terça-feira, 23 de novembro de 2021

Conto de vampiro - Maria Dutra

 



—Boa noite rapaz!

—Boa noite moça.

—Você vem sempre aqui?

— Só quando procuro algo para beber.

—Então somos dois, você pode pagar um vinho para mim.

 —Não , não  posso! Vai amolar outro. Saia de perto de mim.

—Eh! Já vi que você não está a fim de conversa. Eu tinha uma coisa boa para te oferecer em troca de uma bebida e quinhentos  reais. Mas parece que você não está pra diversão  hoje. Vou procurar  outro cliente. 

—Já te pedi pra me deixar em paz! Não quero nada com você nem com nenhuma garota. Só vim beber um pouco mesmo.

.—Calma! Me ponha no chão meu pescoço  está doendo! Quase não consigo falar.

—Maldita mulher! Saia da minha frente ou eu, eu. 

—Cara beber você não bebeu, mas deve ter cheirado algo pesado, tu está com os olhos vermelho como fogo, consigo até sentir o fogo dos seus olhos me queimando. Tu não está normal.

— Você acredita em desejos?

— Claro que sim bonitão é tudo que os homens vem buscar aqui. Diferente de você que veio beber e tá segurando a grana. Aqui ninguém faz nada de graça não. Nem conversar é de graça. Mais uns cinco minutos aqui com você eu já te cobraria uns 200 reais por ter a minha atenção. Vai pagar? Se não pagar já estou indo. 

—Não vá! Eu te desejo, te quero, preciso de você.

— Eu sabia que você não resistiria aos meus seios fartos, asinhas cochas grossas e firmes. Meus glúteos avantajados não passam  despercebido. Vamos pro quarto.

— Dance pra mim garota, dance enquanto eu te aprecio da cama. Você terá um único momento comigo e irá sentir o que é o prazer de alguém que está a duas semanas sem beber um gole, uma única dose. Dance , Dance. Estou ficando excitado.A minha saliva está ficando grossa, te desejo de mais.

— Você gosta assim, danço bem prefere que eu tire a lingerie ou curte com ela.

—Prefiro que tire, jogue aqui na cama, vou precisar dela. O cheiro está bom. Agora Dance. Dance estou no clima.

— Se vira de costas e continue dançado, feche os olhos que eu já estou chegando.

—Aí! Que mãos fortes você tem! E quentes também. Sabia que o clima entre a gente iria esquentar. Agora me beija, me beija e me deseja. 


— Claro!  Só preciso de uma bandeija. 

—E pra que você  precisa de uma bandeija? Aí! Você me machucou! Você me mordeu. Aí! Solta o meu cabelo. O que é você?

—Calma que agora vai ficar indolor. Deixa eu tomar o seu líquido precioso. Que aroma  Mara maravilhoso. 

— O que está acontecendo comigo? Acho que vou desmaiar.

— Não desmaiei agora quero que veja isso. 

— Ah não socorro.


Katacana


— Poxa vida sujou a minha lâmina com o sangue. Nada melhor que me embebedar em seu sangue. Você sabia que você é a minha terceira vítima essa noite? Não? Não sabe! Tadinha! Morreu. Preciso pegar a bandeija e fazer a devolução na cozinha. Opa! quase esqueço o meu troféu. 3 calcinhas em uma noite. Estou ficando viciado. E essa tem uns bordados de coração bem detalhado. 


— Boa noite senhor! Não deveria estar nesta área. Ela é restrita.

— Mas eu só vim deixar a bandeija pra facilitar o trabalho de vocês.


– Aaaaaah!

— O que houve?

— A cabeça, a cabeça da Rafaela está na bandeija Fernado.


—Segurem esse homem, Ele é um assassino.


E o vampiro colecionador de calcinha sumiu naquela multidão.


Ninguém o encontrou.


O colecionador de calcinhas

Por Maria Ferreira  Dutra.

@_maria_dutra_

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