Sobre lobisomens
Texto
Adriano Siqueira
Os vampiros e os Lobisomens sempre estiveram bem próximos.
As lendas dos dois seres sobrenaturais tornaram-se comum na literatura, nos filmes nos quadrinhos e tomaram força no RPG. Um sempre acompanhando o outro, seguindo praticamente uma ordem cronológica de quando o assunto Lobo entrava era porque os assuntos sobre vampiros já estavam em alta.
A história da humanidade é compartilhada pelos deuses animais para demonstrar poder e força. Existem muitas crenças religiosas que caminham sempre em devoção aos animais, tanto no Egito, na India ou no Japão. Verdadeiras feras ou animais que se tornam religiosos e abençoados, por vezes intocáveis e sagrados. Estes deuses geralmente nasciam de uma união sagrada de um animal com um humano como no caso de Buda quando sua mãe sonhou que estava com um elefante. E Maria que antes de ter Jesus teve a visita de um pombo.
Em Roma , a origem sobre Rômulo e Remo (não é um conjunto sertanejo) amamentados por uma loba chegou a virar um símbolo dos grandes adoradores de licantropia.
Lycaon era um grande rei que foi amaldiçoado por Zeus e foi transformado em lobo.
Vrykolakas (que também é vampiro) chegou a ser comparado com um ritual eslavo onde o homem se vestia como lobo.
Os dácios, povo que fazia parte da romênia chegavam a fazer rituais para receber o espírito do lobo.
A grande partipação dos lobos sobre o homem vinham sempre através dos rituais e grande parte dos vampiros dominavam estes espíritos pois os lendários vampiros tinham o poder de comandar todas as criaturas noturnas e o lobo faz parte destas criaturas.
É curioso perceber a lenda do lobisomem no Brasil é muito mais forte do que a dos vampiros.
A primeira novela a falar sobre lobisomens foi a novela Saramandaia (1976), em que o professor Aristóbulo (Ary Fontoura) se transforma em lobisomem.
Esta lenda brasileira sobre lobisomem é muito conhecida no estado de Minas Gerais onde algumas portas eram arranhadas á noite e as marcas eram bem em cima da porta.
Na década de 70 com a criação de revistas de terror a Marvel também tinham os seus lobisomens nas maravilhosas histórias do Jack Russel e também do filho do JJ Jamerson, John Jameson o homem-lobo, inimigo do Homem-Aranha e muitos desenhistas nacionais também escreviam e faziam histórias de lobisomens.
Nesta mesma década também tinhamos os desenhos animados ao qual destaco o Bicudo, o lobisomem que não precisava se transformar a noite, apenas olhando uma foto de lua cheia era o suficiente para se transformar e ajudar os amigos.
E não devemos esquecer o famoso seriado que passava na globo chamado de “O Lobisomem Ataca de Novo” que passou quase no final da década de 80
Aqui no Brasil além da novela Saramandáia tivemos ainda a força nas histórias em quadrinhos. Na década de 80 existiam as “HISTORIAS REAIS DE LOBISOMEM” da editora Capitão Mistério.
O brasileiro Marcos T. R. Almeida, grande conhecido produtor de muitos curtas de terror, produziu também em quadrinhos em 2007 o “Horror do Lobisomem”
E até o Maurício de Sousa homenageou o lobisomem fazendo o Lobi e que agora vai para o cinema com toda a turma do Penadinho.
O Brasil terá em breve um filme gravado por aqui sobre lobisomens, O nome do Filme é “Lobo” onde um homem vai descobrir suas origens de lobisomem na Amazônia. Este filme será dirigido por Ezna Sands.
Estas são apenas algumas curiosidades que encontramos no Brasil sobre lobisomens.
Embora o lobisomem signifique o lado masculino da humanidade por apenas aceitar indivíduos machos na maior parte da sua alcatéia, era muito raro que os lobos tivessem relações com várias mulheres, pois os lobisomens aceitariam apenas uma mulher de confiança e esta mulher é simbolizada como uma mãe que cuida deles quando eles se machucam em suas batalhas. É comum ver, nas lendas de alcatéias, uma mulher andando entre os lobos. A amizade e o amor que os lobos tem pelos seus irmãos é superior ao dos vampiros. Eles protegem os irmãos mais fracos e este amor é raramente substituído por uma mulher. A alcatéia é intocável e só uma mulher, escolhida entre eles, tem a confiança da alcatéia para cuidar e dar o equilíbrio necessário para mantê-los sempre unidos.
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