terça-feira, 5 de maio de 2020

O Olho que tudo Vê



                    O olho que tudo vê
Arte e texto 
Maria Ferreira Dutra
e com participação de
Adriano Siqueira

Sandro  saiu com sua família, do Rio de Janeiro,  com destino a Campos dos Goytacazes, onde foi visitar Seu Emanuel, tio da Nádia.  Que por conta dos seus noventa e cinco anos e algumas doenças,  se encontrava muito debilitado. A família tinha receio que ele falecesse sem ver a sobrinha que ele tanto admirava.

Sandro comentou com a Katarina sobre a vida de estudos e trabalho, e o quanto era importante fazer uma poupança enquanto ainda eram jovens, para terem um dinheiro a mais além da aposentadoria pois, a velhice chegaria e era uma épocá em que se gastava muito com remédios, hospitais, exames, entre outras coisas.

Sandro percebeu que estava com pouca gasolina, mas como estavam atrasados, resolveram colocar em Niterói, que era a  próxima cidade. 

Ao subirem a ponte, foram pegos de surpresa por uma forte tempestade.

A tempestade afetou todos os equipamentos. O céu estava furioso e  eletrizante com muitas luzes coloridas. O barulho dos trovões, pareciam  metais sendo arrastados.

A ponte foi fechada, ninguém podia subir ou descer dela. 

A força do vento era tão forte que a ponte balançava aterrorizando todos que estavam ali. 

Muitos deixaram a ponte a pé para se abrigarem nas casas mais próximas. 
Ninguém conseguia olhar para cima, as luzes eram muito fortes e o vento estava forçando as pessoas a correrem. 



No letreiro luminoso foi colocado um aviso para nâo sairem do carro, mas a tempestade deixou tudo em pane e a mensagem não conseguiu ser passada.

O pânico tomou conta da situação e as pessoas tentaram fazer o que acharam melhor para a sua seguraça. O estrondoso barulho da tempestade parecia estar trazendo algo muito  grande  como um trator ou coisa assim. Se uma coisa dessa caisse na terra faria um estrago imenso.

Um bebê chorou muito por estar assustado com tudo aquilo e a família  saiu do carro na tentativa de correr com a criança.  Ao descerem do veículo o  carro  foi atingido por um ráio. Alguns conseguiram ver essa família sendo sugada para cima, outros acharam que eram apenas reflexos da luz dos raios.
Alguns diziam que eles haviam virado  cinzas ao serem atingidos e a água da chuva carregou a poeira fazendo  sumirem por completo. 

Duas horas de tempestade tudo estava um caos, carros revirados, navios e barcos afundados, pessoas chorando...  um desespero. Mesmo a ponte tendo sido liberada quarenta minutos após a tempestade, não foi tranquilo descer a ponte. Sandro percebeu que seu celular estava  com pouco sinal e tentou ligar para Celina para avisar que chegaria tarde em Campos. Fez a discagem e pensou ter ouvido a Celina falar, mas percebeu que não era ela, era um som, ruídos seria outra língua sinais codificados!? Não deu para entender. Sandro deixou para ligar uma outra hora. ligou o carro e conseguiu passar pelo pedágio que estava com acesso  livre.



Quando estava chegando no final da ponte a ignição elétrica entrou em  curto e deu uma pane no veículo, Sandro ficou enfurecido, xingou de tudo que era nome.

Para a sorte da família o homem que veio no carro atrás, se ofereceu para ajudá-los e como ele era mecânico  automotivo conseguiu resolver o problema elétrico do carro deles e nem cobrou nada por esse serviço. Sandro agradeceu pela a ajuda, tirou um cartão do bolso e deu para ele e disse para o mecânico fazer uma visita em seu restaurante no bairro de Ipanema, acrescentou que seria uma cortesia. Os dois se despediram  e  Sandro seguiu viagem.



O carro deu o alerta de pouca gasolina.
Mais uma vez Sandro se irritou e dessa vez, Nádia falou muito no ouvido dele, pois ela sempre pediu para ele colocar gasolina um dia antes deles viajarem.

