva.
Ele procura algo para se defender.
Ela rosna e salta em sua direção, mas é agarrada pelos cabelos por um homem.
— Este homem não!
Ela se debate, descontrolada, e ele a joga para o outro lado do quarto.
— Ele é meu! – Ela dizia rosnando em posição de ataque. Quando o estranho responde:
— Atreve-se a reagir?
O corpo do vampiro se modifica. Agora era um lobo. Salta ferozmente, sem piedade, e morde o pescoço da criatura. Ela uiva, rosna e enfia suas garras nas costelas do lobo que sangra, mas ele persiste e aprofunda mais a sua mordida até que ela perde a sua força e seu corpo fica pendurado na boca do lobo, que morde ainda mais fundo até que finalmente arranca a sua cabeça e brinca com ela chacoalhando de um lado para o outro, espalhando sangue por todos os lados.
Ângelo presencia toda a briga. Fica no canto, encolhido esperando sua hora. De repente, uma mão é estendida para ele.
Ângelo pega as malas e sai. Helena fica sentada no sofá. Pernas cruzadas, braços cruzados. Ela não chora. Fica naquela posição por um bom tempo. Olha para cada canto da sala até que vê a estante e, olhando bem devagar, os nomes dos livros, vê o livro "Vampiros". Finalmente desperta da sua angústia, corre até o telefone e liga para seu melhor amigo.
— Rodrigo, ele já saiu.
Eram quase dez da noite quando Ângelo chega na casa de Denise. Ela o abraça cheia de desejo. Ela tem 21 anos e é virgem. Tratava Ângelo como um rei e sabia que, aos poucos, cativaria o amor dele. Por isso se reservou. Até hoje.
— Denise... Tem certeza?
— Claro que tenho, Ângelo. Eu sempre sonhei com esta noite. Nós dois, juntinhos. Por favor, venha agora. Eu estou... Ah, deixa de conversa e vem logo para cama. Quero você inteiro.
Ângelo vai para a cama e a abraça carinhosamente, beijando-a nos lábios. As mãos dela afagam seu rosto. Descendo até o seu peito, a intensidade do beijo aumenta. Fica mais ardente e mais forte. Ela morde os lábios dele, borrando o seu rosto de sangue sem que ele perceba. Suas unhas arranhavam a sua pele. Mais! Ela dizia louca e se mexia como uma cobra se arrastando pelo deserto. Mais! Ela queria mais! O corpo já estava em brasa. Era inevitável. Era imprescindível. Tinha que ser agora... E finalmente acontece. Era quente... Úmido, o corpo dela queria mais fundo, mais forte. Quando ele consegue, ela grita de prazer. Seu corpo endurece como pedra e Ângelo percebe que alguma coisa estava errada. Como se os ossos dela estivessem andando pelo corpo. Ele arregala os olhos, assustado, olha para a sua face endurecida com muitos músculos e veias ressaltadas. Ela finalmente grita.
Os seus dentes pontiagudos, fazem com que o Ângelo saia da cama.
Ela uiva.
Ele procura algo para se defender.
Ela rosna e salta em sua direção, mas é agarrada pelos cabelos por um homem.
— Este homem não!
Ela se debate, descontrolada, e ele a joga para o outro lado do quarto.
— Ele é meu! – Ela dizia rosnando em posição de ataque. Quando o estranho responde:
— Atreve-se a reagir?
O corpo do vampiro se modifica. Agora era um lobo. Salta ferozmente, sem piedade, e morde o pescoço da criatura. Ela uiva, rosna e enfia suas garras nas costelas do lobo que sangra, mas ele persiste e aprofunda mais a sua mordida até que ela perde a sua força e seu corpo fica pendurado na boca do lobo, que morde ainda mais fundo até que finalmente arranca a sua cabeça e brinca com ela chacoalhando de um lado para o outro, espalhando sangue por todos os lados.
Ângelo presencia toda a briga. Fica no canto, encolhido esperando sua hora. De repente, uma mão é estendida para ele.
— Venha, Ângelo! A sua mulher o espera.
Por Adriano Siqueira
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