sábado, 13 de junho de 2020

O eterno beijo da morte



Eterno beijo da morte
Adriano Siqueira

Ao ver a lua se esconder
senti o toque das suas mãos
tocar em meu peito.
Seu rosto foi até o meu
O sorriso que tanto gosto
se aproximou ao meus lábios.
O beijo mordido, descarado e sádico
me fez deitar
suas mãos agarraram meus cabelos.
Olhei para o alto e vivocê
morder e lamber meu pescoço.
suas pernas prenderam as minhas.

Antes de eu tentar dizer algo
suas mãos me calaram.

Seu sorriso me deixou assustado.
Pegou as minhas mãos e as amarrou com suas meias acima da minha cabeça na cama.
Eu estava suando.

Meus olhos não fechavam.
Estavam atentos aquela cena
Lambeu minha orelha e
senti uma pequena fisgada.

Seus dentes me fizeram sangrar.
A dor foi amenizada com suas lambidas.
Seus olhos, semicerrados e cheios de desejos,
mostravam que dessa noite eu não iria passar.
Vampira sedenta.
Senti o cheiro da morte.
Nessa noite, ela se alimentava.
E o prazer era todo meu.
Depois sorriu e partiu em direção a lua.
Tomára que ela volte.

Texto: Adriano Siqueira

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