domingo, 31 de maio de 2020

Uma aventura na Festa Junina





Uma aventura na Festa Junina

Arte dos desenhos e escrito por
Maria Ferreira Dutra
Revisão e desenhos
Adriano Siqueira



— Livemar, vou ali falar com o Sidoire , volto já.                         

—Está bem, só não demore muito, daqui a pouco a Rubi acorda e vai procurar por você .                                     
— Pode deixar, não demoro.       

Toc Toc.  Alguém bate a porta.
                                         
—  Eita ferro, será  que o Neculai esqueceu alguma coisa e veio buscar? Tomara que tenha sido a carteira de dinheiro  Hahaha.   Já estou indo.
                             
Sidoire abre a porta.
             
— Eita ferro!  Hoje é o dia deu receber visita cedo na minha porta?                         
— Quem já esteve aqui ?
           
— O Neculai.
                           
—Ninguém  bate cedo na minha porta sou mesmo um esquecido. Mas onde você estava indo  Sidoire? Gostei desse novo penteado todo para trás! O topetinho  já deu né!?
                                         
— Eu estava indo na sua casa te contar uma novidade.E não fala do meu topete! Ele só está assim para trás  enquanto está molhadinho. Assim que secar ele volta a ser topetinho.  Eu gosto do meu topete.
                                     
— Foi mal eu não quis te ofender.
                                     
— Sidoire você está falando com quem?
                                 
—Estou falando com o Raio. Não precisei ir na casa dele, ele bateu aqui.
               
— Manda ele entrar, vou me levantar para fazer o café. A cadeira de roda esta presa na cama?
                               
— Está sim  Livemar, pode se sentar que está segura.

—  Não tenha pressa de se arrumar e deixa que eu faço o café.
                                           
—Entra Raio, eu tenho uma fofoca para te contar.
             
— Fofoca, Fofoca! Adoro fofoca! É sobre quem?
         
—Sobre O Neculai e eu.
       
— Neculai e você!? O que você teria para me falar.
         
—Neculai vai viajar  com a família no dia primeiro de junho e só volta dia vinte e cinco.

Livemar grita do banheiro:
         
— Ele não volta dia vinte cinco, volta dia quinze.
       
— Que dia Quinze! É vinte e cinco.
                       
Livemar responde:
               
— Deveria ter gravado essa parte também para voltar a fita e saber que ele volta dia quinze mesmo.
                     
—  Ah! Deixa ela pra lá, eu tenho certeza do que estou falando. Então, Ele vai viajar e deixou tudo, tudinho sobre a minha responsabilidade, inclusive os funcionários.
             
Raio ri e acaba se engasgado com o café, tossindo acaba molhando a cara do Sidoire e a mesa.
         
— Desculpa amigo, Não me segurei. Não acredito que O Neculai fez isso . Hahaha.
     
— Fala isso por ele não ter confiado em deixar a casa sob o seu comando. Seu ciumento, invejoso. É quer saber de uma coisa? Não estou mentindo... escuta o áudio dele.   "Vou viajar e você ficará responsável pelos meus funcionários, você dará ordem para eles".
   
—  Rapaz e não é que é verdade!                             
Mas isso não significa que eu terei que te obedecer. Você ouviu, ele disse funcionários. Eu não sou funcionário  dele sou amigo. É isso nem foi uma fofoca.
                                       
— Espera ai, eu não acabei. Deixa eu falar baixo.... chega mais. Estou pensando em organizar uma festa para umas 60,  70 pessoas.
             
— VOCÊ DISSE FESTA?
             
— Fala baixo,  Livemar não pode ouvir agora.
—Está bem! E que festa é essa?                                             
—Vamos organizar uma festa junina, chamar toda a bicharada, humanos não entram. Na lista vão estar: O gato da Fefe, Alfredo, o  cachorro Luke daquele conto " por um dia em minha vida". Lembra dele.  Temos que chamar animais de sucesso aí a nossa festa vai bombar.





 Tem a família dos felinos  e a pulma Ericka Pulmiam, o Norman aquele Sátiro que é metade homem metade bode, ele vai ser responsável  pelo som. O Norman é o menino que a bruxa Fefe transformou em bode no conto: "Nós  vamos invadir a sua praia".
                             




—  Sim, sim, eu me lembro bem.
                                       
— Vai ter muito bicho bom nessa festa. Você aceita organizar essa festa comigo?
                                 
—  Falou em festa estou dentro. Mas por que você precisa falar baixo? Está escondendo alguma coisa?
   
— Eu não quero que essa informação vaze antes do Neculai viajar. Ele não ia gostar de saber que fizemos uma festa dessa na casa dele.
                                       
Raio debochando do Sidoire olha para um lado e para o outro e pergunta sorrateiramente:
               
— E que festa é essa que vamos planejar?
                   
—  Uma festa junina.  - Diz o Sidoire para ele.
                   
— Festa junina! Grita o Raio e a Rubi aparece na sala toda feliz.
                             
—Papai, o senhor falou em festa junina?— Papa,  Papai deixa eu ser a noivinha da festa?  Eu nunca fui escolhida na escola para ser a noivinha. Deixa deixa?
                               
— Claro que sim minha filha! Vou conversar com a sua mãedrasta para ela nos ajudar a escolher seu vestido de noivinha.
         
— Obrigada papai! Tenho certeza que se a minha mãe fosse viva, ela também iria adorar me ajudar a escolher o meu vestido! Mas sei que ela esta muito orgulhosa de você ter escolhido uma linda mãedrasta para mim. Eu amo as duas.  Minha mãedrasta é muito minha amiga. Amo vocês pai.

— Obrigada filha, papai também te ama e por isso ele não quer que você fale dessa festa com ninguém nem com A mãe! Papai pode confiar em vc?
                                           
—Claro que pode papai. Adoro surpresas.
                                             
Livemar sai do banheiro da cumprimentta a filha e o Raio.
                                       
— Bom dia! Vocês estão falando do que?
                   
