V de Victorio
Por Adriano Siqueira e
Maria Ferreira Dutra
Ilustração
ADRIANO SIQUEIRA
Neculai chega em seu escritório na cidade de Bari que é de Apúlia no país da Itália. As ruas são estreitas em alguns lugares existem restos São Nicolau e tudo é bem próximo do mar Adriático. Neculai estava se sentindo confortável no local. Ele trouxe também seu filho Victório para conhecer a redondeza.
─ Victório. Eu vou tomar um café. Já passa das vinte horas. Preciso andar um pouco. Volto em uma hora. Sua mãe pediu pra você ligar.
─ Vou ligar pai. quero ver um pouco de TV.
─ Sei que gosta de ter o seu espaço. Tenho uma reunião mais tarde. Será que, só hoje, pode agir como um garoto normal e não se meter em encrenca?
─ Pai. quem se mete em encrencas são os garotos normais. Não eu. Pode ir e fique tranquilo.
Neculai dá um pequeno sorriso desconfiado. Olha para todos lados e fecha a porta.
Victório espera alguns minutos e rapidamente pega a sua mochila e sai correndo para a porta. quando ele abre encontra o seu pai na porta. Ele olha para o Victório e diz.
─ Garoto normal. Era pra você ligar para a sua mãe.
Neculai entrega o seu celular para o Victório e ele vê que a sua mãe estava esperando ele falar. Ele faz uma careta e atende. Seu pai vai embora e deixa Victório falando com sua mãe.
─ Filho. Seu pai se preocupa com você.
─ Mas mãe. Ele fica no meu pé.
─ Você dá motivo pra isso Victório.
─ Eu queria que você estivesse aqui.
─ Eu disse que não podia ir. A Mayara está fazendo um trabalho da escola e estamos ocupadas aqui. Seja um bom menino e deixe o seu pai fazer a sua reunião. Aproveite a Itália. Ande amanhã nessas ruas estreitas conheça esses labirintos. Você vai divertir.
─ Está bem mãe. Beijo.
─ Um beijo filho.
Victório tinha que ir no local combinado. Ele prometeu que estaria lá. Só alguns minutos.
Ele pegou a mochila e saiu correndo pelas ruas estreitas. Chegou em um bar que ele havia marcado o encontro.
Victório falsificou o seu documento facilitando a sua entrada no local. Sentou em uma cadeira e esperou ser atendido.
Uma moça perguntou se ele iria querer mesmo o leite. Essa era a entrada da senha. E ele respondeu.
─ Só se tiver beijos de café para acompanhar.
A moça olha para os lados e conversa com ele.
─ Você veio mesmo. O próprio Neculai veio nos salvar.
Victório havia mentido. ele atendeu o celular do seu pai e ela. Magdalena ligou pedindo ajuda e a foto mostrava ser uma linda garota. Ele fingiu ser o Neculai para conhecê-la pessoalmente.
─ Eu pensei que você fosse mais...
─ Mais ocupado? Sim eu tenho muitos negócios na Itália, mas posso reservar um tempo para te ajudar Magdalena.
─ Bem... Não achava que se parecia tão novo. Parece que tem uns quinze anos.
─ Eu sou um vampiro. minha idade é bem mais do que meu corpo aparenta. Por que não tomamos algo?
─ Eu gostaria. Você é uma gracinha. Mas temos trabalho a fazer. Temos que ser rápido. Olha o numero da pessoa que você tem que matar é esse aqui.
─ Mas... assim. Sem a gente se conhecer melhor. Eu posso fazer isso rápido depois.
─ Não temos tempo. Esse é o motorista do caminhão. Ele vai explodir parte dessa cidade para aumentar o trajeto de transporte do porto e essas ruas estreitas atrapalham. Meu pai desenvolveu esse plano. Você precisa usar o seu poder agora.
─ Poder? Qual Magdalena?
─ O de viajar pelo celular e matar quem está do outro lado da linha.
─ Ah. Esse poder. É claro. entendo. Bem eu... estou um pouco gripado. Deve saber que apareço pelado do outro lado da linha. Eu posso pegar uma pneumonia.
─ Mas você é um vampiro. Não pega gripe. E eu sei bem de vampiros. A Itália fez muitos filmes de vampiros. Conhecemos bem essas criaturas da noite.
─ Mas eu não sou um vampiro como esses filmes. Eu não me transformo em morcego e nem névoa.
─ Estamos perdidos. Nossa cidade vai ser destruída e você não quer ajudar.
─ Eu vou ajudar. Mas do meu jeito.
─ Por favor nos ajude. Essa não!
Magdalena vê dois homens entrando no bar e eles olham para ela e vão em sua direção.
Ela explica rapidamente.
─ Neculai. Meu pai desconfia que quero impedir seus planos. esses dois homens vão me levar embora daqui. Vão me tirar da cidade. Me ajude.
─ Pode deixar Magdalena. Eu vou ajudá-la.
Os homens se aproximam. Eles estavam armados. começam a falar com a Magdalena.
─ Seu pai está te procurando. Veja se não causa problemas.
o homem segura forte no braço da Magdalena e Victório grita.
─ Solta ela ou vão se arrepender.
─ Quem você pensa que é garoto.
Magdalena ameaça.