Chegaram no bairro Fonseca e encontraram o primeiro posto na Alameda São Boa Aventura,  o coração ficou aliviado. Quando deu sinal com a seta para entrar viu que não tinha ninguém no posto para os atenderem, as bombas de gasolina foram avariadaa pela tempestade.

Algumas pessoas comentaram que aquela cena de calamidade mais parecia uma história de filme de terror. Muitos perderam as suas casas e se abrigaram na igreja São Lorenço no mesmo bairro.

Muito preocupado com a pouca gasolina e o caos da cidade, Sandro desligou o carro e esperou por mais umas 2 horas o nível da água baixar pois a rua estava toda alagada. Acabaram dormindo no carro e por volta das 11:00 h conseguiram seguir viajem passaram por mais dois postos mas não havia ninguém para atender.
Quando chegaram em Tribobó, encontraram um posto.



Bianca, a filha do casal, pulou da cadeirinha toda empolgada mostrou para o pai que um homem estava sentado na cadeira e avisou ao pai para que fosse até ele.  Sandro sorriu para a filha, colocou a mão na perna da esposa e comunicou sorridente "Nossa filha tem apenas dois aninhos, mais é muito esperta!. Não se preocupe amor, fique tranquila que não vamos ficar a pé! Desta vez tem alguém para nos atender".  Deu um beijo em sua testa e aguardou o frentista.

Três minutos esperou ele levantar e nada. Nádia virou para o marido e disse que não sabia como uma pessoa conseguia dormir diante de tal catástrofe. Sandro deu uma buzinadinha para chamar a atenção e nada do raio do frentista levantar,  chamando-o de miserável e apostou que ele estava bêbado, Sandro saiu do carro e foi até ele, tocou em seu ombro e ele não se mexeu. Chamou e levantou o seu boné e se assustou com o que viu dando um grito de pânico.

O frentista estava sem os dois olhos e  moscas varejeiras sairam de tudo que era buraco, larvas cairam das suas entranhas. Vomitando e sem ar Sandro correu para o carro, entrou e tentou dar a partida, mas o carro mostrou que a gasolina havia acabado.

Nádia viu o desespero do marido e perguntou preocupada o que aconteceu, o marido esbaforido não conseguia contar. Sem gasolina ele desceu do carro, pegou a bomba e encheu o tanque sozinho.

Na hora que foi ligar o carro para seguir viagem a filha disse que precisava ir no banheiro.

O pai pediu para a mãe colocar a criança para fazer cocô ali mesmo, mas a Bianca não aceitou, dizia que tinha vergonha e que queria ir ao banheiro.

Sandro disse que tudo bem, que iria  levar as duas no banheiro da cafeteria do posto.

Quando chegou na porta da cafeteria Bianca cumprimentou o moço, com um: "Oi  moço, o senhor deve estar muito cansado, não acordou por nada. Seu pai pediu para ela não falar com estranhos.

Nádia perguntou o que aconteceu com o frentista e o marido entre os dentes,  respondeu que ele estava morto.  Nádia arregalou os olhos e colocou as mão na boca.

Quando eles entram na cafeteria se deparam com uma cena horrível. Todos estavam mortos e sem os olhos, a caixa, as garçonetes, os clientes, todos estavam sem os olhos.

Sandro fechou os olhos da filha para ela não ver a chacina. Bianca perguntou ao pai o motivo pelo qual aquelas pessoas estavam dormindo e Sandro, para tirar a atenção da criança, disse que eram trabalhadores descansando e que estava tudo bem e que logo eles acordariam. Eles sairam correndo do local e a filha reclamou com os pais por näo a terem levado ao banheiro.

Sandro disse para ela que aquele banheiro estava muito sujo que levaria a outro local. Bianca sorriu e disse "Papai, não tem problema, era um alerta falso,  na verdade era só vontade de soltar um peidinho, mas já me  aliviei.