— De festa mãedrasta.  Papai e Raio estão organizando uma festa junina e vc vai me ajudar a escolher o vestido.
                 
— É  mesmo Sidoire? E ondevocê pretende fazer ou ir nessa festa?
                               
— Xi, nâo fala alto,  É surpresa.
                                       
—Tá bom vou ficar na minha, mas nâo  me envolva nisso nâo. A unica coisa que posso fazer é ajudar a Rubi mesmo na escolha da roupa.
                                     
— Certo amor, nâo se preocupe, trataremos de tudo ne Raio !?

Sidoire da uma mâozada nas costa do Raio para ele concorda.
         
— SIm, sim, é claro.
                           
—Tudo resolvido então. Complementa o Sidoire.
   
— Mas Raio, a propósito o que que você veio fazer aqui?  Não veio tomar café não né?
                                     
— Na verdade não! Eu tinha vindo aqui para pegar um pouquinho de pasta de dente emprestada pois a minha acabou. Mas já que me convidaram para tomar café, eu aqui estou.  Rubi, pega o leite na geladeira para mim. Esse café está muito quente. Aproveita e pega a mortadela também. O pão duro do seu pai só colocou manteiga na mesa.

— Pera aí pera aí. Vai tomar café com pão na sua casa. Hoje não tem como eu te dar... O pão aqui é da Rubi.
     
—Tudo bem, tudo bem. Obrigado pelo golinho de café ralo que você me ofereceu. Estou indo, mas não vou sem essa mortadela e a pasta de dente. Tchau!
                               
—Sacana levou a nossa comida.
                                     
— Deixa ele, ele é uma criança grande, uma hora ele muda.

Sidoire tomou cafe e depois almoçou com a familia, brincou com a Rubi e as treze horas ligou para o Raio.
                                           
— Oi Raio, tudo bem?!
           
— Mais ou menos , estou no trono. Aquela mortadela não me fez bem não viu! Estou com a traseira ardida. Só sai água daqui.
                           
— Não  se preocupa que vai passar. Estou te ligando para saber se você pode vir aqui por volta das dezoito horas para me ajudar a comprar as coisa para a festa junina.  Livemar já comprou o vestido da Rubi para a festa. É o vestido é uma graça.

— Quando o meu rabo parar de arder eu penso se posso. Agora não consigo pensar e nem sair do trono.
               
— Tudo bem, combinado.  Te aguardo as dezoito horas.
— Eu não  prometo nada  Sidoire.
                                   
Horas mais tarde.
                   
—  Caramba continuo com a barriga ruim, mas amigo é amigo... moramos tão pertinho. Vou lá na casa dele.

— Opa opa... minha barriga deu um embrulho.  Sidoureeeeee! Abre a porta estou chegando aiii.
               
— O que houve rapaz! ?
           
—Minha barriga estava brigando aqui dentro e eu achei que eu não ia me segurar. Então fui logo gritando para você abrir a porta. Mas foi alarme falso, estou bem.
                                 
— Que bom Raio! Assim podemos ir às compras. Vamos escolher as coisas aqui na internet.
   
— Abriu uma página aqui vamos ver  Raio.             
Comida típica de festa junina: 1 milho, 2 maçã,  3 carne para churrasco  Cerveja, caipirinha, refrigerante . Quentão , caldos, salsichão...  bastante comida e bebida.
Vamos fazer sucesso.         

—   Oi Raio,  oi papai. Posso ajudá-los?
                                 
— Pode sim filha,  escolhe as prendas para as brincadeiras.
                       
—  Tá bom, eu quero que tenha os bonecos da China Girl  e Neculai,  às bichinhos de pelúcia Raio e Sidoire, Vampirinho , bola, nave espacial entre outro.


         
— Tá bom filha tudinho anotado. Beijo. Agora fica com a Livemar enquanto eu d o Raio terminamos.
         
—  Tá bom papai. Beijo.
             
— Sidoire tenho que correr! Vazou aqui. Eu achei que seria só um peidinho mas molhei as calças.
                   
— Eita que merda!
               
—  Foi Merda mesmo.
                       
— Aguenta aí que vou no meu quarto pegar um calção. Vai no banheiro se lavar que o fedor está brabo.
— Estou indo!
—Que fedor é esse Sidoire?
— Fala baixo para não constranger o Raio. Ele se borrou todo nas calças. Hahaha.
                                     
— Nossa, logo agora que eu ia servir a janta!
                         
— Sidoireeee!!!
                   
—  Está morrendo Raio?
       
— Não! só preciso de uma toalha para me secar.
           
—  Você acha que vou emprestar a minha toalha para você secar esse rabo grande e outras coisas. Sai fora!
           
— Tudo bem, só me trás o calção e não olha pro meu mano não. Hahaha.
             
— Bem Raio, conseguimos resolver tudo sobre a festa agora é só esperar o dia chegar. É não precisa me devolver o calção.  Amanhã nos falamos.
                       
— Calma, calma! Acho que está saindo alguma coisa na cozinha e vc não vai me mandar embora numa hora dessa, principalmente depois que te ajudei bastante.
                               
— Está bem! Pode jantar aqui.
                                       
— Hi  Hi   Hi,  me dei bem.
       
— Vamos ter companhia para o jantar. Rubi, ajuda a sua mâe colocar a mesa.  Dpois eu lavo a louça.
               
— Nossa que mesa farta! Meu amigo está podendo!
         
— Não estou podendo... eu trabalho para conseguir o que comer diferente de alguns.
                                   
— Isso näo foi indireta para mim né?!
                                   
— Não! Imagina!
                   
— Vocé sabe que tenho me esforçado  para achar um emprego, mas é dificil pra todo mundo...  meu cu*  rriculo na reta eu ponho, mas ninguém me chama.
— O papo está sinistro, a comida estava  boa , mas eu preciso ir. Já sâo quase vinte uma hora e eu ainda estou aqui. Abraço amigos e obrigado pela  comida.
                   
—Opa, opa, volta aqui. Você não esqueceu nada não?
     
— Acho que não!  A sobremesa  Por acaso?
           
