quarta-feira, 25 de setembro de 2019

A lenda de Chygadcarius Oids




A lenda de Chygadcarius Oids
Por Maria Ferreira Dutra e Adriano Siqueira



Eduardo Aliterce um jovem rapaz de 22 anos, morador da cidade de Minas Gerais, decide passar  seu primeiro carnaval na década de 70 no Rio de janeiro, onde conhece uma linda jovem, de olhos azuis e cabelos vermelhos encaracolados.
De aparência sedutora, a jovem  chamava a atenção de todos, inclusive a de Eduardo Aliterce, um lindo jovem que também chamou a atenção da Eizabernina.
Eles se entre olharam e começaram a conversar, ficaram juntos, dançaram, beberam, se divertiram muito.
Por volta das 2:40 da manhã Eduardo pergunta a Elizabertina se ela quer que ele a deixe em seu hotel, ela responde que prefere ficar no hotel dele.
Os dois seguem para o hotel, tiveram relacionamento íntimo , até que num dado momento Elizabertina mostrou realmente quem ela era, dando-lhe uma mordida dolorosa em seu pescoço. Eduardo se assusta, reclama de dor e pergunta o que ela estava fazendo.
Logo ele sente seu sangue sendo sugado, seu corpo estava fraco, ele não tinha força para reagir.
Como era carnaval Eduardo Aleterce não percebeu que se tratava de uma vampira de verdade.
Eduardo fica em pânico, pois sabe o que acontecerá com ele de agora em diante, nunca mais será somente um humano.
Elizabertina se despede de Eduardo dizendo "essa noite vai ser inesquecivel para você". Deixa o local e nunca mais os dois se veem.
Eduardo não aceita aquela condição, não acredita no que estava acontecendo, seu corpo já começa dar sinais de que ele agora era um mutante; de dia como humano e de noite como vampiro.
Ele pensava com poderia esconder isso de todos e inclusive da família.
Seus gostos e sua alimentação estavam mudando e ele só sentia vontade de se alimentar de sangue , principalmente a noite.
Não querendo ser descoberto Eduardo  começou a se mudar de um pais a outro com muita frequência, onde fazia as suas vítimas por necessidade de sangue.   
Eduardo sente a necessidade de visitar a sua família e volta para o Brasil.
Já no Brasil, conhece uma moça em um bar, era a Márcia Leolana dona do estabelecimento,  muito conhecia por todos que moravam naquela região.
Eduardo pede uma cerveja, e a Márcia o entrega perguntando-o se poderia se sentar à mesa com ele.
Márcia estava curiosa com o Eduardo, pois não o conhecia e os dois passaram a noite conversando.
Seu Olávio um pescador da região exagerou um pouco na bebida, bebeu demais e não conseguia andar sozinho. Já era madrugada e a Marcia Leolona estava prestes a fechar o bar e disse para os cliente que levaria o Olávio para casa dele.
Eduardo  toma a sua última cerveja e se despede da Marcia , no meio da rua começa a sentir um gosto de ferrugem na boca, era a vontade de se alimentar de sangue chegando. Ele dava volta desesperada pelo local, queria vencer aquela vontade.
Já era madrugada, quase todos já estavam dormindo e ele escuta um som gostoso vindo do rio e vai verificar. Logo reconhece aquela mulher, era a Márcia, Eduardo olha surpreso para ela, pois ela ao invés de pernas tinha uma grande nadadeira.
Márcia percebe que Eduardo a viu e exibe a sua deslumbrante calda,os dois sorriem e ela o chama para a água. Desde então eles se encontravam muito, era uma paixão diária.
Ninguém nunca soube que a Márcia era uma sereia até que o Olávio o homem  o qual ela tinha deixado na porta de casa não entrou em casa, voltou para a rua e ficou vagando e nessa ele pode observar o que tinha acontecido entre a Márcia e o Eduardo  descobrindo o segredo dos dois.