Todos entram no carro e a menina olhou em direção a cafeteria,  mostrou aos pais uma  pessoa observando da janela. Ele olhou e pediu para a filha fechar os olhos e não encarar desconhecidos.

Sussurrando Nádia perguntou para o marido o que seria aquilo. Sandro disse nào saber mas, uma coisa ele tinha certeza! Não eram humanos.

Apavorados, Sandro ligou o carro e saiu cantando pneu. 
Mais a frente se depararam com muitos carros batidos e árvores caídas. Eles não conseguiriam passar.

Nádia deu a idéia de pegarem um carro abandonado, Sandro concordou e ao descerem dos seus carros encontraram pessoas mortas e sem os olhos. Sandro ficou intrigado e xingou. "Que diabos está acontecendo. Parece que as autoridades  não nos comunicaram sobre possíveis invasões! Tudo bem que desde o tempo do Ronca já haviamos falado sobre alienígenas,  mas eu sempre achei que isso fosse coisa de ficção de escritores, coisas de cinema. Se eu não estou sonhando isso é real".

Nadia deu um beliscão em Sandro. Ele deu um grito e a chamou de louca e ela respondeu: "Fiz isso para mostrar que não é um sonho, estamos enfrentando algum tipo de alien. O que será que eles vieram fazer aqui?  Perguntou Nadia ao marido.

"Não tenho resposta Nadia. Espero ficar vivo para descobrir.  Sandro pediu para a filha não tirar o pano do rosto e ela reclamou, pois não conseguia ver nada.  Sandro disse que ia tirar a venda dos seus olhos assim que eles entrarem no carro. Eles conseguem um bom carro mais a frente. Ao retirarem as vítimas do carro, perceberam que se tratava da familia Toranto, seus vizinhos.

Pela quantidade de coisas no carro, eles iriam passar o feriado na Região dos Lagos, pois eles tinham uma casa em Saquerema.

Nádia fez o sinal da cruz na testa do casal e com a ajuda do marido os retirou do carro e com muita pena pegaram o bebê da cadeirinha e quando iam colocá-lo no chão, ele deu uma choradinha. O casal ficou feliz pela criança estar viva e com os olhos intactos.

Sandro perguntou para Nadia o que eles iam fazer com o bebê e ela com toda certeza respondeu que teriam de levar a criança com eles ou ela morreria ali sozinha.
Todos entraram no carro e Nadia tirou a proteção do rosto da filha.

Muito surpresa Bianca perguntou o que Nathan estava fazendo ali com eles.  Sua mãe respondeu que a família Toranto precisou deixar o bebê com eles. Bianca perguntou como foi que a família a entregou, pois ela não viu ninguém passar por eles. A mãe disse que explicaria mais tarde.

Nova tempestade surgiu no céu rosado alaranjado, rouxiado, o tempo mudou e ficou bem escuro e pesado,  eram raios para todos os lados.



O celular tocou, eles se assustaram. Sandro pediu para a Nádia atender, ela disse que não iria adiantar pois não funcionaria direito a ligação. Sandro insistiu para ela atender, era uma chamada de vídeo.

- Oi Nádia! Que bom que vocè atendeu. Estou aqui no porão escondida. Vou falar rápido para a transmissão não sumir. Não venham para cá. Campos está em desgraça. Alguma coisa veio do céu e está atacando toda a cidade.
Criaturas entraram aqui e atacaram a cidade. Eu estava limpando o quarto da bagunca aquele que fica do lado de fora. Quando eu ia saindo vi uma especie de nave sugando as pessoas, e vi movimentos dentro da minha casa.  Fiquei observando aqui do quartinho e vi muitas criaturas rondando, depois entraram numa especie de nave e sumiram. Entrei em casa para ver seu tio Emanuel e tive um ataque, arrancaram os olhos dele. Não venham para cá,  ele já morreu , fiquem bem eu vou ficar escondida aqui no porão até tudo passar.