— Não, a sua calça  está no banheiro.
                           
— Foi mal, estou indo buscar . Obrigado por lembrar.
                               
— Corre com isso daqui que está podre.
                           
Todos foram dormir e na manhã do dia seguinte passaram um dia normal.    Amal Chamou a Rubi para dar uns livros de presente para ela. Umas roupinhas novas. Conversaram sobre a viagem de segunda-feira e as duas se abraçaram dizendo que uma morreria de saudade da outra.
                   
A noite por volta das dezenove horas, Sidoire bate na porta do Neculai.
     
— Oi Neculai, animado para a viagem?
                               
— Sim estou, já estamos com tudo pronto. Viajarei amanhã por volta das sete horas. Podemos nos despedir agora pois ananhâ eu não terei tempo.
                 
— Tudo bem, então amanhã as sete estarei acordado para ocupar meu cargo de chefia da casa. Tchau, chama a Rubi pra irmos embora.
                                         
Segunda-feira, primeiro de junho. Sete  da manhã. Toda a família Desade já  estava preparado para viajar... o motorista leva ao aeroporto tudo ocorre bem. Enquanto isso na casa do Sidoire o despertador toca e ele acorda elétrico animado.
                         
Sidoire olha a hora no despertador e vê que eram seis e quinze da manhã. Levanta da cama se espreguiça dizendo:
—Acordei a tempo de desejar boa viagem para eles. Deixa eu beber uma água gelada, para despertar. Vou na cozinha. Esse barulho do relógio da cozinha é tão gosto de ouvir!.  Tic tac, Tic tac.

De repente Sidoire põe a mão no rosto  e de olhos arregalados da grito de susto dizendo:
                                   
— O que? Nove e quinze da manhã? Eu me atrasei! Meu relógio do quarto está marcando a hora errada. Eu não consegui falar com o Neculai na presença dos funcionários. Espero que eles me respeitem.  Bem, vou começar o meu cargo de chefe.  Faltam duas semanas para a festa da tempo dos funcionários colarem as bandeirinhas e enfeitarem tudo.  Raio vai me ajudar também.
             
Vou deixar uma lista do que eles têm que fazer nessas duas semanas sobre o meu comando e também avisarei que se eles não cumprirem as tarefas  diminuirei o salário deles.  Assim eu terei respeito. Quem quer ver seu salário diminuído? Haha
                             
Lista no refeitório:
Montar as barracas, colar as vandeirinhas ...., ....,  limpar todos os banheiros e churrasqueira...  papel coladinho, vou voltar para a minha casa. Melhor, essas duas semanas vamos ficar dentro da casa do Neculai.
     
Sidoire indo para a casa dos Desades encontra um funcionário no caminho.
           
—  Bom dia Sidoire.
                 
— O  que!?  Bom dia senhor Sidoire. É assim que vocês  terão que me tratar até a volta do Neculai. Vou ficar por uns dias na casa do patrão e quero que peguem a Livemar e a Rubi e tragam para cá.  Peça uma funcionária para pegar umas roupas nossa lá em casa e trazer para cá. E você ajude a Livemar com a cadeira de roda.
                 
—  Sim senhor.
                           
E os dias foram passando , dia 2, 3 , 4, 5 ... no dia 6 Sidoire liga para as empresas para dizer que as mercadorias compradas ainda não tinham chegado. O funcionário diz que está a caminho para ele ir acompanhando os produtos pelo código do rastreamento. Sidoire agradece a atenção  e vai curtir a piscina com a família.
                                   
— Papai está ficando tudo muito lindo! Esse monte de barraquinhas espalhadas pelo quintal estão bem legais. Eu vou adorar quando tiver um monte de prendas. Uma pena eu não poder chamar os meus amigos!
                     
— Mas eu chamei o vampirinho que vai fazer par com você. Ele é seu amigo.




Conversa vai conversa vem a hora foi passando. Raio chega a beira da piscina e fala para o Sidoire:
               
—  Já te falei que não é certo usar a casa do chefe você está muito errado com isso.

— Deixa de bobeira, você está falando isso pois eu não te convidei para fica na casa. Mas tudo bem tem vários quartos lá, você escolhe um.
                                       
— É sério? Os olhinhos do Raio brilham.
                     
— Vou buscar as minhas coisas. Obrigado, vamos curtir a que casa toda só para a gente.
                               
Os dias foram passando: 7, 8, 9, 10.  Um funcionário bate a porta do Sidoire.
           
— Quem é!?
                             
—   Sou eu, o Jorge. É que chegou uma encomenda para você.
                                     
— Entra e deixa na sala, não posso descer, estou jogando videogame com o Raio e a Rubi.
                                       
Sidoire desliga o interfone do quarto e continua a partida.
                               
Horas depois eles descem e vão abrir as encomendas.
       
— Papai meu vestido chegou e olha como ele é lindo! É mais bonito ao vivo.  Vou experimentar.
                             
— Me ajuda a conferir Sidoire, todas as prendas estão ai?
                                   
— Acho que sim Sidoire, tem doze caixas com bonecos de pelúcia e uma caixa com o boneco do Neculai com a China Girl.
         
— Agora tem uma pelúcia aqui muito feia , não sei como passou no controle de qualidade.
                                   
— Deixa eu ver? Esse sou eu Raio!  E não ficou feio não. Está uma gracinha.
     
— Foi mal só achei um pouco estranho. Como conseguiram fazer um boneco mais feio que você. Hahaha.
                                   
— Olha como eu fiquei linda! A mãedrasta está perguntando se a calda dela também chegou.
               
— Deixa eu ver aqui... chegou sim filha, vamos lá pegar ela no quarto e descer com ela. Eu seguro numa parte da cadeira de rodas e o Raio na outra e assim descemos as escadas.
                               
—  Oi amor, viemos te buscar, venha ver tudo que chegou. A sua fantasia de calda junina está muito linda e o seu chapéu  de palha é lindo também.
                         
— Oi Rubi!  Como vc está linda nessa fantasia de noivinha!
                                 