─ Estão ouvindo? Me soltem! Ou o Neculai vai dar um jeito em vocês.
Os homens levantam as suas armas e começam a mirar no público do bar.
─ Neculai está aqui? Aonde? Apareça Neculai!
A Magdalena não entende e aponta para o Victório.
─ Ali! Ė ele! O Neculai!. Ele vai matar vocês.
Os dois homens olham pro Victório e começam a rir.
─ Esse aí não é o Neculai. É só um garoto.Eu conheço o Neculai e não é ele.
Magdalena olha para o Victório e comenta.
─ Por que Mentiu? Vamos morrer!
Victório de levanta e fecha as duas mãos. olha para os dois homens e diz.
─ Eu não sou Neculai. Eu sou muito melhor que ele.
Os dois homens começam a rir e Magdalena tenta tomar a arma de um deles, mas ela é empurrada e cai no chão. Isso deixa o Victório furioso.
Ele começa a se concentrar em todos os móveis do local. Tudo começa a flutuar. Mesas e cadeiras. Isso deixa os capangas assustados.
─ Será que tem fantasmas aqui?
Algumas cadeiras e mesas se quebram com o poder psiquico do Victório. As madeiras vão em direção dos homens com muita velocidade. um deles é atingido diretamente no peito e o outro tenta correr mas é atingido por metade de uma cadeira que o corta ao meio.
Magdalena se levanta e os móveis caem no chão. Victório precisa repousar. Ele estava exausto. Ela o coloca em uma cadeira e diz.
─ Você pode não ser o seu pai, mas é muito poderoso.
Neculai liga para o Victório e ele conta toda história. Ele pede informações para a Magdalena e ela informa que o motorista do pai dela estava esperando ordens em um bar ali próximo.
Neculai vai ate o bar e causa muita confusão até achar o motorista e quando ele o encontra, deixa apavorado.
─ Deixar a cidade enquanto ela explode? Não é agradável sair na hora dos fogos de artifícios. Você tem que participar da festa.
Ele quebra as duas pernas do capanga e o deixa no meio da rua.
─ tenho certeza que quando os carros passarem você vai se sentir bem melhor.
Neculai amarra os braços em cada lado da rua. Desesperado o homem grita.
─ Ha ha ha! Pode gritar a vontade. você agora é a atração da festa. Muitos carros não vão te ver. E de ver não vão conseguir para a tempo. Vai ter uma morte Horrível. Ha ha ha.
─ Por favor. Eu confesso tudo. Foi o Fabrício Fera. Ele organizou tudo.
─ Ha ha ha! Eu nem precisei fazer nada e você já me diz tudo. Assim não tem graça.
Neculai se aproxima. Pega o celular e pergunta.
─ Qual é o número do celular do seu chefe?
O rapaz passa o número rapidamente. Ele chorava de dor. Neculai questiona.
─ Você ia destruir uma cidade com todo mundo nela e acha que tem o direito de ter ajuda agora? Ha ha ha! Sabe o motivo de eu existir? Para mandar Selfie com pessoas como você do meu lado. Assim pensam duas vezes antes de fazerem besteiras com o mundo. Agora vamos tirar uma foto. Só nós dois. Ha ha ha! Rápido. Estou ouvindo os carros chegarem.
O rapaz estava desesperado e o Neculai estava sentindo o cheiro do seu medo.
─ Sua hora chegou.
Antes que o rapaz entendesse o que o Neculai estava falando, ele é mordido pelo Neculai e a sua vida teve um fim.
Mais tarde, de volta ao escritório, Neculai conversa com Victório.
─ Eu não o culpo por ter passado por mim para encontrar a jovem.
─ Sério pai?
─ Sim. Ela é uma bonita jovem. Mas você tem que crescer um pouco mais para que a maturidade lhe dê um pouco mais de experiência.
─ Você a escondeu de mim.
─ Eu a escondi do pai dela. Até eu resolver as coisas com ele. Mas aqui esta o endereço de onde ela está. Assim você pode ir lá e jantar com ela.
─ Obrigado.
─ Pode tirar esse sorriso da cara Victório. Tem empregados meus lá e eles vão ficar com vocês o tempo todo e depois do jantar eles tem ordem de trazê-lo de volta.
─ Mas pai...
─ E a sua mãe quer conversar com você sobre essa história de falsificar documentos para ir em um bar.
─ Não acredito que você contou pra ela.
─ Claro que contei. Ela me deu uma bronca por não ficar de olho em você. Acha que ia sobrar só para mim? Ha ha ha.
Enquanto o Victório saia para o encontro com a Magdalena, Neculai se preparava para a próxima missão.
Com o número do celular do pai da Magdalena. Ele sorri.
─ Alô? Que é?
─ Eu sou Neculai! Vim aqui para uma festa e você é o meu presente. Ha ha ha.
Por Adriano Siqueira
2 comentários:
Eiiiiiiiii !!!!!! Pera, como pode fazer isso 🥺:( tenho que saber o final do conto. ( apesar de fazer uma boa ideia rsrsrsrs ) amoooo o Neculai, estou aqui pensando se gosto do Victorio kkkkkk vamos esperar para os próximos contos
Parabéns pelo trabalho. Gosto dos seus contos.
Postar um comentário