Os boatos foram passando de boca em boca , ate que uma noite  os pescadores  entraram no mar para pescar a sereia que era uma figura muito mal vista pelas moradores e principalmente pelas mulheres que tinham medo que ela seduzisse seus maridos e os levassem com ela.
Eduardo fica sabendo da tentativa de caça a sereia e corre para esperá-la na beira do rio, mas não chega a tempo, ela estava ferida com um arpão em seu peito, tocando em seu rosto, Márcia  pede para que ele cuide de seu filho que ainda era muito pequeno,  ela aponta para um local onde a criança esta e morre.
Muitos pescadores que participaram daquela noite ficaram estranhos, alguns enlouqueceram e outros se mataram afogados outros saíram com sua família daquela região.
Eduardo jura vingança, mas ele não tinha como fazer nada agora com seu filho no colo e ele partiu da cidade.
Após essa barbárie poucos falavam sobre esse assunto, o medo era algo que tinha tomado conta da população.
Muitos achavam que a morte daquela sereia seria vingada como prometeu Eduardo.
Ano de 1990 Um homem bonito, bem vestido e de cabelos longos e lisos chega a cidade, estava procurando um local para ficar.
Conseguiu uma vaga na pousada  Navegadores, uma das melhores da região. O jovem se apresenta como um biólogo que estava ali só de passagem pois estava estudando a vida marítima daquela região inclusive a dos peixes. Depois de descansar na pousada por umas duas horas resolve descer e conversar com as pessoas no saguão da pousada , começou especular informações sobre a morte da sereia, mas as pessoas se desviavam da conversa, pois tinham medo daquele ocorrido, não tocavam nem no nome da sereia, com receio dela aparecer para assombrá-los.
Depois daquele dia nenhuma menina foi mais registrada com o nome de Márcia naquela região.
Márcia virou um nome de agouro superstição, achavam que se a criança recebesse esse nome, a sereia viria buscá-la.
Bem, pela boca do povo ele viu que não iria descobrir nada, pegou um folheto na pousas para ver o que tina de turismo na região, descobriu um Museu que tinha uma exposição permanente que falava da vida marítima daquela região, foi visitando todas as salas e registrando tudo.
Chegando na sala F do Museu Paranaense  avistou um quadro que mostrava ,  a foto dos pescadores matando a sua mãe , tudo isso com muitas risadas, gritos e gestos de vitória.
Um dos pescadores jogava bebida na cabeça da sereia  dizendo que seria um tempero a mais para seu almoço em sinal de deboche, visto que a sereia tem  característica de peixe. Uma placa indicativa da foto mostrava  do que se tratava a foto e o nome dos pescadores que a mataram: Lucas Oliveira Pereira, Gabriel Carvalho Nogueira, Rafael Pinheiro Pinho, Marcelo da Silveira Ramalho , Bruno Barbosa da Videira, Matheus dos Santos, Guilherme Azevedo Dias, Felipe Amaro Rocha, Luiz Paulo Pedroso, Pedro Henrique de linhares, Carlos José de Abreu e  Miguel Santana Venoso.
Na outra parede tinha fotos de homens brigando, munidos de pedras , paus, vara de pescar, garrafas de bebidas, faca, facões,arma de fogo . Uns lutavam  em defesa da vida da sereia e outros a favor da morte.
Do lado dessa foto também tinha uma placa com o nome dos pescadores que lutavam a favor da sua vida: José Amado de Braga , joão Miquerino Novaes, Antônio Cezar Medeiros, Luis Perreira de oliveira, Marcos coelho Soares, Paulo Manuel de Miranda,  Gustavo da Fonseca Negreiro e  Rodrigo Bartolo Avilar.