—  Obrigada mãe drasta, você também vai ficar muito linda na sua calda.
             
— Agirá que você já experimentou seu vestido é bom tirar e guardar direitinho para não rasgar e nem sujar.
                                 
— Sim, já vou fazer isso mãe drasta.
                                       
—  E a minha caipira não chegou não?
                             
— Não Raio, nem a sua nem a minha.   Mas deve chegar por esses dias.
                         
— Só falta eu não ter roupa para a festa.  Essas coisas só acontecem comigo!

— Pera aí Raio, tem um pacote fechado ali.
Disse Livemar
                                 
— Onde, onde?
                                       
— Na cadeira Raio.
                     
Raio abre o embrulho desesperado.
                                 
— É a nossa roupa Sidoire!  Smack, e smack. Raio beija a blusa.
                                     
— Mas ela é linda! Verde quadriculada. A sua é essa vermelha, não tem tanta beleza quanto a minha mas você vai ficar bem nela.
           
Horas depois todos jantaram e mais tarde foram Dormir.

Dias se passaram : 11, 12, 13.  14.            Oito e quarenta do dia 14.
                                         
— Papai, papai! Hoje é véspera da festa. Estou muito ansiosa. Vamos tomar café e ver como estão ficando a arrumação para amanhã?
                             
— Claro filha, e hoje teremos muita coisa a fazer em relação a ornamentação. Amanhã eu e sua mãe drasta orientamos os cozinheiros a fazer os caldo e os outros funcionários arrumam as barracas com a nossa supervisão.
                           
— Bom dia Sidoire e Rubi! Livemar ainda não acordou?

— Acordei sim Raio, estou aqui na cozinha preparando um suco de algas para hoje e para amanhã fiz aqui 5 litros. Hoje não vou comer muito, vou limpar a bem o meu organismo pois amanhã vou comer bastante coisa boa na festa e depois bebo esse suco de algas detox.
                               
— E ai Rubi , vamos indo...  Raio e Livemar depois nos acompanha.
                         
— Pode ir sim Sidoire, eu tomo café com o Raio, depois ele me leva, te passo um rádio para saber onde você está.
                           
— Olha pai quantas bandeirinhas lindas! A beira piscina está toda enfeitada.
— Pai,  por que a piscina pequena está vazia?
                     
— Vai ser o nosso freezer.  Amanhã os funcionários colocaram as bebida lá e a das crianças e adolescentes ele irão colocar no isopor grande.
                                           
É Serra madeira pra lá pra cá e assim tudo está sendo construído.
                                 
—  Carlos cadê o capacete? Não pode trabalhar sem proteção.
                                 
— Sim senhor Sidoire já estou colocando.
                           
Andando mais pelo quintal um grupo de empregados colocava as bandeirinhas do portão de entrada até o a casa  uma distância de setessentos metros mais ou menos.
                                     
— E ai pessoal vocês acham que essas bandeirinhas vão ser suficiente?
                           
— Sim responderam três dos cinco homens que enfeitavam o local.
                       
— Espero que vocês terminem antes  que essa chuva caia. Não podem os perder tempo.
                             
— Carta na que estava passando com os belo E  responde ao Sidoire.
           
— Não vai chover não chefe! O temporada fechado mas o vento vai  levar essa nuvem para longe.                                   
— Espero que você tenha razão. Não quero que nenhum raio estrague a minha festa.
                             
— Alguém me chamou? Estou aqui. Ouvi alguem falando o meu nome.
         
— Não Raio, estavamos falando do fenômeno natural da natureza, a  descarga elétrica atmosférica.
                             
— A tá pensei que o fenômeno fosse eu.  E por acaso está precisando de mim?
                                           
—Eu estou aqui com a Livemar empurrando a cadeira para ela não se cansar.
                                   
— Preciso sim, preciso que você va até  a churrasqueira checar se está tudo certo por lá, e se osespetos estão organizados.
                           
— Certo chefe de meia tigela.
                 
Rubi sentou no colo da Livemar e disse que ela era a mãedrasta mais linda que ele conhecia e que ela fazia o Sidoire muito feliz.
As duas riram e foram andar pelo quintal enquanto Sidoire e Raio comandava tudo.
Essa arrumação durou o dia inteiro  e por volta das  dezoito e trinta já estava tudo arrumado . Só as prendas ficaram para o dia seguinte e as comidas.
         
Foi um dia de muito trabalho.
     
A noite chegou e todos foram para casa.  Rubi não conseguia dormir de tão ansiosa que estava.

— Livemar, não consigo dormir, posso ficar aí com vocês?
                                         
— Claro deita aqui no nosso meio. Assim você pegar no sono.

— Só  não vamos poder  conversar, está tarde. Vou apagar a luz e assim logo logo  você consegue dormir.

Trinta minutos depois  a Rubi já tinha pego no sono.

E  chega o grande dia! Quinze de junho, dez e quarenta da manhã.
                 
— Eita perdi o horário! Logo hoje  que eu tinha que acordar cedo!  Ué! Cadê a  Livemar e todo mundo?
Se pergunta o Sidoire. Que veste uma roupa rápida penteia o topete, escova o dente e desce. Chega na cozinha e diz:

—Eita que dia lindo! Essa festa promete!

Sidoire passa um rádio para saber onde Eles estão.                 

— Livemar está na escuta? Onde vocês  estão?
             
— Na escuta sim, estamos aqui na cozinha do salão de festa, estou orientando as cozinheira sobre que tipo de caldos elas irão fazer.
             
— Tá bom, estou indo para ai.                                             
— Papai acordou Livemar? Acordou sim e está vindo para cá.
                                 
—  Vou ali na porta esperar por ele.
                                   
— Cheguei, chegue estou chegando, que cheiro bem é esse?
                                   
— Oi papai nem deu bom dia!
                                       
— Desculpa filha não foi a minha intenção. Deixa eu dar um beijo no seu focinho.  Smack.
                                           
Os dois riem.                       
— Livemar, você não está vendo isso não ?
                       
