MAYARA E O REINO DAS BRUXAS
UMA HISTÓRIA DE
MARIA FERREIRA DUTRA
ILUSTRAÇÕES
ADRIANO SIQUEIRA
Mayara estava na sala de aula da escola Lauro Efázio. Conversava com as amigas sobre fazerem um piquenique no Feriado.
ela estava bem cansada. passou a noite acordada ajudando o Sidoire a fazer o seu trabalho para a palestra que aconteceria na semana que vem.
a professora entrou na classe e abriu seu livro de chamadas.
um a um iam dizendo, presente, presente,..
Era uma tarde de domingo dia lindo e ensolarado de São Paulo, estação da primavera tudo estava lindo e florido.
Cinco amigas da escola Lauro Efázio se reuniram para um piquenique. O local escolhido foi a casa de uma delas.
As meninas foram chegando aos poucos cada uma levou alguma coisa para o piquenique.
E quando todas já se encontravam reunidas, Mayara pede a mãe para levar as amigas para conhecer a montanha que parece uma tartaruga, China Girl as deixa ir mas avisa para não irem muito longe e nem ultrapassar o rio, pois do outro lado da montanha ainda era desconhecida e poderia ser muito perigosa. Apenas tinha informações que havia uma casa abandonada onde viveu por muito tempo oito senhoras, isso é o que se falava, mas ninguém nunca ás viu nos últimos quinze anos.
As crianças fizeram um lanche rápido, e assim, aproveitar mais as brincadeiras.
No meio do caminho Mayara encontra Sidoire e Raio que eram as suas criaturas de estimação.
Os dois brincavam pela floresta de apostar corrida, Sidoire sempre perdia nas corridas mas nos voos era imbatível.
As meninas ficaram encantada com os dois e pediram para brincarem de "Quem chega primeiro" e subiram nas costas dele para a disputa, duas de cada vez e uma era a juíza para saber quem cruzou a linha primeiro.
Depois da brincadeira divertida, as crianças seguem a pé até a montanha que parece uma tartaruga , todas admiram aquela montanha que parece esta sempre sorrindo.
Para descansar, Mayara sugere a leitura de um livro e todas se sentam em círculo enquanto Mayara faz a leitura sobre as borboletas, quando de repente, muitos animais começam a correr na mesma direção, uma névoa de poeira junto com um furação se aproxima , leva todo que ver pela frente. As meninas não tiveram tempo de se proteger o furação as leva junto com os animais.
Algum tempo depois Mayara acorda e não reconhece o local onde está, era um lugar de muitas árvores e uma casa escura bem lá no fundo ela chamava pelo nome das amigas e ninguém respondia, enquanto caminhava viu Raio seu cavalo alado e Sidoire então correu ao encontro deles, mas algo estava estranho, eles pareciam não reconhecê-la. Sidoire estava amarrado pelo pescoço e sem as suas asas, raio estava com uma aparência de velho e triste.
Mayara tentava conversar com eles e nada, então resolveu procurar pelas amigas.
- Ivone, Asucena, Flora, cadê vocês!? Carolina! Mamãe cadê a senhora? Eu juro que não te desobedeci, mas não sei onde estou e nem sei como vim para aqui.
Mayara continua andando e ao se cansar encosta em uma arvore, se deita e começa a ouvir um barulho vindo lá de dentro, intrigada olhar pelo buraco da árvore. Sim, tinha alguém dormindo ali dentro, Mayara achando que poderia ser uma das meninas, toca na cabeça e para a sua surpresa era um menino, assustada ela pergunta o que ele fazia ali. Ele a responde que é um morador dessa floresta a muitos anos. Mayara pergunta se ele poderia ajudar a encontrar as amigas, já que ele conhecia bem a floresta.