Ruídos são escutados e a transmissão ficou embaçada até que uma imagem estranha apareceu atrás da Celina e só se conseguiu ouvir um grito. Pareceu que a câmera caiu no chão e filmou algumas coisas. Deu para ver que um alien estava ali.

Desesperados e sem saber o que fazer para onde correr a quem pedir ajuda  a família ficou ali presa.

O bebê começou a chorar, talvez fosse fome ou estaria sujo uma preocupação para o casal, como alimentar a criança? Nádia mexeu na bolsa do bebê e achou uma mamadeira. Colocou um pouco de leite e o alimentou, isso o manteve mais calmo.



Bianca viu uma grande casa na beira da estrada e perguntou a mãe se ela sabia quem morava naquele lugar. A mãe deu as suas explicações.
-  Essa construção já foi uma fazenda uma  das  mais importantes do Brasil.  Duarte Ramires de Leão e a sua família viveu até o século de XVIII, tornando a propriedade em uma das maiores produtoras de cana-de-açúcar da região.
Sua construção seria anterior ao ano de 1620 em Emestilo Barroco e conta com 38 cômodos, incluindo quatro no subsolo, onde ficavam as senzalas que abrigavam os escravos.
Também pertencente ao conjunto se encontrava a Capela de Monserrate que...

Nadia é interrompida por Bianca.

- Nadia, Você esta doida!? Um caos danado e você dando explicações de história para uma criança de dois anos como estivesse dando aula para a sua turma do sexto ano.

- Deixa eu terminar as minhas explicações.  O que tem para se fazer nesse mundo destruído? Nada além de correr dessas criaturas.

- Então vou terminar as minhas explicações.  Como eu estava dizendo, essa capela passou a se chamar Capela de Santana, erguida originalmente para o batizado do filho de Duarte Ramires de Leão, no ano de 1618.
Diante de toda a sua importância histórica, cultural e arquitetônica (sendo um dos únicos imóveis no Brasil  com arquitetura setecentista preservada localizada em área urbana.
A Fazenda Colubandê foi tombada em 1939. Sua sede tem um valor expressivo e é um marco da arquitetura rural brasileira em virtude da sua beleza e mais, da sua importância sócio-cultural.

-  Sandro, não tem como voltarmos para casa, que tal ficarmos nessa fazenda? Temos comida bebidas. Quando tudo isso passar vamos  ver se encontramos mais alimentos?

- Sim, boa idéia, minhas menininhas são umas gênias.
Ao chegarem no casarão encontraram muita gente escondida lá, muitos os expulsaram de seus esconderijos por eles estarem com um bebê.

Uma delas diz para a família abandonar o neném se eles quisessem ficar vivos, pois bebês choram e chamam muito a atenção.

Nádia perguntou para a dona se ela não tinha coração e desejou que a criatura a achasse e a devorasse.

No quarto número 38 uma mãe acabou dando a luz ali sem nada para o recém chegado, Nádia ofereceu uma fralda para a criança e uma peça de roupa  que ela tem na bolsa.
A família agradeceu a ajuda e pediu que eles ficassem naquele quarto com eles. Nádia agradeceu e perguntou se ela podia amamentar o Nathan para ela.  Norma perguntou se ela não tinha mais leite para alimentar o bebê,  Nádia diz que nunca teve pois não era filho dela e que os pais dele não existiam mais. Norma entendeu e alimentou a criança.  Todos pareciam seguros ali.

Fecharam todas as portas e janelas. Os poucos móveis que ainda se encontravam no  hoje Batalhão Floresta foram colocados nas portas para reforçar a segurança.

A noite caiu  as pessoas saíram dos seus esconderijos e se encontraram no salão, queriam encontrar uma forma de acabar com aquelas criaturas, só unidos talvez  eles conseguiriam.  Mas como? Sem armamento seria impossível.  Bianca nào entendia o que aquelas pessoas estavam fazendo ali e disse que queria ir para casa dela.

A mãe conversou com ela dizendo que existiam criaturas horríveis lá fora matando pessoas e que ela não queria que ninguém se machucava e mais, por isso todos estavam ali se protegendo.