— Isso o que?
                             
— A dona Antônia está sem toca e sem máscara.  Não está vendo que pode cair cabelo no caldo ou secreção no alimento! Tudo bem que nos não pegamos esse tal de Coronavirus, mas nào é higiênico isso nào . E olha a a Outra lá  experimentando o caldo com a colher na boca. Isso não pode, vira para eu ver que é você.                              — Oi sou eu, eu nào estou experimentando, esse é meu almoço... Já estou com fome, são onze e meia agora.
                                         
—  Que raio você está fazendo aqui na cozinha Raio?
                                     
—  Almoçando não está vendo? E eu já cuidei de tudo. As bebidas já chegaram, o gelo chega âs e as meninas da gestão colocando as prendas nas barracas.
                                 
—   Tudo bem, vou lá ver as arrumações. Quer vir comigo Ou vai ficar só com a Livemar e a Rubi?
                         
— Vou ficar aqui com a mãedrasta.
                               
— Olá menina, como estão as arrumações  por ai?
       
—  Tudo bem Sidoire, está ficando bonito?
                 
— ficaria mais bonito se colocasse eu na frente e o Sidoire mais atrás.
                       
— Vitória tinha feito isso mas o Raio passou aqui é pediu para  colocar ele na frente.
                                 
—  Troca troca. Vitória, ele não vai nem perceber.
           
Obrigada Suellen por me avisar. Haha
               
—Bem meninas,  já andei tudo por aqui, estou vendo que as coisas estão correndo muito bem. Não tenho muito o que me preocupar.
                             
— Vou passar um rádio para a Livemar.  Tchau e lembrem-se que até amanhã as dez todos estão proibidos de usar celular no trabalho. Somente rádios são permitido.
                             
— Livemar é só para te avisar que estou indo na academia. Vou ficar lá por umas duas horas. Avisa ao Raio que se ele quiser me acompanhar estarei o esperando. Beijo.
                   
— Eu escutei Livemar, mas não estou a fim de ficar sozinho com ele na academia. Ele como nosso responsável está muito chato. Acabei o meu almoço, agora estou comendo a  minha sobremesa e não tenho interesse  nenhum em academia.
                                   
— Tudo bem, continue aqui nos ajudando. Vou ficar aqui por mais uma hora é depois vou cuidar da minha beleza e da beleza da Rubi.

Meia hora depois.
                 
—Livemar?
                               
Vou voltar atrás, fiquei com a minha consciência pesada. Comi muito e vou sim,  para academia com o Sidoire. Me desculpa tá?
           
— Imagina! Sproblema,  é bom que vocês conversam um pouco. A sua ferradura está nova? Eu afiei as garras dele ontem. Espero que vocês fiquem inteiros depois da academia que não é uma academia de box e sim de musculação viu?! Haha.
                                           
— Tá certa.
                           
— Oi Sidoire, suando a camisa né? Não se cansa muito não que hoje a noite temos festa.
— Pode deixar campeão estou em forma e não vai ser duas horinhas de treino que vão me derrubar.
Enquanto os meninos ficam no treino e tudo corre muito bem, as meninas vão para o salão cuidar das unhas e cabelos. Livemar escolhe esmalte vermelho e Rubi também. As meninas saem do salão as quatro e quinze da tarde.
Raio e Sidoire já estavam em casa. Raio preferiu ir para a casa dele mesmo,  disse que precisava dar uma arrumadinha na casa. Sidoire foi para a casa do patrão.  Sidoire passou um aviso aos funcionários para irem embora ás 5 e não as seis como de costume.
                 
Já com tudo pronto para a festa e nenhum humano na casa,  Sidoire pede para as meninas irem se arrumando enquanto ele vai na casa do Raio
                                 
Toc toc                                   
—  Quem é que está batendo a minha portaaa?
                           
—  Sou eu,  Sidoire. Quero saber se você  já está se arrumando para a festa.
         
— Estou quase pronto, pode entrar.                                                                           
— Huuum tomou banho e está todo perfumado. A casa nem está com cheiro de curral.
                                   
Raio se vira para o Sidoire  revoltado e diiz:
                 
— Olha aqui a única  coisa que deixa cheiro ruim aqui é o seu cu... , cu... como é que se chama mesmo? Cubículo mal lavado que antes fedia a cachorro  e agora também a peixe.
                                       
Qua qua qua. Ria o Sidoire da cara do Raio.
                 
— Que risada besta é essa? Esta parecendo um pato roco. Não sabe nem rir.  E ta rindo de que?
                       
— Da sua cara; que merda é essa que você colocou no rosto?
                                     
— São os meus bigodinhos artificiais.  Minha mamãe sempre fazia quando eu era pequeno. Vê lá se tenho essa cara barbuda e feia sua. Meu rosto parece bumbum de bebê de tão lisinho que é.
     
— É por isso que ficou esta merda o que tem no bumbum de bebê? Hahaha.
Estou de zoeira, ficou bacana.
                                 
— Sai daqui seu, seu. Você não presta. Me zoa mesmo que eu conto para a Livemar tudo que aconteceu no bar do Zé naquele dia.
                   
— Olha que um amigo não entrega o outro.  Deixa eu ir antes que sobre alguma coIsa para mim. Mas de verdade! Gostei da barbicha.
                             
— E você ainda nem se arrumou e veio me encher o saco.
                                   
—Vim  saber se vc estava acordado, na sua casa não tem interfone e todos estão proibidos de usar celular por isso eh não iria conseguir falar com você. Mas já estou indo me arrumar.

Minutos depois. Todos estavam prontos e convidados chegando.
     
A família dos felinos e a pulma Erika  foram os primeiros a chegarem.  O tigrezinho Peckson e a onçinha  Adenaina  já chegaram querendo brincar . Vampirinho Literario e morcegão chegaram quase juntos e também foram para as brincadeiras. O galo Galorgildo tocava a sanfona e a dona Galinha Galinarde dançava ao som da sanfona. Norman, o Sátiro anunciava as músicas que iriam tocar e quando ele vê as crianças nas brincadeira, comentava no microfone. Sidoire dança com a Livemar na cadeira e o gato Alfredo da bruxa Fefe a observa com olhos famintos de quem esta tentando devorar a sua presa. Mas sabe que aquela peixona ele não pode mexer.
                   