Me chamo Fernando e a muito tempo naquela casa velha lá, bem lá no fundo, quase se perdendo de vista, era a casa dos meus ancestrais, mas chegaram aqui umas oito mulheres e acabaram com a minha família, tomaram conta de tudo, meu pai tentou resistir, mas uma delas a amaldiçoou com o feitiço onde ele só poderia se locomover por meio das árvore e esse feitiço se passaria para o primeiro filho homem que ele tivesse, no caso fui eu. Meus pais ainda viveram por três anos após o meu nascimento e desde então eu moro nas árvores há 12 anos. Não ando com os pés como vocês, é uma especie de levitação. Nunca fui até aquela casa, mas uma vez por dia uma senhora vem trazer comida para mim. Não tenho como sair se não for me transportando por outras árvores então não tenho como ajudar muito a encontrar as suas amigas, e pode reparar que não tem muitas árvores de grande porte para eu chegar até aquela casa.
Você terá que procurar as suas amigas sozinha.
Se conseguir chegar até lá, pois eu nunca vi ninguém entrando além daquelas senhoras.
Tudo bem Fernando, eu tenho uma boa ideia, segura a minha mão, feche os olhos, vou fazer um pensamento positivo e um desejo. " eu desejo que o Fernando entre comigo nessa bolsa e me ajude a encontrar as minhas amigas" Mayara se abraça com ele olham para dentro da bolsa e assim conseguem fazer a viagem por vinte minutos e caem na varanda da casa.
Fernando não acredita que estava naquela casa que um dia teria sido dos seus pais.
Os dois vão até a porta de ferro, que tinha uma mensagem escrita" Entre, minha linda garotinha!"
Eles não entraram de imediato e de repente ouvem uma voz de mulher, eles se escondem e veem uma senhora chegando acompanhada de um gato preto o qual ela conversava." Meu querido, meu companheiro de todas as horas! Você pode ter ficado cego na sua última missão , mas nunca deixou de me servir. Não tem nenhum outro que me entenda mais do que você De repente, a senhora solta um grito! Você me entende não entende!? Arnaldo diz que sim! E diz que sempre está a disposição das malvadezas dela.
Ela então pede para procurar por todo o canto a menina que se perdeu senão ele jamais iria se transformar em homem de novo. Ele responde que fará de tudo para agradar a sua rainha Fefe.
- Eu sou a Rainha das Bruxas, e se alguém tentar me impedir de alguma coisa eu acabo com ela. E você.. eu posso até te transformar em homem de novo, mas meu coração, Ah meu coração agora bate por outro homem e só com ele eu quero estar. Neculai, Neculai é o nome dele Neculai.
- Minha rainha Fefe, mas o Neculai já se casou e construiu família, esquece ele.
-Cale a boca ou eu te transformarei em um estrume, seu gato maldito! Agora vamos abrir essa porta. "Asa de morcego, chifre de cavalo, pelo de Sidoire, casco de cavalo, abra essa porta num único estalo".
A porta se abre e eles entram, depois de fechada a porta se abre novamente e a bruxa Fefe enxota o gato dizendo que ele não entraria até que a filha do Neculai fosse encontrada.
- Arnaldo mia alto e resmunga, dizendo que a Fefe estava obscecada e uma hora iria se dar mal.
-Eu ouvi isso seu gato tonto.
Fefe entra com uma sacola cheia de coisas cumprimenta as suas alunas de bruxaria e comenta:
Olha quantas meninas bonitas temos aqui! Falta uma mas, em breve estará aqui conosco.
- Flora que linda você é! esse seu vestidinho amarelo me lembra bem uma menina que conheci a muito e muito tempo atrás, ... Como era mesmo o nome dela? Estou esquecida, deixa eu pegar aqui no meu livro de registro, sou bruxa mas as vezes esqueço das coisa, e ainda não me acostumei com essa era digital. Muita tecnologia para mim, prefiro usar meu caldeirão, minha bola de cistal ou meus livros. Deixa eu ver aqui. Bela 1740, sim faz muitos tempo mesmo, 279 anos, agora estou lembrando dessa garotinha de 17 anos que arruinou a minha maldição, transformei o príncipe naquela criatura horrenda e essa tal de bela foi lá para acabar com a minha maldição se apaixonou por ele. Era a única forma dele voltar a ser um homem de verdade e essa ai me arruinou. Mas não se preocupe Floran, não vou fazer mal algum a vocês, eu só quero a Mayara, mas se ela não aparecer até o cair da noite eu não sei o que as minhas aprendizes de bruxaria irão fazer com vocês. Se algo acontecer a culpa é dela. Agora vou colocar o lanche de vocês na mesa e tratem de comer tudo minhas queridas.