Tudo é anotado e fotografado o rapaz sai do museu e vai  até o bar da pousada em que está hospedado e pede um drinque ao barman que o perguntou se ele tinha chegado agora a pouco na cidade  e o que estava achando do local qual era o seu propósito.
O turista da um sorriso e diz que já havia dado a saída dele por hoje.
O barman tenta uma conversa e perguntou o seu nome.
E ele disse que se chamava Marius Desmodus Mabaité. Marius pega o copo e bebe olhando para o barman em seguida coloca a mão no pescoço dele e aperta com força perguntando como ele se sentiu ao assassinar a sua mãe e o joga no chão. Pega uma faca e corta o seu pescoço.
A pousada estava cheia, Marius avisa que tinha vindo pra vingar a morte de sua mãe, assim como seu pai o vampiro Eduardo Aliterce havia prometido.
Os hospedes se desesperam e saem atropelando uns aos outros para fugir de Marius.
A mulher do barman estava nos fundos do bar, Marius a agarra e a sufoca de maneira a não matá-la e sim só desmaiá-la pega ela a leva para o seu quarto, ao entrar percebeu em seu quarto percebeu que ele havia sido invadido, pois tudo estava remexido, folhas jogada para tudo que era lado.
Isso o deixou preocupado pois parecia que  alguém já havia descoberto os seus planos de caçar um a um os assassinos da sua mãe.
Marius revista o quarto todo, achando que ainda poderia encontrar alguém escondido em lá dentro, mas não encontra ninguém, então ele olha pela janela para ver se avistava algum suspeito , mas a rua estava vazia.
Quem entrou em seu quarto já havia saído. Apesar de ter tudo revirado Marius não sentiu falta de nada.
Mas o que essa (as) pessoa(as) procurava na casa dele? Ficou o mistério.
Marius pega a Solange esposa do barman e a leva para o fundo do mar fazendo uma respiração mecânica nela.
Era noite de lua minguante fase da lua em que Marius perdia a sua característica humana e se transformava em  um Chygadcarius Oids, mistura de peixe , homem e vampiro após a mutação  ele percorre por baixo da água todas as casa a procura dos que mataram a sua mãe. Passando pela oitava casa Marius avista um homem fumando e bebendo , olhava pela janela e jogava um pouco de bebida no chão, Mario percebeu que se tratava do mesmo homem que jogava bebida no rosto de sua mãe como estava retratada a cena na fotografia do Museu, imediatamente ele  dá uma rabana na casa de palafita derrubando a casa e o  homem cai na água, os dois entram em luta corporal, na luta Marius pergunta por que os pescadores mataram a sua mãe e o pescador responde que eles a mataram por que ela estava seduzindo os homem para levá-los  para o  fundo do mar e amamentar seu filho com o sangue dos pescadores. Marius então responde para ele que aquele filho que a sereia alimentava era ele e sem piedade devora a sua vítima. Marius pega  Nilceia a esposa do pescador a desmaia e a leva para junto  da Solange que também encontrava desmaiada na praia.
 Com todo aqueles gritos e brigas logo aparecem outros moradores e um deles aparece com uma arma e atira várias vezes em direção a Marius, mas não consegue acertar nenhum tiro, Marius pega as meninas na areia e as levam com ele para as profundezas.  Prometendo voltar em breve.
Sabia-se que Marius pegava as mulheres para transformá-las em suas escravas, as alimentava com algas e outros vegetais que as deixavam parecendo mulheres zumbis  que mas tarde se aliariam a ele para destruir todos  os humanos que pretendesse  caçar outras sereias.