               
— Ele segue rondando a festa e conversando com o todos por lá.
                         
Norman anuncia a barracas
       
— Atenção bicharada, temos aqui a barraca do Angu à baiana. Dona porca e seu porco estão servindo quentinhos, temos também as bebidas nas piscina para adultos e na geladeira bebida para as crianças e temos também o tigre o Packson no pau de sebo, será que ele consegue pegar o bife ou não. Vampirinho Literario, Morcegão e Rubi  estão na fila. Não estão querendo que ele consiga.  Estão fazendo de tudo para ele escorregar.


                       
A onça Kariska escuta o nome do filho e mostra para o marido o tigre Traygon onde ele está.  Os dois torcem muito, mas Peckson cai do pau de sebo sem pegar a carne. E é a vez da Noiva mais linda da festa, e ela a Rubi a filha do Sidoire com e entiada da Sereia Livemar. Vamos torcer para alguém conseguir pegar essa filé.  É do outro lado tem a barraca da Dona girafa é a barraca da escola. Será que ela consegui ganhar alguma prenda?



Parece que sim, está ela saindo da barraca com o boneco do Sidoire na mão. Parabéns Adenaina. E do outro lado temos a boca do palhaço, quem conseguir acertar 4 bolas dentro da boca leva um prêmio. E o cachorro Luke acaba de ganhar uma bola.




Gente gente está tudo muito lindo essa noite. Sidoire pediu para avisar que a piscina está aberta, caso alguém tenha coragem de se molhar nesse frio. A gente sabe que em toda festa tem um doido. Pelo visto muitos doidos. Olha quantos animais já tem lá. É lá tem ela, ela mesma a mais elegante dessa festa. De onde será que ela veio? Uma deusa entrando. Olhem olhem olhem para essa maravilha. Raio que estava tomando um gin e comendo um churrasco na barraca do touro Fernandão e da Puma Erika não aguentou olhar para tanta beleza.  O olho brilhou , brilhou  e o queixo caiu. Erika Pumiam levanta o queixo do Raio e gin dele caindo no chão. Estou vendo alguém apaixonado por ai.                        Meu Pai amado! Que lindeza que está chegando.  Como é que vou chegar nela?

— Olá ! Boa noite! Sei que nâo fui convidada para essa festa. Mas meu transporte caiu aqui então resolvi entrar.


                                     
Muitos dos rapazes tentaram ajuda-lá, mas ela recusou a ajuda de todos e ficou em apenas um. Sim ele. O mais forte, mais peludo.  A vaquinha olha para ele de diz:
                           
— Então é aqui que você se esconde quando some por tanto tempo?
                             
O Raio coloca a mâo no peito e diz:
                             
— Nâo, eu nâo me escondendo de nada e nem de ninguém! Eu sempre morei aqui. E vê lá se eu ia me esconder de uma belezura dessa!
                 
— Eu nâo estou falando com você! Estou falando com ele. O touro Fernandäo, sedutor de mulheres.
         
— Pronto ela achou o marido e eu nem peguei ela e já fiquei na mâo. Pensou  o Raio. Fernandão se esconde atrás da Erika Pulmiam dizendo:
                   


—Espera ai! Eu posso explicar...
                           
—Você não me deve explicações  e eu nem quero saber nada de você.
         
— E você  qual é o  seu nome?
                                     
— Meu nome é Raio
                           
— Bem, aqui no Brasil os homem ficam babando e por outra parte do corpo e nos Estados Unido a paixão deles é outra. - Raio pensando alto.                         —Que ferro é esse no seu umbigo?
                                                   
— É meu piercing, uso desde os 16 anos. Isso é outra coisa que chama a atenção dos touros e bois de Salim. O touro Fernandão se amarra muito nesses piercings.
                 
— Fernandão! Quem é esse Fernandão?
                               
— É aquele touro ali que pega todo mundo em Salim.

— Você já saiu com ele?
     
—  Eu nunca sai com ele não, mas sei da fama dele de pegador e também sei da fama de bom pagador. Rola um boato  que ele paga as vaquinhas para elas não saírem dizendo por aí que ele tem o  balango pequeno Hahaha.
                             
—  Então eu vou me dar bem.
                                         
—  O que  você disse Raio?
     
— Nada não! Apenas tive um pensamento alto aqui.
             
— Completando o que eu estava dizendo Raio.
           
—  Essa fofoca sobre o tamanho do balango  do Fernandão fica só entre as mulheres. Ninguém sai falando por ai não viu!
       
—  Não me apresente esse Fernandão,   senão eu não vou me aguentar. Vou olhar para a cara dele e vou pensar: Fernandão do balangandozinho. Hahaha.
         
— Vamos deixar de falar sobre isso.                             
— É vamos deixar de falar mesmo. E essa sua blusa verde esta me dando uma fome. Chego até sentir cheiro de grama. Um minutinho só aí.
                                           
— Vai buscar alguma coisa para comer?
                           
— Sim, vou comer alguma coisa.
                                   
—  Trás um milho cozido pra mim.
                       
— Trago sim.
           


Vinte minutos mais tarde.
— Caramba ela está demorando! Será que ela encontrou alguém mais bonito do que eu? Não, impossível! Ninguém tem um sorriso mais belo e branco do que o meu, um pelo mais branco e ilustrado que o meu. E olha o meu casco, dá até para se ver nele, parece um espelho de tão brilhante. Não, ela não me trocaria por ninguém, eu sou perfeito. Vou atrás  dela.
— Opa , opa, com licença, estou passando.
                 
— Oi, vocês viram a vaca por ai? Raio  perguntou a  onça Kariska e a Pulma Érica Pulmiam.
                     
— Não,  eu não vi. Disse Kariska.
                                   
