O paraíso das crianças
China Girl estava esperando a sua filha Mayara na porta da escola.
Mayara encontra com sua mãe e elas entram no carro. A menina acessa o seu monitor virtual verifica muitas janelas virtuais e pesquisas.
Sua mãe fica orgulhosa de ver sua filha sempre estudando mas se preocupa um pouco sobre a sua forma de agir. Crianças devem brincar e aproveitar essa idade. Ela diz para a filha que seria bom irem em algum parque.
Mayara concorda mas não desliga as suas telas virtuais que passeiam dentro do carro.
China Girl acha que Mayara puxou muito o seu pai. Ele não desliga nunca e ela também as vezes fica muito ansiosa.
Ela acredita que o mundo abre portas demais para informação, isso tem feito com que as pessoas absorvem mais conteúdo, mas não tem tempo de usar o que aprendem. Isso afasta as pessoas. Deixam de conhecer a vida e do que as pessoas precisam.
Enquanto a China girl pensa sobre isso. Mayara fica feliz e diz para a mãe o que encontrou. Sua mãe olha rapidamente um vídeo que fala sobre crianças que sorriem com pequenos presentes. Essas crianças não tem recursos para ter muitos presentes dos pais. A vida cobrava muitas contas e geralmente a doação era mesmo a única forma de presentear estas crianças.
China girl viu que a Mayara era uma criança especial. Poucas crianças se preocurariam com isso. Ela continuou a pesquisa e foi descobrindo mais sobre ONGs e associações que recolhiam doações e também produziam programas diversos para as crianças.
As informações sobre como ajudar eram bem explicadas. Mas, ainda tinham os que trabalhavam em serviços comunitários para acelerar ainda mais os recolhimentos e entregas dos presentes. Esses trabalhos comunitários são os que fazem este mundo ter um equilíbrio.
E é muito gratificante ver uma criança sorrir ao ganhar o seu presente. China girl vê a sua filha sorrindo tanto ao ver os vídeos desses trabalhos que a o deixa emocionada.
Mayara pega o celular e liga para o seu pai. O Neculai
Ele atende e ela conversa sobre as doações para crianças. O pai dela conhece bem isso. Todas as suas empresas tem fundos destinados à doações de todos os tipos. Deise cuida de tudo. Principalmente a entrega de produtos perecíveis que precisam de atenção maior. E as empresas de brinquedos tem relações com as empresas do Neculai e fornecem alguns produtos em datas comemorativas como Natal e Dia das Crianças e assim são também distribuídas em comunidades da região. Tudo é monitorado por empresas de segurança para garantir a entrega dos brinquedos para estas crianças. Mayara pergunta se ele já teve problemas com entregas deste tipo. E ele disse que já teve sim e lembra que um rapaz que se dizia porta voz da comunidade, pegava os produtos e fazia com que os próprios moradores vendessem nos transportes públicos e assim eles podiam pagar o seu aluguel na comunidade.
Seu pai resolveu do jeito dele essa situação. Mas sempre existirão aproveitadores que querem conquistar mais dinheiro explorando os menos capacitados.
Neculai lembra bem que é importante verificar a veracidade das informações. Checar números de telefone das empresas que ligam pedindo doação e também os que nos param nas ruas dizendo que são de associações desconhecidas.
O pai conta para a filha a sua experiência pessoal. Ele comprada dois sacos de brinquedos com o dinheiro que economizava e levava estes sacos para escolas comunitárias que cuidavam de crianças e também para algumas igrejas. Mas isso teve ajuda da sua mãe que dizia que os brinquedos do Neculai tinha um custo e que deveria ser repassado para outros. Isso fez com que o Neculai cuidasse mais dos seus brinquedos. Pois sabia que um dia alguém brincaria com eles. E essa foi uma forma dele não se apegar as coisas que tinha. Roupas e brinquedos não devem ficar abandonadas com tanta gente que precisa. E é gente demais precisando.
Mayara agradece o pai pela conversa.
Antes que ela desconecte fãs telas virtuais espalhadas pelo carro. Ela percebe algo incomum. Um fluxo de energia em forma de gotas de chuvas passavam de uma tela para a outra. A sua mãe percebe que algo estava errado.
Era realmente algo que passava de uma Tela para outra. China Girl liga o seu traje elétrico azul e em sua mão aparecem detentores de anomalias elétricas. As vibrações conseguem puxar o elemento que pulava de uma tela para a outra. Ela segura um ser transparente pequeno que mais parecia um peixe.
A Mayara consegue desligar suas telas virtuais. A china girl percebe que a criatura parou de debater e a solta. Por um tempo aquele peixe flutua dentro do carro. E logo em seguida começa a se mexer e a passear pelo interior do carro como se tivesse em um aquário. Ele joga alguns raios elétricos mas a Mayara não sente dor. Sou um pequeno arrepio.
Ela sorri quando o peixe passa pelas suas mãos. E passa um pouco de energia.
Sua mãe imagina que seja mais uma criatura que apareceu de outra dimensão. O peixe toca o rosto da Mayara e ela ri.
China girl e Mayara se perguntam como será que ele se alimenta. E o peixe começa a tocar em todo o carro. Até ver o celular. Ele mergulha por dentro do celular e aparece novamente como se fosse o mar. Ela fica mais colorida.
Mayara pergunta para a mãe se ela pode ficar com o peixe e a China girl responde que sim, mas teria que cuidar dele.
Com o peixe brincando no celular, as duas retornam a conversa sobre os brinquedos.
Quando chegam em casa Mayara solta o peixe dentro de casa e ele começa a passear por todos os cômodos.
Mayara entra em contato com alguns amigos e sugere a criação de um grupo para arrecadar brinquedos. Eles aceitam e os membros dos grupos aumentam muito. A sua mãe diz que ela pode inclui-la e o seu pai também.
em pouco tempo o grupo tinha mais de 80 porcento dos alunos da escola e ela mesma foi falar com a Diretora da escola para que uma sala fosse reservada apenas para os brinquedos. Com isso a Mayara passou o número da sala e muitos alunos ao chegar na escola foram entregando para a coordenadora os brinquedos recolhidos.
Boa parte da sala estava carregada de brinquedos.
Mayara tirou muitas fotos e espalhou pelo grupo de sua rede social e as fotos foram parar em grandes sites que falaram desta iniciativa criada por esta pequena jovem de doze anos.
Em pouco tempo a ação se repercutiu em outras escolas e em pouco tempo o país inteiro estavam abraçando a ideia. Os brinquedos não eram distribuídos em comunidades e nem em igrejas. As próprias crianças acompanhadas dos pais ou tambem donos de internatos iam buscar os brinquedos em suas escolas mais próximas.
A secretaria da cultura parabenizou essa ideia da Mayara e ela recebeu uma medalha sobre a sua iniciativa em ajudar as crianças.
O projeto criado pela Mayara recebeu o nome de "paraíso da criança".
A china girl e toda a família comemoraram juntos todo o sucesso da filha.
Texto: Adriano Siqueira e Maria Dutra
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