A bruxa Fefe fica intrigada com as meninas, pois elas não tem reação nenhuma e fala consigo mesma.
-Não se fazem princesas como antigamente, essa aqui são muito fraquinhas, um tufãozinho que mandei para o outro lado da floresta as deixou assim, tontas, tontas,ou será que foi magia das minhas aprendizes! Dorothy Gale passou por um furacão, matou a minha amiga do leste e essas aqui são muito fraquinhas. Devem ser aprendizes como as minhas.
Enquanto isso do lado de fora Mayara e Fernando encontram um jeito de entrar na casa e lembram as palavras mágicas usadas pela bruxa Fefe "Asa de morcego, chifre de cavalo, pelo deSidoire, casco de cavalo, abra essa porta num único estalo".
Já, dentro da casa, as escondidas, se depara com as amigas numa mesa de chá onde eram servidas pelas oitos bruxas.
- Comam meninas, o lanche está uma delicia quando encontrarmos Mayara, a mesa estará completa, ela não sabe o que está perdendo!
E todas as bruxas caem na gargalhada.
- Parem suas idiotas, não quero algazarras aqui! Estou perdendo a paciência com esse Arnaldo eu o transformei num gato, mas está parecendo uma lesma. Preciso de duas gatas para fazerem o serviço que esse incompetente não está conseguindo fazer. venham aqui queridas, vou transformá-las em bruxas agora.
Arninda e Fraiza se transformam em gatas caçadoras.
-Que linda que vocês ficaram! Arninda de pelo branco e cara preta, Fraiza pelo cinza e cara marrom.
Agora sigam o rastro dessa menina! agora, já, de imediato.
- Miau, como estou horrorosa!
-Você já nasceu horrorosa Fraiza, e se sinta feliz, pois dei uma melhoradinha em você corra corra.
Enquanto Fefe consulta ao seu caldeirão magico para saber onde Mayara poderia estar as outras tomam conta das meninas.
Disfarçadamente Mayara e Fernando começam a distrair as bruxas, jogam uma pedrinha que colheram na floresta uma das bruxas escuta e vai atrás do barulho dizendo que sentia um cheiro diferente pega sua vassoura mágica e começa a varrer pedindo que a vassoura mostrasse a direção.
As bruxas eram meio cegas, e seguiam ouvindo os ventos e os sons da floresta.
Mayara pega outra pedrinha e joga nas costas de Ivone que se vira para trás e Mayara faz sinal de silêncio, mas ao contrário do que esperava, Ivone a denuncia, mostrando para as bruxas onde Mayara se encontrava.
Foi uma confusão. Vassouras voando para todo lado. Todas queriam pegar a Mayara para entregar para a Fefe.
Com o barulho a bruxa Fefe avista a Mayara e diz que uma hora ela sabia que iria aparecer.
- Então Mayara, hahaha, eu sabia que você não iria querer que suas amigas corressem perigo, eu sabia que você viria, só não contava que você fosse aparecer com o Fernando esse, esse! Ah deixa para lá! Estou mesmo é interessada em você. Como você está linda!, está parecendo a sua mãe, mas seu pai, ah seu pai... Sabe Mayara eu pretendia casar com seu pai , até que a sua mãe apareceu e o Roubou de mim. Sim roubou de mim, eu o conhecia a mais tempo, na minha cabeça ele estava gostando de mim, conversávamos muito, tomávamos café e até chegamos a fazer algumas reuniões juntos.