— Eu também não vi, estávamos aqui conversando sobre a Festa. Estamos muito encantada com tudo. Está tudo muito lindo, Sidoire e Livemar souberam organizar tudo muito bem.


                                 
— Sim, mas também pediram ajuda ao burro de carga aqui.
                           
—Alguém me chamou ai? Perguntou o burro Eugênio.
             
—   Não,  Eugênio, só usei uma força de expressão.  Mas como todos sabem, você é o gênio dos gênios. Raio complementa.
             
— Que ninguém me escute, mas é o gênio da burrice. Hahaha.
                                   
— Valeu Raio.
                       
—  Que nada burro Eugênio!  Acerta os óculos, estão caindo.
                                                 
— Obrigado Raio
                     
—Além de burro é uma besta. Minha vaquinha não me trocaria por homens assim, nunquinha. Mas onde ela se meteu? — Ca ca ca caramba! Não estou acreditando no que estou vendo?! Jesus, Maria  e José! O que aquela louca esta fazendo?
                                 
Raio catuca a Elefoa Kafunda.
                               
—kafunda, olha naquela direção, vê se aquela ali é a Dna vaca.
                               
— Deixa eu coçar o olho pra ver melhor. Xiii, é ela sim.
           
— Não acredito! Vou chegar mais perto.
                         
—  Podes crê, é ela mesmo. Diz Cafunda.
                     
Raio grita de longe:
               
—  Minha vaquinha o que você está fazendo!?
               
— Ué! Nada de mais, só vim comer um pouquinho.
       
— A grama do Neculai. Você está doida!? Que boca é essa!? Parece um cortador de grama. Olha o caminho que ficou!
                             
—Eu  disse que a sua blusa havia me deixado com fome, essa cor verde me lembrou a grama e nós  vaca comemos grama , as vacas e os cavalos aqui não comem? Hahaha
                             
— Não ria com essa cara cheia de grama para mim não. Eu agora estou  desesperado.
                         
— O que vou dizer para o Sidoire, e para a Dna Helena mãe do  vampiro Neculai? Ela tem maior Ciúmes dessas plantas.
                   
— Fácil diz que contratou um serviço  de jardinagem e o rapaz fez um mal serviço ...

— Bem é melhor sairmos de fininho, amanhã  Sidoire vai ver isso ai,  então depois penso o que falar para ele.

— Oi Raio!
                               
— Oi Sidoire...  vou ali pegar um milho cozido para mim e essa vaca linda e perfumada.
A vaca sorri para o Sidoire e Livemar.
                                   
— Oi dona vaca, tem alguma coisa verde entre os seus dentes. Diz Livemar bem baixinho para dona vaca.
             
— O que você disse?
                 
— Tem uma coisa verde entre os seus dentes.
                         
Em alto e bom som a vaca repete:                                   
—  Tem uma  coisa verde em meus dentes! Deve ter sido a G...
                             
—  S— Sim deve ter sido a alface do hambúrguer que comemos.  Raio Completa a frase
                                     
—  Mas nem pedimos hambúrguer para a festa ou você pediu  Sidoire?
                       
— Eu não, minha sereia linda.
                                     
— Então deve ser o Alface que comi no almoço de ontem. Alguém tem um espelhinho para me emprestar?
                           
—  Pode olhar aqui no meu casco que, de tão limpinho e ilustrado parece um espelho.
                         
Sidoire e Livemar se despedem e deixam o casal conversar.
           
— Minha vaquinha vc quase se entregou.
                                 
— Caraca, eu não sei mentir, se eu comi a grama eu tinha que dizer que comi. Agora eu te conheço a tão pouco tempo e você já está me ensinando a ser dissimulada.
                                               
— Foi só para te proteger. Agora vamos lá para perto da fogueira, acabei de pensar numa música aqui para vc. Não sou compositor,  mas essa sua beleza e seus cachos me deixaram apaixonado por você:  Vou ali chamar o Rinoceronte Rinolver . Ele é pagodeiro toca um pandeiro que é uma maravilha.
                                             
— Rinolver!
                             
—  E ai cara! qual é a sua? Está me chamando?
           
— SIm estou,  está vendo aquela vaquinha ali?
         
— Não tem como não ver, uma gatinha dessa!
                   
— Pera ai, para ai!  Respeito é bom e eu gosto. A vaquinha está comigo.

— Sério? Tá podendo! Eu aqui nem pego resfriado. Mas o que você quer amigo?
                                   
— Eu estou querendo impressionar aquela vaca. Pensei agora numa música para ela. Vou te passar a o rítimo  e vou cantar enquanto você toca o pandeiro.
                               
— Você cantando um samba?! Hahaha essa eu quero ver.
                                 
—  Não me deixe encabulado. Sei que quando a gente ama,  tudo fica perfeito, e eu estou amando.
                             
— Pode deixar que vou tocar o pandeiro.  Só vou pedir para o Norman tirar a música de quadrilha e colocar o seu pagode. Hahaha. Desculpa, prometo me segurar. Hahaha.
                                 
—  Ô seu bode! Metade homem metade cabra, o Raio pediu para  parar a musica um pouquinho. Ele quer cantar um pagodinho para a vaquinha dele.

— Mas eu não tenho nada programado aqui não.
         
— Não se preocupe ele mesmo acabou de inventar uma letra e vai cantar no gogó.
                                                           
— Não ria não!  Norman Hahaha.
                                         
—Mas Tu também está rindo Rinolver!
                                   
— Eu sei, eu sei. Mas vamos respeitar o amigo apaixonado.                                       — Pronto Raio, já avisei ao Norman, ele vai fazer a chamadinha para todos se reunirem lá próximo a fogueira como você deseja.
                                 
— Obrigado Rinolver.
                       
Norman desliga a música e pede para que todos se reúnam em frente a fogueira e anuncia o que o Raio vai apresentar.

Sidoire vê o Raio no palco e diz para a Livemar:
 
— O quê? Essa eu quero ver! Livemar segura essa cadeira de roda que nos vamos decolar. Eu quero ser o primeiro a chegar tenho que ficar na frente.
                 