Ano 2000, era uma noite de lua minguante, fase da lua preferida pelos pescadores naquele ano para pescar.
No barco haviam  6 homens conversando enquanto jogavam a redes, duas horas de pesca e não conseguiam pescar nada, até que percebem um leve movimentos na água e resolve jogar a rede de novo, os pescadores sorriem e comemoram o peso da rede comentando " dessa vez tivemos sorte, conseguimos alguma coisa a rede está bem pesada"
Começam a subir a rede e percebem que o peso diminui,a rede volta vazia e com um enorme buraco para a estranheza dos pescadores.
Os pescadores acharam estranho pois não era comum um tubarão fazer aquilo, preocupados recolhem a rede e em instante  o barco começa a balançar muito e rastro de ondas se aproxima do barco em  movimento circulatório.
Todos param  para olhar a água, mas não conseguem ver nada e não  sabem o que está acontecendo.
O coração bate forte e um início de pânico a aparecer nos pescadores, de repente o lado direito do barco começa a tomba  para a direita e então começa o desespero dos pescadores.... 
 - Meu Deus!                             
 - O que é isso?                       
 - Não, não, não é possível, não creio que isso seja verdade!
  O medo era tanto  que cinco dos seis homens  pularam na água  e o sexto   não conseguiu sair do lugar, desmaiou ou sofreu de um mal súbito.     
Uma criatura de pele muito branca com tom esverdeado e olhos amarelo, mistura de peixe e humano  acabara de entrar no barco.
Era um ser forte e ágil e se aproximou do corpo ali caído, cheirava e empurrava seu corpo com seu rosto, seus dentes batiam em velocidade, fazendo um barulho  pavoroso. Separava os braços e as pernas  da vítima procurando  o melhor lugar para morder e se alimentar.
Sedenta e inquieta ela  arrasta  sua presa para  a parte inferior do barco onde se encontra uma cozinha e o local estava muito escuro, então a criatura usa seu mecanismo de defesa: a bioluminescência  que é um fenômeno que lhe permite emitir luz.  A luciferina presente em seu corpo, ao ser lançada no ar  é oxigenada pelo oxigênio molecular fazendo com que seu corpo incandescente todo o local com uma luz verde. A criatura  continua a se alimentar, morde a coxa esquerda da vítima arrancando a sua pele e quebrando os ossos engoli facilmente ossos e músculo. Mastiga a barriga da vítima e arranca todos os órgãos, come vorazmente.
A criatura tinha o rosto coberto  de sangue que tomava conta de todo o local. Seu cabelo escuro e oleoso devido a gordura corporal de sua vítima escondia a sua face.   De repente a criatura ouve uma voz, fica em silêncio e desliga a sua luminosidade, se levanta inspira mais forte  para sentir melhor o cheiro da sua próxima  vítima.
Era a Rita que caminha devagar e chamava pelo seu marido Gustavo, ela estava preocupada  pois escutou muito barulho do seu quarto o que a fez acordar.
No meio da escuridão Rita acha a maçaneta da porta da cozinha e a abre bem devagar, ao entrar se depara com aquele cenário de sangue e reconhece aquele resto mortais que ficou pelo chão. Era seu marido, desesperada e sem entender o que estava acontecendo, ela tenta gritar mas seu grito é sufocados pelas mãos enormes e cheias de sangue daquela criatura.
Na tentativa de se livrar daquele mostro ela tenta lutar, mas era impossível escapar de alguém tão forte. A criatura a arrastava para fora do barco e mergulhando com ela , em direção a beira do rio Paraná, no Fox do Iguaçu.
Rita chega a desmaiar por falta de oxigênio, a criatura passa nadando com ela por algumas casas de palafitas, destrói todas as madeiras que apoiavam a estrutura das casas onde ele passava e as próximas aquelas casas.
Homens, mulheres e crianças caem sobre a águas, sem saberem do que se tratava os moradores gritavam desesperados achavam que poderia ter sido um tubarão que se perdeu na praia e foi para no rio causando esse estrago  danado a casa dos moradores. Foi uma noite de muito terror e como Marius havia prometido voltou a atacar.

                 _________ FIM_________



A lenda  conta que quem mata uma sereia, passa noites de pesadelos, pois toda noite a sereia aparece em seus sonhos  e o leva para as águas profundas dos rios ou mares, dando a sensação de que ele esta se afogando. Este então acorda todo molhado e não sabe se tudo não passou de um sonho ou foi real.
Marius é o primeiro ser encontrado da sua espécie , cujo  nome científico  é Chygadcarius Oids.
Filho da Sereia: Márcia Videira Alevar Mabaite e  do Vampiro: Eduard Aliterce Desmodus.
Mariuns Desmodus Mabaite é uma criatura das águas profundas que se transforma em noite de lua minguante e ataca os pescadores para se alimentar de seu sangue , alimento preferido, mas também se alimenta de outras parte do corpo, ele só se alimenta de carne de homens pois a carne deles o deixa mais forte.
As mulheres ele apenas as leva para o fundo do mar  para serem suas escravas.
Para que elas pudessem respira enquanto não passavam pela mutação de poder respirar dentro d´gua, Marius constrói uma especie de estufa de oxigênio mantendo as vivas na profundezas das águas.

Texto: Maria Ferreira Dutra e Adriano Siqueira

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