Mas a sua mãe apareceu e o tirou de mim. Nós não a conhecemos pessoalmente, mas tenho certeza que seu pai já falou muito a meu respeito. Ele me admirava, como eu amava aquele tempo e esse ai, o Fernando, sabe! ele era para ser meu filho um filho que eu nunca pude ter. Mas ele me ignora. Não gosta de mim. Só o Neculai me agradava, me escutava, me mandava flores. Me apaixonei, mas tive que me afastar um bom tempo, pois encontrei com uma vampira que queria me destruir... mas ela não foi páreo para mim. deixei o NECULAI enquanto eu me aperfeiçoava e ensinava bruxarias para minhas aprendizes. Quando voltei, seu pai estava casado com uma tal de China Girl! eu não mereço isso! uma traição dessa eu não mereço.
-E Sabes o motivo pelo qual estás aqui hoje Mayara Desade? Sei que a sua mãe ficará preocupada e virá atrás de você e será a minha vingança. Eu a eliminarei.
-Sua bruxa doida! Meu pai nunca falou de você, você está mentindo. O Que você quer com a minha família!
-Poderes minha linda, glamour, o que você acha? Olha que coisa linda. Eu, bruxa Fefe casada com o mais poderoso vampiro brasileiro, sendo madrasta duma menininha linda educada e simpática como nos contos de fadas. E você e seu irmão ... Sendo meus enteados! Que sonho! Ainda posso escolher matar a China Girl. Fazê-la de empregada ou melhor, de capacho, acho que ficaria melhor a couraça dela bem aqui no meio da minha sala. Seria um troféu para mim. Hahaha.
-Sua nojenta, Você enfeitiçou as minhas amigas agora você vai me pagar.
-Olha lá se vou ter medo duma pirralha como você! Já eliminei tantas bruxas e bruxos nessa vida... uma menininha como você eu derrubo com um sopro, um peteleco.
-Maldita bruxa.
-Mayara! Corre aqui perto de mim, o efeito está acabando deixa eu tocar na sua bolsa magica senão eu vou voltar para a floresta e você terá que eliminar essas bruxas sozinha.
-Toma a bolsa. Enquanto isso tenho que me defender dessa Fefe.
Enquanto Fernando toca a bolsa, ele faz um pedido e em 3 minutos árvores aparecem batendo a porta da casa das bruxas, para ajudá-os.
As meninas, ainda imóveis pelo feitiço das bruxas, não tinham reação, até que Mayara e Fernando pegam água do caldeirão mágico e jogam nelas.
Que se levantam da mesa sem saber o que estava acontecendo e nem sabiam onde estavam. Mayara diz para elas que no momento não poderia explicar nada e que elas só teriam que ajudá-las a eliminar com aquelas bruxas.
Então elas começam a jogar tudo que estava sobre a mesa nas bruxas...
Fernando diz para a Mayara que a melhor forma de matar uma bruxa é dando a ela o próprio veneno, pediu para Mayara pegar uns galhos flexíveis das árvores e alguns pontiagudos, rapidamente fez cinco arcos e fechas e molhou em uma panela que estava cheia de veneno fervido.
Entraram em luta com as bruxas e cada uma foi eliminada menos a Fefe... que não se sabe como, mas ela desapareceu.
Mayara corre para o jardim, e vê Sidoire e Raio correndo em sua direção.
-Mayara, é a sua vez de apresentar o seu trabalho.
- O que? Onde? Trabalho!? Que trabalho!?
-O trabalho individual da turma, estou chamando por sorteio, e agora é a sua vez.
-Mayara olha ao seu redor e vê que está na sala de aula. As amigas estavam ali, olha para a professora e diz que havia esquecido o trabalho em casa, mas que tinha algo a apresentar para a turma.
-Como assim Mayara! Olha, vou te dar uma chance por você ser uma boa aluna, mas acho que você não conseguirá uma nota boa, o que deixará seus pais desapontados.
- Pode deixar professora eu me garanto.
A história vocês já conhecem, e foi contada para toda a turma. a professora ficou encantada com a facilidade da Mayara ter bolado em tão pouco tempo a a sua história.
Todos a aplaudiram . E no final do ano a história da Mayara virou peça de teatro. Ela nunca soube dizer se aquela história teria sido um sonho ou realidade.
E junto com o sinal do término da aula, todos escutam uma risada assustadora.
Por Maria Ferreira Dutra e Adriano Siqueira
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