— Calma Sidoire a roda pode emperrar. Hahaha.

— Então, vou tomar um pouquinho de gin para esquentar o gogó enquanto isso Rinolver esquenta o pandeiro.
                 
— Vem minha linda vaquinha vem, entrar na roda.

—Assim eu fico envergonhada. Raio! "Entra! Entra! Entra!". Todo mundo aplaude a vaquinha e ela entra no palco.
                               
É Raio agora é con você solta o som:

         -*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-
           Roda de Samba

Ela chegou não teve para ninguém.
Seu requebradooo, me deixou de pernas bambas.
Entrei na roda, com a mão em sua cinturaaa, o seu sorriso gracioso me pegou. Dei-lhe uma flor!

No seu cabelo me enrrosquei e no seu rosto eu segurei e um beijo eu lhe dei.
Menina lindaaa, quero saber qual o seu nome, pra eu dizeer pra todo mundo quero você.
Menina linda do cabelo cabelo cacheado,  o seu remelexo  está me deixando louco.  Apaixonado por você.   
Diga seu nome, seu telefone, não me abandone, está aqui meu telefone e essa self é prá você não me esquecer. 

Menina linda do cabelo, cabelo cacheado,
o seu remelexo está me deixando louco apaixonado por você.

Quero saber seu endereço, sair contigo, te conhecer.

             -*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-




Alguém da plateia grita:

Já disse o seu nome para ele? Se não deu seu telefone eu dou.

Norman comenta:
— Mandou bem na letra Raio! Queremos bis.
                     
— Obrigado amigos! Obrigado. Eu vou cantar sim, mas quando eu cantar eu quero todo mundo entrando na roda.
                     
Mais uma vez:
                   
Ela chegou não teve para ninguém.
Seu requebradooo, me deixou de pernas bambas.
Entrei na roda, com a mão em sua cinturaaa, o seu sorriso gracioso me pegou. Dei-lhe uma flor!

Todo mundo entra na farra e de repente um clarão, com dois olhos brilhantes, aparecem no portão e vai se aproximando e aproximando cada vez mais. Chamando a atenção de todos. Raio para a música e todos olham para aquelas duas luzes. Sidoire quase tem um treco e o Raio também. As portas se abrem e ele desce,  depois ela.  A a pergunta é feita:
                     
— O que esta acontecendo aqui!?                                             
A vaquinha responde:
                   
— Uma festa vocé não está vendo?
                                   
— Quem é você para falar assim comigo?
                           
— Eu sou a vaca Valquiria.
— Valquiria? Eu passei quase uma hora para saber o nome dela e ela não me falou e chega você em dois minutos e consegue arrancar o nome dela. Valquiria. Tá ai gostei do nome.
                                             
—Eu disse quem eu era, mas você não disse quem é você. Você tambem não foi convidado para a festa? Näo se preocupa não que eu também não fui, mais estou me sentindo bem em casa. Comida e bebida a vontade.
                         
— Eu não preciso de convite para entrar na minha casa. Eu sou o Neculai Desade.

— Grande coisa, e eu sou a Valquiria vacaldi.
               
—Cala a boca, cala a boca, nos estamos ferrados. Ele é o Vampiro Neculai.
                     
— A sim! Sendo assim eu respeito. Não gosto de me meter com seres  de dentes pontiagudos.
                           
—Quem autorizou fazer essa festa na minha casa?
       
Sidoire aparece na frente do Neculai e diz:
                         
— Eu pensei que você fosse ficar feliz com essa festa surpresa que fiz para você. Fiquei dias e horas com o Raio planejando tudo e você chega assim bravo. Deixa eu ir ali falar com o Raio.
             
— Respondendo a sua pergunta Sidore, não vou terminar com a festa de vocês  pode continuar. E todos aplaudem o Neculai e familia. Norman chama todos para dançar e a quadrilha e cada um dança com o seu par.                      Neculai comenta com China Girl:
                                           
— Eu sei que ele não preparou essa festa surpresa para mim. Você viu a cara de surpresa dele e o Raio quando nos viu chega?
                     
— Vi  sim Neculai.
                     
— Ele deve ter é se enganado com o dia da minha volta. Mas tudo bem, vamos fingir acreditar. Estamos cansados, vamos entrar. Amanhâ é outro dia. Neculai entra na casa dele e dá um sonoro Grito:
                   
SIDOIREEEEE O QUE VOCÉ FEZ COM A MINHA CASA?

Neculai volta para a festa transformado em vampiro e todo mundo sai correndo da festa.

Na manhã  do dia seguinte Sidoire vai na casa do Raio
                     
Toc Toc
                                               
—Quem será que  bate a minha porta a essa hora?
           
— Quem é?
                               
— Sou eu o Sidoire.
             
— E o que você faz a essa hora na minha porta?
         
— Vim te chamar para tomar café.
                                                   
Muuuu                                                                   
— Que barulho é esse Raio?
     
— Barulho, barulho ! Eu não ouvi nada.
                                           
Muuu
                                     
— Eu ouvi de novo, você está escondendo alguma coisa? Eu vou entrar e ver que barulho é esse.
                       
—Não! não! Olha a invasão de privacidade.
                               
Sidoire empurra a porta e entra.
                                       
—Caramba, Raio você se deu bem.  Me conta me conta.
                                               
— Contar o que? Deixa de ser...
                                     
— Como que ela veio parar aqui se todos já tinham ido embora!?
                                 
— Tudo bem, vou te contar . Vou fazer um flashback pós festa. Quando todos  foram embora com medo do grito do Neculai, eu peguei a minha vaquinha nas costa e corri para a minha casa como o mundo. Salim é muito longe daqui, ela resolveu ficar. Abraço amigo. Hoje eu não vou sair de casa. Só  vai dar eu e a vaquinha Valquiria. E se sentir a terra tremer. Não se preocupe, somos nós causando terremoto.


Arte e Escrito por Maria Ferreira Dutra
Arte e Revisão: Adriano Siqueira



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