Falavam todos muito baixo para não chamar a atenção. A tempestade parecia ter voltado, escutavam o barulho da trovoada e podiam ver a claridade dos raios pelas frestas das janela. As crianças choraram de medo  e as mães tentaram acalmá-las.

Bianca era a única criança tranquila e tentou acalmar as outras crianças dizendo que as coisas que estavam acontecendo lá fora não são tão ruins como parecem para eles ficarem tranquilos.

Bianca virou para a mãe e disse que o seu caderno de desenho estava acabando e que eles teriam que conseguir mais papeis para ela continuar escrevendo e desenhando a historia. O pai diz que providenciaria.

Barulhos foram escutados e perceberam que as portas e janelas estavam sendo forçadas, aquele barulho estrondoso de metal batendo atordoavam a todos.

Sandro olhou para o teto e pela  abertura que se formou, pela tempestade, conseguiu ver uma espécie de pernas gigantes passando por cima do casarão, não comenta nada com ninguém. Mas diz para todos se protegerem como puderem e comenta com  Nádia sobre o que viu.
-  Nadia, eu não comentei com o pessoal, mas a coisa está aqui, está nos rondando. Eu vi uma sombra muito grande no céu escuro, muitas luzes coloridas. Não olhem para o teto não quero vocês em pânico. Vamos proteger as nossas crianças e quem mais conseguimos.

Raios são lançado no casarão descampado uma grande área possibilitando que Sandro visse nitidamente uma nave enorme em formato de olho envolvida por uma cinta em volta e muitas pessoas dentro gritando.  Sandro vê um ser descendo da nave e pede para Nádia se esconder com as criancas, mas Bianca se recusa a se esconder, a mãe tenta a levar a força quando o ser chega no salão os dando boa tarde.

Assustados por a criatura saber falar o seu idioma, Nadia perguntou como ela aprendeu a nossa lingua.  O ser agora já conhecido a toca em seu rosto e quando ia se explicar é interrompido pela Bianca dizendo:

-  Fui eu quem a ensinou mamãe, eu quem criei isso tudo. A história agora acabou, vocês nào tiveram tempo de comprar mais papel para eu continuar a escrever essa história. Então vai terminar assim: eu estou dando a mão para a minha mãe que veio do outro mundo me buscar. Eu queria muito isso sabe! Desculpa papai!  Desculpa mãe! Eu preciso ir . Em meu sonho criaturas do outro mundo nasciam sem os olhos, mas, com o tempo, perceberam que havia a nescecidade de enxergar e com isso precisavam de uma pessoa aqui na terra para seguir com eles e eu fui a escolhida. Para vcs eu apenas tenho dois anos de idade, mas para eles eu já tenho 13. Visitei esse mundo diversas vezes enquanto vocês dormiam. Lá já se  passaram  11  anos  e aqui para vocês apenas. Continuando o que eu falava. Sem papel nào tem história então no final eu subo para a nave com a minha nova mãe, meu pai pula para segurar as pernas da Olhandina, minha mãe. Nós  o levamos para a grande nave.

E chegando lá Sandro vê um monte se seres diferentes fazendo experiencias, pegavam os olhos dados humanos e colocavam nas  criaturas o resto que sobravam dos humanos eram aproveitados para fazerem combustível para as máquinas. Sandro ficou horrorizado com tudo.

Meu pai vai tentar me levar de volta para casa mas eu não irei e o mandarei de volta sozinho, e quando ele voltar para a Terra, ele encontrarás a Terra destruída e eu morando lá com a minha nova família que no futuro serão  vocês  mesmo.

Meu pai esquecerá tudo que passou aqui na terra e no outro mundo. Mas sempre ficará  intrigado com uma foto encontrada em seu bolso. Nessa foto estará: eu, ele, minha mãe e o Natham, meu novo irmão.


Texto e arte
Maria Ferreira Dutra
Com participação de
Adriano Siqueira


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