quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

FOI O DESTINO - MARIA FERREIRA DUTRA






Foi o destino 🚘🚙

Por Maria Ferreira Dutra
Arte Adriano Siqueira

Eu estava em minha mesa na sala, escrevendo um conto.
Em meio a um silêncio total, eu ouço um estrondo.
No primeiro instante deixo passar, mas a curiosidade tomou conta de mim.

E foi assim que eu me levantei da mesa e olhei pela porta de vidro da sala e estavam lá, dois carros batidos como imaginei.  Foi quando um homem saiu de seu carro parecia muito bravo, mas uma doce mulher desceu do carro, parecia muito calma e com as mãos  para cima na altura do peito, me parecia conversar de boa com ele.
Ele que parecia bravo, foi se desarmado e se aproximando dela.
Com cautela eles conversam e ela olhou dentro do carro dele, parecia conversar com alguém.
Voltando a falar, os dois tiram o carro da rua, colocando-o no acostamento e por pelo menos uma hora ficaram por ali dialogando até as autoridades chegarem no local.
Daqui, eu os via passando o telefone um para o outro, certamente para o culpado pagar os prejuízos.
Era uma moça que não chegava aos trinta anos e ele me parecia ter uns cinquenta e poucos. O tempo passou e um dia, eu voltando para a minha casa, vejo um casal brincando com um menino de uns 3 anos, achei que estava ficando louca, mas me pareciam muito com aqueles dois que eu via da minha sala olhando pela varanda a uns meses atrás .
 Não me aguentei e perguntei:

- Vocês se conheceram ás dez do dia dezesseis de fevereiro de dois mil e vinte, numa batida não foi?

Os dois me olharam assustados e me perguntam se eu era a polícial que anotou os carros.

Eu disse que não.  Que apenas era a escritora observadora desse caso.  Os parabenizei pelo bebê que estava para chegar e o lindo menino me segurou no braço e disse, que agora eles eram uma família,  que seu pai iria o dar um irmãozinho ou irmãzinha.

Por Maria Ferreira  Dutra
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